O Presidente e o descontentamento dos cidadãos
O discurso do Presidente da
República nas cerimónias do 5 de Outubro, dão vontade de rir. A insatisfação
dos cidadãos, não é só com os partidos políticos, é essencialmente com os
políticos, que mentem diariamente aos cidadãos, às mordomias da classe
política, onde se inclui o próprio Presidente da República, que só à sua conta,
tem um custo de mais de 15 milhões de euros anuais ao erário público. (Mais que
a monarquia de Espanha e ou o da monarquia inglesa)
Depois vejamos:
Ajustiça está paralisada. A
ministra que provocou essa paralisação, continua em funções, como se nada
tivesse acontecido. Entretanto, os cidadãos continuam a ver os seus Processos
parados e os prejuízos provocados, não são ressarcidos.
A educação é o que se vê.
Temos escolas encerradas por falta de professores, devido à incompetência dos
funcionários do Ministério da Educação Nacional e do próprio Ministro. Todos os
anos temos este problema, será que o Ministro não podia começar tratar do assunto das colocações em Janeiro
de cada ano, a fim de evitar estes transtornos a professores, alunos e
encarregados de educação? O Ministro continua em funções, parece que está tudo a
funcionar normalmente.
O Ministro do ambiente, não tarda e privatiza as águas de
Portugal. Não foi por acaso que esta empresa não foi classificada como
imprescindível, para que possa ser vendida aos chineses.
E agora pergunto:
Onde está o Presidente da República que é o garante do
funcionamento das instituições?
Pelos vistos está alheado de
tudo isto, deve estar de férias ou coisa parecida, porque não ouvi nada no seu
discurso a recriminar a Ministra da Justiça e o Ministro da Educação.
O Presidente quer consensos,
que tipo de consensos? Se for para continuar a "roubar" as reformas
dos pensionistas e reformados, não me parece que consiga.
Porque é que não há
consenso, para reduzir os boys e as girls das "jotas", que são
contratados como assessores dos ministérios a ganhar 3.069,33 €. Pessoas
acabadas de sair da Universidade, sem experiência alguma, mas como têm ficha no
"Partido", dá-se um salário dessa natureza, que a contrastar com o
salário de um médico (2.260,00 €), um professor (930,00 €), um deputado
(3.515,00 €).
São estas banalidades que
retiram a credibilidade nos políticos, que apenas e só tratam de se governarem
e aos bajuladores que os rodeiam.
Cavaco Silva é o político no
activo com mais tempo de governação, pelo que não pode atirar sobre os outros a
responsabilidade de "mudanças", porque ele nunca tentou sequer
promover essas mudanças.
Parece que Cavaco Silva está
de fora deste problema, da falta de confiança dos cidadãos, nos nossos
políticos. Mas não, ele está metido nisto até às pontas dos cabelos e esse é um
dos problemas, porque a sua popularidade é muito baixa, tal como a do Primeiro
Ministro.
Estamos a um ano das
eleições, mas se houvesse alguma sensatez na cabeça do Presidente, marcava as
eleições legislativas, para Março ou Abril, a fim de possibilitar ao próximo
Governo a feitura do Orçamento de Estado de 2016, com tranquilidade, mas
possivelmente, não fará nada disso, para poder dizer que este Governo e esta
maioria chegou ao fim da legislatura.
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