Já é tempo de acabar com as nomeações partidárias
A transparência das
nomeações continua a ser mais do mesmo,
ou seja, continua haver concursos públicos, mas no fim são nomeados membros dos
partidos do poder. Mais uma vez aconteceu isso, agora com as nomeações para os Centros Distritais da
Segurança Social. Foram recrutados 18 elementos para chefiar as delegações da
Segurança Social e entre quase três centenas de candidatos, pasme-se que foram
escolhidos exactamente 14 filiados do PSD e 4 filiados do CDS. Estes mandatos
são de cinco anos e estamos exactamente no fim da legislatura, ou seja, no fim
de ciclo deste Governo, que tanto fala de transparência, mas deixa a mesma
escondida no fundo da gaveta. O problema, é que esta prática já vem de longe,
apesar de na Lei estar escrito que tem de haver despartidarização de cargos
públicos. "Olha para o que digo, mas não
olhes para o que eu faço".
No fim do mandato destes
senhores agora escolhidos, vai haver novamente dança das cadeiras e será a vez
do Governo da altura escolher os "privilegiados" da altura, para
substituir estes agora escolhidos.
Para que a administração
pública funcione, é necessário que os seus dirigentes sejam isentos da
política, afim de prevalecer a competência e a dedicação ao cargo público. Ora como o cargo é político e que o
mesmo será descartado ao fim de cinco anos, a não ser que o seu partido volte a
ganhar as eleições, porque caso contrário, vai ser despedido.
Já era tempo de os partidos
políticos se entenderem e criarem uma Lei a proibir estas nomeações de pessoas
que até podem ser muito competentes, mas que ao
serem nomeadas pela sua filiação partidária, deixam muitas suspeições no
ar.
Para o bom funcionamentos
das instituições, é necessário que as mesmas não tenham gestores nomeados pelo
cartão partidário.
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