Secretário Geral da UGT e o 1.º de Maio

É com algum espanto que leio o discurso do Secretário Geral da UGT, nas comemorações do 1.º de Maio de 2017.
Pergunto:
Por onde tem andado Carlos Silva, desde o momento em que foi eleito Secretário Geral da UGT, em 21 de Abril de 2013?
Por acaso, não tem sido ele, que tem dado cobertura na Concertação Social?
Por acaso, não foi ele o único sindicalista que assinou “o pacto”, que retirou regalias aos trabalhadores?
Por acaso, não tem sido ele que tem dado o apoio que o anterior Governo necessitou para implementar medidas de cortes salariais aos funcionários públicos, aos pensionistas e reformados?
Até aceito, que diga que houve pressões nesse sentido por parte da tutela, mas não posso aceitar o discurso que teve ontem em Viana do Castelo, em que quer ser mais esquerdista que Arménio Carlos da CGTP.
Será que este Governo não tem vindo a repor aos trabalhadores o que o anterior Governo tirou?
Julgo que até ao momento, não houve nenhuma situação em que se possa acusar o actual Governo de não ter feito o que prometeu nas eleições.  Também não verifico, que este Governo tenha feito alguma coisa para amedrontar os trabalhadores que ameacem fazer greve ou outro tipo de manifestações reivindicativas.
Penso que o discurso de Carlos Silva, está atrasado no tempo.
Também gostava de saber o porquê de afirmar o seguinte:
“O 1º de Maio é um grito de insubmissão da UGT e dos seus trabalhadores”.
Não deveria ter sido sempre?
Será que não foi demasiado submisso a Passos Coelho?

Pois, senhor Carlos Silva, pode ter pretensões de liderar o movimento sindical em Portugal, mas para isso já chega um pouco tarde. Existe uma Intersindical que está sempre contra tudo e contra todos, seja quem for que esteja no Governo, mas manteve sempre uma coerência desde a sua nascença. O que não se passa com a UGT.

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