Os políticos que temos

Hoje conheci mais um político através do canal Parlamento, que em tempos foi um cliente que eu visitava regularmente. Até aqui nada de anormal, só porque um cidadão resolve enveredar pela política, mas não, este antigo cliente, era apenas um dos muitos vigaristas que deixava de cumprir os seus compromissos, para com os fornecedores.
Ficou com dívidas em duas empresas onde trabalhei. Na primeira, ia ser accionada uma garantia bancária e na segunda, quando fui para lá trabalhar vi que o fulano era um dos créditos incobráveis da empresa.
Em tempos, em 1990, conheci outro elemento que faz parte desta classe de políticos dos tempos modernos, que comprou uma firma de que eu era proprietário, entrou para a política, ficou a dever a todo o mundo de fornecedores, pelo que teve processos de incumprimento e teve alguém que pediu a insolvência pessoal. Nessa altura o dito fulano era vereador da Câmara Municipal do Porto, ficou suspenso do cargo durante um tempo, mas não invalidou de ter feito negócios pelas Água do Porto, onde exercia o cargo de vereador, no valor de milhões de euros.
Pois bem, o que quero dizer com isto é o seguinte:
Se cada um dos cidadãos conhecer um político activo, tal como eu conheço estes dois, então, poderemos concluir, que os novos políticos entram para a política para defenderem os seus interesses e arranjar uma forma de fugir ao pagamento das dívidas que têm.
Como sempre disse, os políticos servem-se do país e da política, enquanto os cidadãos servem o país em muitos casos, claro.
O mais interessante, é ouvir estes senhores falarem do endividamento do país, esquecendo-se, que eles sim, foram aqueles que viveram acima das suas possibilidades, inclusive, endividando-se de uma forma irracional, porque não conseguiam pagar as suas dívidas. Deram o passo maior que a perna e a solução encontrada, foi filiarem-se como militantes no PSD e no CDS, para fugirem às suas responsabilidades.  
É isto que custa aceitar no mundo da política, estes fulanos são como os sacerdotes que dizem: “olha para o que eu digo, mas não olhes para o que eu faço”.
Isto dói, saber que muitos dos nossos políticos são pessoas deste género, com muito pouca vergonha na cara, falta de ética e daí à corrupção é um passo.

São os políticos que temos! 

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