Assalto aos paióis de Tancos
É no mínimo ridículo o que
aconteceu em Tancos!
Então os locais do país que
deviam estar mais seguros, estão ao abandono?
Como é que é possível que paióis
militares, com diverso material de guerra esteja apenas protegidos com rondas
militares de quando, em quando?
E mais grave ainda, é o caso
dessas patrulhas não levarem balas nos carregadores das G3, segundo um oficial
superior do exército. E mais, esse oficial disse que ainda bem que não estão
com carregadores de bala real, porque se matassem alguém, ainda seriam acusados
de uso inadequado de meios.
Será que os militares não
têm de proteger as suas unidades, com todos os meios que têm ao dispor?
Será que algum juiz manda um
militar para a cadeia, porque no exercício do seu dever de defender o quartel
ou outra unidade militar, acaba por matar o invasor?
E numa situação dessas,
porque é que o militar tem de ser julgado?
As autoridades militares
deste país, não têm desculpa para este acto.
Se não existe soldados
suficientes, talvez seja a altura de se equacionar haver novamente o serviço
militar obrigatório. Outros países já o fazem, porque é que Portugal tem de ser
sempre o último a tomar medidas que são mais que óbvias?
Demitir o Ministro da
Defesa. Não sei se isso resolve alguma coisa. O ministro não estava escalado
para fazer ronda ao guarda aos paióis de Tancos, isso compete aos soldados.
Quem escala e determina como se faz a segurança das instalações militares não é
o Ministro da Defesa, mas sim o Chefe do Estado Maior do Exército, no caso
desta força militar.
Devo lembrar que o Presidente
da República é o Chefe Supremo das Forças Armadas. Então, também tem
responsabilidades na guarnição dos quarteis?
Claro que não, isso é da
responsabilidade dos oficiais generais, que são mais que muitos, mas que
soldados para comandar existem poucos. E o problema maior estará exactamente
aí. Nesse caso, terá de ser o poder político a decidir na Assembleia da
República o regresso à incorporação obrigatória de todos os mancebos com 19
anos de idade e que estejam aptos para o serviço militar obrigatório.
Quanto a mim, será aí que
poderá haver responsabilidade do Ministro da Defesa, caso os chefes militares
já lhe tenham falado na falta de pessoal militar nas fileiras e que não
consigam recrutar no serviço de voluntariado.
Lembro-me de quando estava a
dar uma recruta no GACA 3 em Paramos – Espinho, onde existia um paiol distanciado
do quartel, mais ao menos ao fim da pista do aeródromo de Paramos, e se eu
estava de sargento de dia à companhia, tinha de ir fazer ronda ao paiol. Havia
uma senha e contra senha para quem se aproximava do paiol e caso não desse a
contra senha ao segurança, este podia disparar a matar e era recruta e tinha
bala real na G3.
Nesta assalto há qualquer
coisa mal contada!
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