Ainda a dívida do Primeiro Ministro à Segurança Social

Neste país onde os políticos acham que estão acima das leis que eles próprios criaram na Assembleia da República, cada um diz os maiores disparates que lhe vem à cabeça para tentar remediar o mal cometido anos atrás.
Está a passar-se mais uma vez isso  com o  Primeiro  Ministro. Para ele, os chamados recibos verdes que são fruto da modernização da sociedade, mas que só servem para criar postos de trabalho precário, porque a entidade patronal despede quando lhe passa pela cabeça um raio de senilidade.
Passos Coelho, trabalhou na Tecnoforma e  noutras empresas com recibos verdes e como qualquer cidadão, teria de pagar à Segurança Social os descontos respectivos. Mas claro, um político acaba por dizer que desconhecia a Lei o que não é válido para qualquer outro cidadão comum. O que é de estranhar é o facto de este senhor achar que tinha de ser notificado pela Segurança Social, que tinha de fazer os respectivos descontos,  ou seja, na época eram de cento e poucos euros mensais.
Agora também se fala na prescrição da dívida, o que para mim é novidade, até porque tenho  conhecimento de pessoas amigas que trabalharam comigo,  que tiveram dívidas à Segurança Social e esta entidade procurou sempre receber o dinheiro em falta e nunca foi colocada a situação de prescrição de dívida. Parece que para os políticos é diferente, deve haver uma alínea na Lei que os favorece e depois acabam por receber as suas pensões demasiado cedo e completas, ao contrário dos restantes cidadãos que descontam uma vida (mais de quarenta anos) e tudo serve para complicar a vida quando é pedida a reforma de velhice.
O caricato de toda esta situação, é realmente a questão da prescrição da dívida e o Primeiro Ministro afirmar que desconhecia a Lei. Isso não pode ser válido como desculpa para Passos Coelho, É uma falta grave para um Primeiro Ministro, aliás, somada a outras que fazem parte do seu curriculum, nomeadamente o caso Tecnoforma.
Por muito que o Primeiro Ministro tente desvalorizar esta situação, não deixa de ser muito  grave, porque estamos a falar da falta de pagamento de contribuições obrigatórias a todos os cidadãos e a sua desculpa esfarrapada não serve de coisa nenhuma, mas na verdade é que conseguiu poupara uns cobres, ou seja deveria ter pago 5016,00 € e não os 2880,00 € que pagou, mais os respectivos juros de mora que possivelmente já tinha ultrapassado o valor da própria dívida, pelo menos funciona assim com os restantes cidadãos.

VIVA A POLÍTICA NESTE PAÍS DE CEGOS

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