O curriculum de Passos Coelho dos últimos 24 anos
O curriculum do Primeiro
Ministro dos últimos 24 anos segundo o Económico.
Para quem acha que este caso
é apenas para achincalhar politicamente o Primeiro Ministro, deve ler o artigo
até ao fim do Económico, pois fica a saber que este senhor está farto de fugir
às suas obrigações fiscais. E mais grave, este é o Governo do "BRUTAL
AUMENTO DE IMPOSTOS", o tal que diz que vivemos acima das nossas
possibilidades, o tal que baixou as reformas, porque os reformados não
descontaram ao longo da sua vida contributiva o suficiente para auferirem
reformas mais altas, o tal que diz que as actuais reformas acabam com a
sustentabilidade da Segurança Social. Enfim, este Primeiro Ministro tem deitado
bacoradas pela boca fora sobre a forma de vida dos portugueses, quando ele faz
parte daquele pequeno número de infractores fiscais, ou seja, não tem o direito
de dizer o que tem dito sobre os portugueses e em especial pelos pensionistas e
reformados e muito menos serve de exemplo para os cidadãos portugueses, o que devia
ser o suficiente para ser demitido do cargo que ocupa.
Diz que não enriqueceu com o
cargo como aconteceu com outros, referindo-se ao engenheiro Sócrates, mas deve
estar esquecido da burla do século em Portugal que se chama BPN, onde os
arguidos são na quase totalidade militantes ou ex-militantes do PSD e alguns
ex-governantes de governos do PSD. Portanto, cuidado com o atirar pedras para o
ar, porque os telhados dos políticos portugueses são de vidro.
Mais uma vez este Primeiro
Ministro mostrou que não tem categoria para o cargo político que ocupa, não
passa de um oportunista que não olha a meios para atingir fins. Agora procura
atacar José Sócrates para se defender, quando devia procurar melhores exemplos
para o fazer.
Casos de corrupção nos meios
políticos são mais que muitos, ninguém prova coisa nenhuma, enriquecimento
ilícito, isso nem se fala, basta ver que dinheiro tinham os políticos quando
começaram na política e como ficaram as contas bancárias depois da sua saída da
vida activa da política. Claro que ninguém consegue provar coisa nenhuma, mas
penso que a Justiça não quer ou então não tem meios suficientes para atacar o
problema de uma vez por todas.
A história um dia há-de por
a descoberto as manigâncias de muitos políticos para fugirem aos seus
compromissos fiscais.
Os trabalhos dos últimos 24 anos contributivos do
primeiro-ministro
LÍGIA SIMÕES
ligia.simoes@economico.pt
04/03/15
00:05
Saiba qual o percurso profissional de Passos Coelho e os rendimentos
conhecidos.
O Económico fez um
guia das datas relevantes para compreender as polémicas em torno de rendimentos
não declarados e das obrigações contributivas não cumpridas pelo
primeiro-ministro.
1991-1995
Durante este período Passos Coelho desempenhou funções de deputado. Os descontos para a Segurança Social eram efectuados pela Assembleia da República (AR). Segundo a Lusa, na declaração de rendimentos que Passos entregou em Dezembro de 1995 no Tribunal Constitucional (TC), em que indica como profissão principal estudante, não existe qualquer referência a rendimentos, apesar de Passos ter exercido o mandato, remunerado, de deputado.
Durante este período Passos Coelho desempenhou funções de deputado. Os descontos para a Segurança Social eram efectuados pela Assembleia da República (AR). Segundo a Lusa, na declaração de rendimentos que Passos entregou em Dezembro de 1995 no Tribunal Constitucional (TC), em que indica como profissão principal estudante, não existe qualquer referência a rendimentos, apesar de Passos ter exercido o mandato, remunerado, de deputado.
1995-1999
Passos Coelho foi deputado em exclusividade entre 1995 e 23 de Outubro de 1999. Neste período, os descontos para a Segurança Social eram feitos através do Parlamento. O primeiro-ministro garantiu em Setembro passado que não acumulou o ordenado de deputado com outros rendimentos do Centro Português para a Cooperação (CPPC), uma ONG ligada à Tecnoforma. Já entre 1996 e 1999 Passos recebeu cerca de 24 mil euros de trabalho independente, segundo a divulgação das declarações de IRS pelo Parlamento, na sequência da polémica sobre a Tecnoforma. Passos disse ter recebido dinheiro de colaborações com jornais como o ‘Público' ou ‘O Independente'.
Passos Coelho foi deputado em exclusividade entre 1995 e 23 de Outubro de 1999. Neste período, os descontos para a Segurança Social eram feitos através do Parlamento. O primeiro-ministro garantiu em Setembro passado que não acumulou o ordenado de deputado com outros rendimentos do Centro Português para a Cooperação (CPPC), uma ONG ligada à Tecnoforma. Já entre 1996 e 1999 Passos recebeu cerca de 24 mil euros de trabalho independente, segundo a divulgação das declarações de IRS pelo Parlamento, na sequência da polémica sobre a Tecnoforma. Passos disse ter recebido dinheiro de colaborações com jornais como o ‘Público' ou ‘O Independente'.
26 de Outubro 1996
A CPPC foi constituída nesta data. Passos Coelho afirmou, em 2014, que por isso não havia menção a esta entidade na declaração de interesses, entregue no Parlamento, quando iniciou funções como deputado em 1995. O líder social-democrata justificou a ausência de referências aos montantes recebidos entre 1997 e 1999 como pagamento de despesas em almoços e viagens de trabalho. Uma denúncia anónima entregue à PGR dá conta que Passos terá recebido 150 mil euros entre 1997 e 1999, quando era deputado em exclusividade. PGR arquivou a denúncia, alegando que factos já tinham prescrito.
A CPPC foi constituída nesta data. Passos Coelho afirmou, em 2014, que por isso não havia menção a esta entidade na declaração de interesses, entregue no Parlamento, quando iniciou funções como deputado em 1995. O líder social-democrata justificou a ausência de referências aos montantes recebidos entre 1997 e 1999 como pagamento de despesas em almoços e viagens de trabalho. Uma denúncia anónima entregue à PGR dá conta que Passos terá recebido 150 mil euros entre 1997 e 1999, quando era deputado em exclusividade. PGR arquivou a denúncia, alegando que factos já tinham prescrito.
2000
Em carta enviada ao Parlamento a 17 de Fevereiro de 2000, Passos informou que desempenhou funções de deputado entre 1991-1995 e 1995-1999, em regime de exclusividade, reclamando o subsídio de reintegração de 60 mil euros. O Parlamento diz que lho concedeu porque os rendimentos que auferiu entre 1995 e 1999 se enquadravam nesse regime de exclusividade. Passos Coelho explicou, em Setembro de 2014, que os valores recebidos pela ONG da Tecnoforma não constam do pedido feito para atribuição do subsídio de reintegração por não estarem na categoria de "rendimentos auferidos a título de remuneração resultante de trabalho ou de serviços prestados".
Em carta enviada ao Parlamento a 17 de Fevereiro de 2000, Passos informou que desempenhou funções de deputado entre 1991-1995 e 1995-1999, em regime de exclusividade, reclamando o subsídio de reintegração de 60 mil euros. O Parlamento diz que lho concedeu porque os rendimentos que auferiu entre 1995 e 1999 se enquadravam nesse regime de exclusividade. Passos Coelho explicou, em Setembro de 2014, que os valores recebidos pela ONG da Tecnoforma não constam do pedido feito para atribuição do subsídio de reintegração por não estarem na categoria de "rendimentos auferidos a título de remuneração resultante de trabalho ou de serviços prestados".
2001 e 2007
Em Setembro de 2014, o representante legal da Tecnoforma garantiu que Passos Coelho desempenhou as funções de consultor na empresa entre 2001 e 2007, esclarecendo que a ligação do actual primeiro-ministro ocorreu posteriormente a ter sido deputado. Cristóvão Costa Carvalho afirmou que Passos Coelho "foi remunerado pelos serviços prestados" à empresa, mas não revelou qualquer montante. A Tecnoforma era o principal mecenas do CPPC - ONG fundada pelo primeiro-ministro enquanto exercia o cargo de deputado (até 1999) e que "está inactiva neste momento".
1999-2004
Entre o dia em que terminou o mandato de deputado (Outubro de 1999) e a data em que começou a trabalhar por conta de outrem, no grupo Fomentinveste (Setembro de 2004), Passos Coelho não pagou quaisquer contribuições à Segurança Social. Nessa época, o primeiro-ministro era consultor da Tecnoforma, onde auferia 2.500 euros por mês, e trabalhava na LDN e na associação URBE. Em todos os casos, recebia a remuneração mediante a emissão de recibos verdes, segundo o ‘Público'. Passos deveria ter descontado nesse período 25,4% do salário mínimo nacional, o que oscilaria entre os 77 e os 92 euros. Mas isso não terá acontecido, segundo o jornal, pelo que o agora primeiro-ministro ficou com uma dívida de 5.016 euros à Segurança Social, mais juros de mora de 2.413 euros, num total de 7.430 euros. Passos Coelho garantiu, no entanto, ao ‘Público' que o valor total seria de 3.914 euros segundo dados da própria Segurança Social.
Em Setembro de 2014, o representante legal da Tecnoforma garantiu que Passos Coelho desempenhou as funções de consultor na empresa entre 2001 e 2007, esclarecendo que a ligação do actual primeiro-ministro ocorreu posteriormente a ter sido deputado. Cristóvão Costa Carvalho afirmou que Passos Coelho "foi remunerado pelos serviços prestados" à empresa, mas não revelou qualquer montante. A Tecnoforma era o principal mecenas do CPPC - ONG fundada pelo primeiro-ministro enquanto exercia o cargo de deputado (até 1999) e que "está inactiva neste momento".
1999-2004
Entre o dia em que terminou o mandato de deputado (Outubro de 1999) e a data em que começou a trabalhar por conta de outrem, no grupo Fomentinveste (Setembro de 2004), Passos Coelho não pagou quaisquer contribuições à Segurança Social. Nessa época, o primeiro-ministro era consultor da Tecnoforma, onde auferia 2.500 euros por mês, e trabalhava na LDN e na associação URBE. Em todos os casos, recebia a remuneração mediante a emissão de recibos verdes, segundo o ‘Público'. Passos deveria ter descontado nesse período 25,4% do salário mínimo nacional, o que oscilaria entre os 77 e os 92 euros. Mas isso não terá acontecido, segundo o jornal, pelo que o agora primeiro-ministro ficou com uma dívida de 5.016 euros à Segurança Social, mais juros de mora de 2.413 euros, num total de 7.430 euros. Passos Coelho garantiu, no entanto, ao ‘Público' que o valor total seria de 3.914 euros segundo dados da própria Segurança Social.
2007-2008
Neste período, a Segurança Social notificou mais de 100 mil portugueses a recibos verdes para pagarem as suas contribuições. Mas Passos Coelho, que estava em dívida, não terá recebido qualquer aviso, disse ao ‘Público' o seu gabinete, pelo que "desconhecia a sua eventual existência".
Neste período, a Segurança Social notificou mais de 100 mil portugueses a recibos verdes para pagarem as suas contribuições. Mas Passos Coelho, que estava em dívida, não terá recebido qualquer aviso, disse ao ‘Público' o seu gabinete, pelo que "desconhecia a sua eventual existência".
2012-2015
Em 2012, Passos Coelho foi informado pela Segurança Social da eventual irregularidade da sua situação. Passos optou por regularizar a situação de forma voluntária mas só após o final do mandato. Mas com a polémica deste caso, acabou por regularizar em Fevereiro de 2015. Segundo o ‘Público', o montante regularizado fica aquém da dívida acumulada de 5.016 euros entre 1999 e 2004, não contemplando a totalidade das contribuições não pagas neste período, mas apenas as que foram criadas entre Janeiro de 2002 e Setembro de 2014. Se pagasse a totalidade das dívidas, acrescida de juros de mora, Passos teria que desembolsar mais de 8.000 euros.
Em 2012, Passos Coelho foi informado pela Segurança Social da eventual irregularidade da sua situação. Passos optou por regularizar a situação de forma voluntária mas só após o final do mandato. Mas com a polémica deste caso, acabou por regularizar em Fevereiro de 2015. Segundo o ‘Público', o montante regularizado fica aquém da dívida acumulada de 5.016 euros entre 1999 e 2004, não contemplando a totalidade das contribuições não pagas neste período, mas apenas as que foram criadas entre Janeiro de 2002 e Setembro de 2014. Se pagasse a totalidade das dívidas, acrescida de juros de mora, Passos teria que desembolsar mais de 8.000 euros.
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