A reconquista do eleitorado

Esta é uma boa base para conquistar o eleitorado.
O descontentamento é geral, mas a confiança na classe política, essa, nunca esteve tão baixa como actualmente, devido ao sofrimento dos últimos três anos.
O PS promete eliminar "TSU dos pensionistas" e reduzir gradualmente a sobretaxa de IRS.
O "Contrato de Confiança" está dividido em três partes e tem como um dos principais objectivos o fim da "TSU dos pensionistas", ou seja, da nova contribuição de sustentabilidade. a sobretaxa será para eliminar numa legislatura.
O PS, se for Governo, promete acabar com a contribuição de sustentabilidade aplicada aos pensionistas e alocar receitas do combate à fraude fiscal para reduzir progressivamente a sobretaxa em IRS[1]até a eliminar.

Estas são dois dos principais objectivos políticos constantes no "Contratode Confiança"[2], documento que hoje é apresentado na Convenção "Novo Rumo para Portugal" pelo secretário-geral do PS, António José Seguro, constituindo as bases programáticas de um futuro Governo socialista.

O "Contrato de Confiança" está dividido em três partes e tem como um dos principais objectivos o fim da "TSU dos pensionistas", ou seja, da nova contribuição de sustentabilidade.

A contribuição de sustentabilidade é a medida adotada pelo atual executivo PSD/CDS para substituir a atual Contribuição Extraordinária de Solidariedade (CES) - medida que os socialistas consideram ter um caráter retroactivo.

O PS pretende cobrir esta perda de receita com novas receitas provenientes de um imposto sobre "fundos de investimento[3] imobiliário, com a taxa sobre transações financeiras e através de vendas de património do Estado.

Ao nível fiscal, o PS quer intensificar os mecanismos de combate à fraude e evasão fiscais, alocando essas verbas a uma descida progressiva da sobretaxa do IRS, até a eliminar, em princípio no prazo de uma legislatura.

De acordo com as estimativas da direcção liderada por António José Seguro, o acréscimo de receitas proveniente de um combate mais eficaz à fraude e evasão fiscais poderão cobrir os 850 milhões de euros provenientes atualmente da sobretaxa de IRS.

Ainda no domínio da política fiscal, o PS reitera um compromisso já assumido pelo seu secretário-geral: Não aumentar os impostos na próxima legislatura.

O "Contrato de Confiança" proposto pelos socialistas promete revogar os cortes em vigor no complemento solidário para idosos e não proceder a despedimentos na função pública, fazendo antes uma reforma do Estado tendo como base um consumo mais eficiente dos recursos.

Outro objetivo político passa pela celebração de um pacto para o emprego, partindo da ideia de que Portugal tem um mercado de trabalho dual, com cidadãos muito qualificados e outra parte com baixas qualificações.

Além deste programa de qualificações, que se pretende que envolva várias associações e instituições, os socialistas renovam o compromisso de proceder a uma separação gradual dos setores público e privado na saúde, através da introdução da exclusividade de funções para os novos quadros que entrarem no Serviço Nacional de Saúde.

Na educação, se o PS formar Governo, compromete-se a baixar para metade a taxa de abandono escolar, reduzindo-a para valores próximos dos 10 por cento, e promete recusar qualquer medida no sentido de "plafonar" as contribuições para a segurança social.

Outro compromisso do PS é cumprir os objetivos de médio prazo do Tratado Orçamental da União Europeia, procedendo a uma progressiva consolidação das contas públicas.

Pode até ser uma daquelas promessa que depois não é para cumprir, mas como está escalonado no tempo e não é dizer se formos governo desfazemos isto ou aquilo. Portanto, aparentemente tem alguma credibilidade e é um corte com as politicas neoliberais do actual Governo. É preciso criar esperança nos portugueses e as promessa que terão de fazer, será de aliviar ao longo do tempo os sacrifícios, de todos aqueles que mais contribuíram para esta crise.  



[1] http://www.jornaldenegocios.pt/economia/impostos/irs.html
[2] http://www.ps.pt/images/imprensa/Interveno%20Secretrio%20geral%20Novo%20Rumo%2017%20maio.pdf

[3] http://www.jornaldenegocios.pt/cotacoes/fundos.html

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Viva a petinga e os jaquinzinhos

Cavaco e agricultura, após o X Governo Constitucional

A dança das cadeiras