E agora, políticos da europeus?

As eleições europeias, vai deixar uma amargo de boca a muita gente, mas muitos reclamam a vitória e pouco a derrota, aliás como é costume nestas coisas de eleições.
Da euforia do candidato Francisco Assis, logo na primeira hora depois do encerramento das urnas, até parecia que o PS ia ter uma maioria absoluta, nestas eleições. A montanha pariu um rato, sei que faltam eleger 4 deputados, mas para já, o PS apenas e só, conquistou sete lugares, tantos como os que tinha conquistado nas eleições de 2009. Portanto, nesse sentido, não perdeu nenhum deputado e se conseguir mais algum, será uma vitória é certo, mas não muito expressiva, como seria de esperar.
O PSD é o maior perdedor, isso que ninguém tenha dúvidas, porque em 2009, a concorrer sozinho, obteve 31,71% dos votos e o CDS nessas eleições obteve 8,37% dos votos pelo que juntos chegaram aos 40,08%. Só falta saber quem perdeu mais votos se o PSD ou o CDS. Uma coisa é certa se ambas as forças políticas concorressem sozinhas, aí sim, teríamos a certeza da derrota de cada um dos partidos da coligação, como isso não aconteceu, apenas e só é possível, comparar o resultados disponíveis. Tudo vai depender dos 4 deputados que falta apurar, saber para que partidos é que caem esse lugares do Parlamento Europeu.
No Partido Socialista, parece-me que António José Seguro, não terá muita segurança na sua liderança, porque este resultado, fica aquém do esperado e não dá uma certeza de vitória muito clara nas próximas eleições legislativas de 2015.
Possivelmente, teremos nos próximos dias comentários a pedir a cabeça do líder socialista.
O PSD, esse não tira ilações deste resultado, no que diz respeito a governação do país, já o tinha dito antes que estas eleições eram para eleger deputados europeus e não tinha nada a ver com o Governo.
O Presidente da República, esse, irá manter-se calado, apesar de o resultado eleitoral, ser muito  claro, ou seja, os portugueses estão contra esta governação. Mas por outro lado, pode fazer-se a pergunta: e fazer o quê?
A esquerda não se entende, é impossível o diálogo entre o PS e o PCP, assim como também não funciona o diálogo entre o PCP e o BE. Portanto, estamos sujeitos a um entendimento no  centro, entre PS e PSD, para que haja um governo estável e que tente levar este país para a frente.
O que é que nos diz este resultado  eleitoral?
Muito pouco, ou seja, diz claramente que os portugueses estão contra este Governo, mas também diz que estão cansados do PS, porque também foi penalizado, ou pelo menos, que não dão credibilidade a António José Seguro como Primeiro Ministro. Assim sendo, o Presidente fica com uma batata quente na mão, ou não, porque se nada fizer, que é o mais certo, deixa as coisas correr até ao fim da legislatura e depois ver-se-á.
Os pequenos partidos e os movimentos que surgiram agora, não vão resolver coisa nenhuma, não acredito que Marinho Pinto, consiga um resultado muito  bom nas eleições legislativas, mas mesmo que consiga, será sol de pouca dura, temos o exemplo do PRD, chegou, tirou o chapéu e foi-se...
A abstenção a maior vencedora deste acto eleitoral, teria o maior números de lugares no Parlamento Europeu. Se fossem contabilizados os lugares para a abstenção e ficassem sem ser ocupados por deputados no Parlamento Europeu. Então, teríamos uma redução de mais de 50% dos lugares ocupados. Seria bom a lei eleitoral ser mudada nesse sentido, de a abstenção reduzir o número de deputados.
Não sei quais as leituras que vão ser feitas pelos líderes europeus, senhora Merkel e o  senhor Hollande (este então, devia pedir a demissão imediatamente, tal o tamanho da derrota eleitoral, que obteve), vão dizer e pensar para esta Europa. Se for para continuar a política seguida até aqui, vamos continuar a ter mais do mesmo e possivelmente, iremos assistir à desintegração da Europa e do Euro.

Espero que os políticos europeu, pensem muito bem em tudo que têm feito pela Europa nos últimos anos. Chegou a hora de decidirem se querem realmente a União Europeia, ou se é para desmembrar esta Europa.

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