Seguro agarrado ao poder?
Parece que dentro do Partido
Socialista, existe um apego ao poder, igual ao de Passos Coelho com o cargo de
Primeiro Ministro. Digo isto, porque ao que parece, António José Seguro, não
vai convocar um congresso extraordinário, para se debater a liderança do PS.
António José Seguro, não tem
demonstrado ser um líder forte e muito menos de ser capaz de fazer uma oposição
consistente e robusta ao actual Governo. Como tal, a sua liderança está em
causa.
Nas eleições autárquicas de
Setembro do passado ano, houve uma vitória do PS nessas eleições, mas não nos
podemos esquecer, que também houve derrotas pessoais do actual líder, no caso
de Matosinhos, onde perdeu a Câmara, Braga, a mesma coisa e no Porto, também
não fez o que devia ter feito, ou seja ganhar a Presidência da Câmara Municipal.
Ao longo destes três anos, o
PS, não tem conseguido obter ganhos eleitorais muito expressivos, apesar da
austeridade imposta aos portugueses, pelo Governo. Isso demonstra que o PS, não
tem feito o trabalho de casa correctamente.
Mas o caricato de tudo isto,
será a não convocação de um congresso extraordinário, para debater o problema
da liderança e da política a seguir, para que possam ganhar as eleições
legislativas do próximo ano. Parece que António José Seguro, tem medo da concorrência
interna, além de demonstrar um total apego ao poder. Isso demonstra que uma
pessoa assim, não está a servir os interesses dos portugueses, mas sim os seus
próprios interesses.
O PS, terá de agregar à sua
volta os partidos da sua esquerda e tentar realmente que sejam uma força real e
alternativa para governar Portugal. Sabemos que é uma situação difícil, mas não
impossível, o próprio BE, terá de mudar radicalmente a sua forma de estar na
política, senão corre o risco de desaparecer. Por sua vez, o PC, terá de deixar
de ser o partido da contestação, constante e de oposição à oposição, ou seja, o
seu inimigo político não terá de ser forçosamente o PS, como tem sido nos
últimos 3 anos.
Tem de haver um
entendimento, quanto mais não seja, para lutar contra os banqueiros e esta
direita que resolveu, destruir o Estado social, devido à ideologia neoliberal
que implementou nos últimos 3 anos.
É muito fácil para o PC dizer que Portugal deve sair
do euro, só não diz, como é que se deve fazer isso, sem os custos demasiado
elevados, de uma saída da zona euro. Todos os portugueses sofreriam com isso,
mas as classes mais baixas, seriam as mais penalizadas. Convém não esquecer, que aconteceria o mesmo
que aconteceu quando da nossa entrada no euro, ou seja, Tudo aumentava
substancialmente e para preços proibitivos, a não ser que os salários subissem,
o que não acredito. A saída do euro, não passa de uma forma de fazer política,
para ser demagogo e não sofrer consequências com essa demagogia.
Portanto, é necessário uma
mudança de líder no PS, por uma pessoa mais dinâmica e com provas dadas em
batalhas eleitorais, com espírito ganhador e que essencialmente, consiga ter um
diálogo com os partidos à sua esquerda, de forma a que se possa constituir um
Governo de "ESQUERDA", com mudanças na política actual e que defenda
os mais desprotegidos.
Comentários
Enviar um comentário