Como é que se tapa um buraco de 3 mil milhões de euros?
Parece impossível que num
país que está sob resgate há dois anos, haja quem provoque danos nas empresas
públicas, que interferem com a vida colectiva das pessoas.
Esta questão das (swaps),
nome muito pomposo para garantir à banca o rendimento acima da média, nos
financiamentos efectuados nas empresas públicas, tais como REFER, METRO DO
PORTO, METRO DE LISBOA, CP, STCP, que agora estão com uma cratera de mais 3 mil
milhões de euros.
Pergunto, ser gestor de uma
empresa pública só dá benefícios? E quando esses gestores que ganham muito
dinheiro mensalmente, mais cartão de crédito dourado, mais viatura de alta
cilindrada para uso total, etc, etc, não têm de ser responsabilizados
judicialmente pela sua gestão danosa?
Quem paga os prejuízos
causados ao erário público pela opção de garantir à banca determinada taxa de
juro?
É preciso urgentemente,
arranjar uma cadeia, onde se prendam estes indivíduos que são todos excelentes
gestores, porque não é o dinheiro deles que está em jogo e se der para o torto,
quer dizer que quem perde são sempre os mesmos, ou seja, os contribuintes.
Pergunto: porque é que Marco
António Costa e Maria Luís Albuquerque, não foram demitidos?
Possivelmente haverá muito
mais gente metido neste tipo de negócio e os prejuízos poderão ser muito
maiores, porque a quantidade de empresas com este tipo de financiamento e os
valores envolvidos, poderão fazer subir os montantes em causa.
Para que se possa ter uma
pequena ideia dos montantes e empresas em questão, segue um gráfico publicado pelo
Jornal Público.
Não ouvi o Primeiro-ministro
e o Ministro de Estado e das Finanças, virem a público dizer o quer que seja
sobre este caso e por muito menos dinheiro em causa, como os cortes do chumbo
do Tribunal Constitucional, fizeram declarações completamente tendenciosas e
demagógicas, indo inclusive pedir apoio à troika para vir cá puxar as orelhas
ao PS e ao TC, garantindo que não haveria o envio da tranche financeira da
sétima avaliação. Pois bem, agora estão muitos mais milhões de euros em falta e
gostaria de saber onde é que vão cortar, será que é nos vencimentos dos
gestores das empresas públicas? Não foram esses brilhantes gestores que
cometeram o erro? No mínimo têm de ser responsabilizados juridicamente pelos
actos cometidos.

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