O cangalheiro de Portugal
Vítor Gaspar não deixa de
ser o cangalheiro da economia portuguesa e o mais interessante nesta coisa da
coesão, é que ao mesmo tempo em que Vítor Gaspar está no Parlamento na Comissão
de Finanças, a dizer que vai aumentar a austeridade para 4700 milhões de euros,
o Ministro da Economia Álvaro dos Santos Pereira está na sala ao lado a falar
de crescimento económico, para o mesmo período. Se isto não fosse trágico, até
seria para rir, um Ministro a contradizer o outro e depois o Primeiro-ministro
diz que existe uma forte coesão na coligação e no Governo. Realmente, todos nos
apercebemos que existe tudo menos coesão e pedirem que os portugueses aceitem
tudo isto de bom agrado, é pedir demais.
A cobardia deste Governo no
anúncio das medidas de austeridade é mais que evidente, pois amanhã é o 1.º de
Maio, dia do trabalhador e não seria muito conveniente para o Governo, que
devido ao anúncio de despedimentos de funcionários públicos, cortes nas pensões
e aumento da idade da reforma, fosse noticiado hoje, porque isso seria motivo
de aumento de pessoas a manifestar-se nas ruas de Lisboa e Porto e que
provocasse possivelmente a maior manifestação de sempre.
Vítor Gaspar não quer que
ninguém morra, apenas quer que a vida lhe corra, tal como qualquer cangalheiro
deste país. Existe uma diferença entre estes dois tipos de cangalheiros, Vítor
Gaspar, está-se nas tintas para os portugueses, enquanto o cangalheiro
tradicional, pelo menos mostra respeito pelo defunto.
Um homem que não conseguiu
acertar uma única previsão, está agora a fazer previsões de cortes e
austeridade até 2017, até parece que vai governar até essa data. Já devia ter
sido demitido por incompetência e por muito conceituado que seja no BCE, ou no
Eurogrupo, ou no Ecofin, aqui já demonstrou que é um “nabo”.
Por outro lado, vem Álvaro
dos Santos Pereira contradizer exactamente tudo, o que Vítor Gaspar disse, ou seja,
o primeiro fala em crescimento por via de aumento do consumo privado, passando
de -3,2% das previsões para este ano, para +0,6% em 2014, para 2015 as
previsões de crescimento são de 1,5%. Para 2016 as previsões de crescimento
passa para 1,8% e finalmente para 2017, a previsão de crescimento passa para
2,2%.
Querem enganar quem?
Vejamos os cortes anunciados
por Vítor Gaspar:
Para 2013, haverá o corte de
1300 milhões de euros, alegadamente cortados pelo Tribunal Constitucional. Para
2014, os cortes sobem mais 2800 milhões de euros. Para 2015 anos de eleições, o
aumento dos cortes são “apenas” 700 milhões de euros. E em 2016, volta a subir
para 1200 milhões de euros de novos cortes.
Enquanto no crescimento, são
apenas previsões, nos cortes sabemos que são certos, porque aí funciona a parte
doentia de Vítor Gaspar, que é castigar os gastadores que viveram acima das
suas possibilidades.
Comentários
Enviar um comentário