Substituição de austeridade, por outra austeridade e fica tudo na mesma
A Conferência de Imprensa do
Governo desta manhã, pouco ou nada nos disse, isto porquê?
Primeiro: parece que o
Governo está completamente à deriva, ou seja, todos empurram de uns para os
outros as respostas, porque ninguém tem certeza de nada.
Segundo: pela primeira vez
se fala em taxar as PPPs, mas opta-se pela negociação. Correcto, peca por
tardia essa medida. Há muito que economistas deste país deram esse palpite ao Governo,
mas este fez sempre ouvidos moucos para tais opiniões.
Terceiro: não se falou em
cortes nas rendas excessivas da energia, que continuam demasiado elevadas.
(Abebe Salassie afirmou-o na sua última entrevista)
Quarto: nada do que foi
apresentado provoca crescimento na economia, até pelo contrário mais recessão,
ou seja a devolução do subsídio de Natal, será para acerto de retenção na fonte
de IRS, pelo que os funcionários públicos, pensionistas e reformados, pouco ou
nada irão receber no final de Novembro, referente ao subsídio de Natal.
Quinto: em relação aos
desempregados e doentes, as taxas vão manter-se, apenas haverá isenção para
valores inferiores a (?), pois, ainda nada se sabe, ficará para mais tarde, ou
seja, para o Orçamento Rectificativo, lá para meados de Maio, nunca antes.
Sexto: vai haver
despedimentos na Função Pública, isso é ponto assente, porque para cortar 0,5% do
PIB, não poderá ser exclusivamente na aquisição de bens e serviços externos. É
alguma coisa, que se terá de ver em pormenor, quando for apresentado o
Orçamento Rectificativo.
O nervosismo à flor da pele
principalmente do Secretário de Estado do Orçamento, era por demais visível,
mas os outros não estavam menos, o que quer isso dizer, não sei, mas poderá ser
o empurrar com a barriga as medidas que realmente sairão do próximo Orçamento
Rectificativo.
Uma nota positiva, o novo Ministro
Poiares Maduro, falou em falar mais grosso à Europa, pretendendo aproximar o PS
para esse tipo de negociações.
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