A falta de memória de Marco António Costa
Marco António Costa deve ter
a memória muito curta. Será que não se lembra que o “seu” Governo já teve dois
chumbos em Orçamentos de Estado consecutivos? E que esses chumbos foram provocados
por medidas de austeridade inconstitucionais, será que não se lembra mesmo?
O PSD, de Passos Coelho e dos
seus acólitos, deixou de ser um PSD social-democrata, para ser liberal ou ultra
liberal. Todas as medidas que tem tomado ao longo dos dois últimos anos, tem
sido em prol da pobreza dos portugueses e a favor da banca e dos patrões.
Talvez devido a isso, o PS já diz que vai votar contra o próximo Orçamento de
Estado, porque é demasiado previsível que vai haver mais austeridade e
empobrecimento dos portugueses. Tem sido assim e sem necessidade de o fazer,
tal como muitos economistas têm vindo a defender nos últimos tempos. Aliás, o
próprio Vítor Gaspar ex-Ministro das Finanças, quando pediu a sua demissão,
disse que a sua política estava errada e que não foi capaz de ter previsto esse
falhanço.
O interesse nacional,
possivelmente é votar contra o Orçamento de Estado, e se é anunciado antes de a
troika cá chegar, poderá ter um
efeito dissuasor sobre a Governo e a própria troika, ou seja, se a troika
sabe com antecedência que não existe um amplo apoio parlamentar e que o PS,
outro partido do arco da governação não concorda com as medidas anunciadas,
então talvez force o Governo a cortar onde realmente tem de cortar, que é:
Nas subvenções vitalícias
dos políticos, nos altos ordenados dos assessores dos ministros, nas Fundações,
que não servem, para coisa nenhuma, ou que são privadas e como tal os donos que
as sustentem, nos Institutos que estão a mais e que só servem para criar “tachos”
para ex-políticos e boys, que
obriguem os accionistas da Galilei e a própria, a pagar o que devem à
Parpública, nas PPP’s, nas rendas excessivas da energia e em tudo isto, o valor
ultrapassa de largo os 4.000 milhões de euros que o Estado necessita de
emagrecer.
Quanto ao apoio que o PSD
tem dado aos governos do PS, deu enquanto não cheirava a poder, porque a partir
do momento que cheirou a poder e nomeadamente por parte de Marco António Costa
que disse ao seu amigo e Presidente do Partido Social Democrata Pedro Passos
Coelho, que “ou tens eleições legislativas, ou tens eleições no partido”. Pois
bem, teve eleições legislativas, tendo recusado o PEC 4 e com isso, provocado a
vinda da troika e eleições. Lá na
minha terra, cidade do Porto, é costume dizer-se: “quem com ferros mata, com
ferros morre”.
Quanto aos resultados
positivos da economia portuguesa, eles infelizmente não são assim tão
positivos, mas são menos maus que os do costume. A nossa economia continua deficitária
e muito e para que houvesse sinais de recuperação económica, era necessário um
crescimento muito grande em relação ao PIB e não ao período homólogo do ano
passado.
Quanto às eleições
autárquicas, se os portugueses souberem fazer as coisas como deve ser, o PSD
poderá ter a maior derrota de sempre e nesse caso, o PSD deveria tirar as
elações necessárias, caso contrário, podem governar até ao fim da legislatura,
porque quer dizer que os portugueses não sabem o que querem.
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