Já nem as exportações são caso de orgulho para o Governo.
Todos os sacrifícios que
estão a ser pedidos aos portugueses, não estão a ter os resultados esperados
pela troika, nem pelas autoridades
portuguesas.
Há dois anos atrás, com a
entrada em vigor do memorando da troika,
foi estabelecida uma meta, que era o empobrecimento generalizados dos portugueses,
a fim de provocar menos importações e mais exportações. Pois bem, isso não
resultou.
Se num primeiro momento as
indicações eram de um aumento das exportações e diminuição das importações,
esses números estão a falhar. As exportações não estão a crescer ao ritmo
esperado e as importações não estão a diminuir, estagnaram, pelo que o
benefício é praticamente nulo[i].
Cada vez fica mais claro que
a política seguida pelo Governo é contraproducente, pois, não conseguimos fazer
crescer a economia, para que possamos aumentar o PIB e não é com retracção que
vamos pagar aos nossos credores.
Torna-se evidente, que o
Governo faz cortes nos salários dos trabalhadores públicos, nos pensionistas e
nos reformados, com o intuito de empobrecer ainda mais uma classe que já não
tem dinheiro para comprar seja o que for de extras, pois o dinheiro chega mal
para pagar as despesas do quotidiano, quanto mais agora para compras extras de
produtos importados. No entanto, pelos últimos números, Portugal foi o país da EU
que mais automóveis comprou e destacam-se as marcas chamadas PREMIUM, tais como
a Jaguar que liderou as vendas. Ora isto demonstra que a política do Governo
está errada, pois o empobrecimento da classe média não bloqueia o crescimento
das importações no seu todo, porque os ricos que cada vez, são mais ricos,
compram tudo o que é importado e os produtos mais caros.
E em relação às exportações,
se retirarmos daí a exportação de combustíveis refinados, porque pouca mais-valia
deixa ao país, porque não se vende aos preços comercializados em Portugal, mas
sim muito mais baratos. Se isso fosse feito, então, as exportações seriam diminutas,
porque esta é a maior fatia nas exportações. Se fossemos produtores de crude, o
caso seria outro, mas como importamos o crude, outro galo canta, o da pobreza.
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