Preço da energia
O secretário de Estado da Energia, Artur
Trindade, afirmou hoje que as alterações legislativas relativas aos custos de
supervisão das concessões vão permitir, no futuro, uma redução na fatura da
electricidade e do gás e um “agravamento zero” no imediato.
O Diário Económico noticiou que o Governo
vai agravar a factura da eletricidade e do gás, porque os custos com a
supervisão das concessões, da responsabilidade do Estado, serão passados para
os consumidores através das facturas.
Fonte: Jornal
Público de 09-08-2012
Afinal em que
ficamos, o Diário Económico, noticiou ontem que a electricidade vai aumentar,
devido aos custos da supervisão por parte da entidade reguladora, que esse
custo passa a ser suportado pelos consumidores e produtores. No entanto, o
secretário de Estado da Energia, Artur Trindade, diz exactamente o contrário,
ou seja, “os custos da supervisão vão permitir, no futuro, uma redução na
factura da electricidade e do gás e um agravamento zero no imediato”. Se nós não
soubéssemos, da forma persistente de como este governo mente, até achávamos que
o custo na energia iria diminuir nos próximos tempos. No entanto, vai ser
exactamente o contrário, a factura vai aumentar e mais uma vez somos nós a pagar
a crise.
Os governantes
fazem disparates para não dizer outra coisa e nós pagamos. Deixam que haja
facturas em duplicado, como no caso dos helicópteros H 101, de mais de um
milhão de euros, que apesar de ter havido uma nota de crédito à posteriori.
Essas situações que só são conhecidas anos depois de terem acontecido, porque a
Tribunal de Contas, detectou a infracção e publicou-a.
Nas rendas da
energia pouco ou nada foi feito, mas o ministro da Economia fala com a boca
cheia como se tivesse feito o negócio da vida dele. São estas pequenas coisas
que retiram credibilidade à classe política, que falam, falam, falam e não
dizem nada… Ou melhor dizem que fazem, mas não fazem coisa nenhuma e nós
portugueses continuamos a pagar o que não devemos.
Que culpa tenho
eu e outros como eu, que não devem nada a bancos, que não se endividaram com
coisa nenhuma, que sempre pagaram os seus impostos e as suas contas, que
souberam ter regras nas suas compras e aquisições e de um momento para o outro,
somos confrontados com uma dívida construída por outros, nomeadamente
governantes que enchem os bolsos, enquanto no exercício das suas funções, com
regalias que não deviam ter e que beneficiam de benesses como automóveis de
luxo, subsídios de deslocação e residência, etc.
Num momento de
crise, não está correcto que os nossos governantes continuem a usufruir de
regalias que deviam ser suspensas de imediato, pelo menos até o programa de
ajustamento, como eles lhe chamam estar executado na sua totalidade. Assim,
havia equidade nos sacrifícios dos portugueses, mas para os políticos é fácil
dizer que estão a exigir sacrifícios aos portugueses para o bem comum, apesar
de o primeiro-ministro dizer umas bacoradas, que merecia levar com um gato
morto nas trombas, até o gato miar… Isto porque o primeiro-ministro, disse há
dias atrás, que não está a exigir nada de mais aos portugueses. Ele brinca com
os portugueses, mas vamos ver por quanto tempo mais.
Setembro está à
porta, os professores e funcionários auxiliares das escolas que vão ficar no
desemprego, vão ser mais que muitos, pelo que possivelmente, poderá começar
haver a contestação nas ruas e não vai servir de nada a polícia estar preparada
para as manifestações como diz o primeiro-ministro em tom de ameaça, porque
quando der para bater, tanto batem uns como outros e possivelmente haverá
também polícias nas manifestações.
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