Amigos angolanos de Relvas, querem a RTP
Miguel Relvas enquanto não
vender ou concessionar a RTP aos amigos angolanos, não descansa. O Semanário
Sol já lhes pertence, mas aí tudo bem é um jornal e jornais podem-se criar
todos os dias. O que está em causa é a RTP, televisão pública portuguesa,
responsável pelo serviço público de televisão em Portugal. Todos os contadores
de luz, (electricidade fornecida pela EDP) pagam uma taxa de 2,25 mais 6% de
IVA, para que a RTP, seja a estação responsável pelo serviço público.
Caso a privatização seja
efectuada, fica uma pergunta no ar: vai continuar a taxa audiovisual para os
cidadãos?
Todos sabemos, que estas
coisas enfermam sempre de falta de transparência e mesmo que seja a concessão
de 49% aos privados e ficando o Estado com os 51% restantes, representa que a
dita taxa de audiovisual irá parar aos privados e deixa de haver serviço
público por parte de RTP.
Como os governantes não são
sérios, tudo o que fazem é por interesse pessoal e este caso não foge disso, é
para vender a RTP aos “amigos”, independentemente disso trazer dinheiro para os
cofres do Estado.
O problema desta
privatização, é estar nas mãos do ministro Relvas, pessoa que pouca ou nenhuma
confiança dos portugueses. É um mentiroso compulsivo, faz perseguição política
a quem lhe faz frente, foi a jornalista do Jornal Público e agora o director de
informação da RTP, Nuno Santos. Já não falando na falta de honestidade deste
senhor, que como deputado fez muitas viagens fantasma, assim como mentiu, no
que respeita à sua residência, para conseguir mais uns “cobres” no bolso. Quem
não é honesto por meia dúzia de tostões por mês, em ajudas de custo, de que é
que será capaz, numa privatização como a RTP e outras em que está metido.
Angolana Newshold quer
comprar RTP
MARIA LOPES 13/12/2012 -
20:08
Fonte: Jornal Público
Empresa diz ter
disponibilidade e meios para, isoladamente ou em parceria, apresentar uma
candidatura séria.
A empresa de capitais
angolanos dona do semanário Sol anunciou esta quinta-feira que é candidata à
privatização ou concessão da RTP se este negócio se revelar “interessante” para
as duas partes.
Em comunicado, o
conselho de administração do grupo afirma ter “disponibilidade e meios para,
isoladamente ou em parceria, apresentar uma candidatura séria com vista a
assegurar e garantir a implementação de um projecto verdadeiramente sólido e
independente para a RTP”.
A administração diz
mesmo que esta sua decisão “não será alterada por quaisquer afirmações de cariz
xenófobo, nem tão pouco por processos de intenção ou teorias da conspiração”
que possam feitas para “denegrir” a empresa ou os seus accionistas.
O PÚBLICO tentou contactar
a administração da Newshold mas não foi possível obter qualquer resposta.
O ministro Miguel Relvas
garantiu há duas semanas que irá levar o dossier da RTP a Conselho de Ministros
ainda este mês. Conforme o PÚBLICO noticiou, o cenário particamente fechado e
preferido pelo ministro da tutela é a privatização de 49% do grupo, ficando
depois o parceiro privado com a gestão total através de um acordo parassocial.
Num extenso comunicado,
assinado pelo presidente do conselho de administração da Newshold, Sílvio Alves
Madaleno, e por Mário Ramires, presidente executivo, a empresa diz que na
origem da “recente onda de notícias e opiniões difamatórias” que sobre si têm
sido publicadas está a eventual privatização da RTP e a “compreensível
apreensão que a incerteza quanto ao destino da operadora pública de televisão
em Portugal” está a provocar nos restantes operadores do sector.
A Newshold justifica a
sua “prudente e radical reserva” sobre as suas intenções em relação à RTP com o
facto de o próprio Governo português ter mostrado “incerteza” sobre o destino
que reserva ao grupo público de TV e rádio. Por isso, preferiu manter a sua
“posição reservada para o momento em que haja um modelo de negócio aprovado”.
“É, pois, chegado o
momento de a Newshold afirmar, para que não restem quaisquer dúvidas, que, na
hipótese de a solução a definir pelo Governo português para a privatização ou
concessão da RTP se revelar um negócio interessante para as partes, a Newshold
tem disponibilidade e meios para, isoladamente ou em parceria, apresentar uma
candidatura séria com vista a assegurar e garantir a implementação de um
projecto verdadeiramente sólido e independente para a RTP”. O grupo diz
tencionar investir “em força no mercado audiovisual português” porque acredita
“convicta e fundamentadamente” na sua viabilidade. Mais: sente mesmo “ser quem
está nas melhores condições para manter vivo o projecto da RTP em todo o mundo
lusófono”.
A administração da
Newshold queixa-se de ser apontada com frequência pelo sector dos media portugueses
como um “grupo supostamente ‘misterioso’, de interesses alegadamente ‘obscuros’
e ‘angolano’. Nada mais falso”.
A empresa lembra que por
ter uma participação qualificada na Cofina, de Paulo Fernandes, que edita o
Correio da Manhã, o Record e o Jornal de Negócios, tem que ter todos os seus
accionistas identificados. Quem o faz, diz a empresa, é porque tem “preguiça”
em procurar informação.
A quase totalidade do
grupo Newshold pertence à Pineview Overseas, uma empresa de capitais sedeada no
off-shore da cidade do Panamá.
A Newshold acrescenta
que os accionistas têm de facto nacionalidade angolana mas também portuguesa.
Para além de terem obtido, fruto do seu trabalho e dos seus negócios, proveitos
financeiros em Angola, que agora servem de suporte à sua actividade empresarial
em Portugal”. “Em que é que o capital da Newshold com origem em Angola é
diferente do capital com origem em Angola que hoje permite em Portugal a
sobrevivência de muitas empresas de tantas áreas e que está a auxiliar a
recapitalização da banca?”, questiona o grupo.
Afirmando haver “razões
de fundo” para a tentativa de “liquidação da empresa e da honra dos seus
accionistas” por parte da comunicação social portuguesa, a Newshold atribui o
“incómodo” que causa ao facto de ser “absolutamente independente” dos
interesses que condicionam os media portugueses, nomeadamente a banca e a
finança. Porque possui “liquidez financeira e capital mais do que suficientes
para não se deixar governar a partir de interesses exógenos”.
“O facto de não ter
compromissos nem dívidas para com quaisquer ideologias, regimes ou
financiadores externos lhe permite reunir condições únicas para ser completamente
independente, com plenas condições para se concentrar única e exclusivamente na
qualidade, no rigor e na liberdade de trabalho dos seus profissionais e dos
títulos que detém, prosseguindo o objectivo único de servir o público e de ser
referência no mercado da comunicação social em Portugal e em todo o mundo
lusófono”, lê-se ainda no comunicado.
O grupo diz-se
“independente de tiques colonialistas, mas também de complexos coloniais” e
afirma que “não enferma, nem os seus accionistas, de saudosismo nem de
subserviência. Não vive do preconceito colonial e não se verga ao complexo do
colonizado”.
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