Fraude para os pobres, desvios para os ricos


Acredito piamente que haja fraude nos transportes colectivos, mas também não é de admirar, o Estado é o maior “ladrão” que há memória em Portugal. Quando o Estado precisa de receita, aumenta brutalmente os impostos, os transportes públicos, no espaço de um ano subiram três vezes, o custo de vida tem tido um aumento brutal, logo, os cidadãos se puderem deixam de cumprir com as suas obrigações. O próprio Estado dá o exemplo, não cumpre os contractos que foram assumidos com os cidadãos ao longo dos anos, cortam subsídios de férias e de Natal, cortam nas reformas das pessoas, criam taxas de solidariedade, aumentam substancialmente a energia, depois querem o quê?
Se temos pessoas que neste país ocuparam cargos de responsabilidade no Estado, como governantes, que roubam como o caso BPN o demonstra, sem que sejam punidos, mas isso é outra coisa, são “desvios”, quem não valida o título de viagem no transporte público, está a cometer uma “fraude”. Este vocabulário é o perfeito para o país.
Depois vem o presidente da Carris e do Metropolitano de Lisboa, dizer que os transportes "subiram muito significativamente, mas continuam ainda abaixo dos valores médios" que se praticam noutras cidades europeias.
Os gestores das empresas em Portugal, gostam muito de comparar os preços que praticam com a média de outros países da Europa, mas não querem pagar os salários que se praticam no sector nesses mesmos países da Europa. Isto é comparar “alhos com bugalhos” e dizer que é a mesma coisa.
Hoje também li, que vão por as Finanças a cobrar coercivamente as multas dos transportes públicos, das pessoas que são apanhadas sem bilhetes, ou sem validar o dito bilhete ou passe. Se para o primeiro caso ainda se aceita, para o caso de quem tem passe mensal e se esqueça de validar antes de entrar no transporte público, (caso do Porto, Metro), tem a mesma coima, apesar de ter o mês pago sem limites de viagens, o que está errado. O passe tem fotografia, porque só dá para o seu assinante, não existe limite de viagens, pelo que o assinante pode andar dentro das zonas que o passe é válido. Mas é o país que temos, caça à multa e que agora começa a ser moda por as Finanças a fazer a cobrança coerciva.

Quebra de passageiros relacionada com aumento da fraude
por Lusa, texto publicado por Sofia FonsecaHoje

O secretário de Estado dos Transportes, Sérgio Monteiro, relacionou hoje a perda de passageiros nos transportes públicos com o aumento da fraude e considerou que esta se deve essencialmente a motivos económicos.
"A redução do número de passageiros não significa uma perda. O número de validações é que está a diminuir, mas os transportes estão cheios e existe menos um quarto de automóveis a circular. Não tendo desaparecido as pessoas, nem tendo havido um aumento de automóveis, significa que continuam a andar de transportes", afirmou à Agência Lusa.
Barcos, comboios e metropolitanos de Lisboa e Porto transportaram menos 12,9 milhões de passageiros no terceiro trimestre de 2012, uma quebra que os especialistas justificam com a crise, o desemprego, a subida das tarifas e o fim dos descontos para estudantes.
Sérgio Monteiro destacou, no entanto, que os dados recolhidos pelos contadores automáticos e pela observação indicam que "existe um fenómeno de fraude que está a aumentar por razões económicas" e que o Governo quer combater.
"Há um aprofundar do fenómeno de fraude que nos preocupa e que está associada a dificuldades económicas", sublinhou o secretário de Estado, acrescentando que o objetivo é reforçar a fiscalização para dissuadir este tipo de comportamento e "aprofundar o papel da Autoridade Tributária na cobrança das multas".
O presidente da Carris e do Metropolitano de Lisboa reconheceu hoje, num encontro com jornalistas, que "há um aumento da fraude, mas não tanto como seria de esperar" e explicou as perdas de 12 a 15% no número de passageiros destes operadores com "o efeito conjugado de vários fatores", entre os quais "a recessão profunda" e o desemprego.
Quanto aos preços, José Silva Rodrigues admitiu que "subiram muito significativamente, mas continuam ainda abaixo dos valores médios" que se praticam noutras cidades europeias.

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