Espero para ver a coragem de António José Seguro


Concordo com António José Seguro, mas ele tem de fazer mais qualquer coisa, do que andar a falar, falar, falar. Tem de tomar medidas contra o Governo e contra a troika.
Sempre que vem cá a delegação da troika, António José Seguro, fala com eles, mas suas Ex.ªs, não lhe passam cartão, deixam-no a falar sozinho. Como tal, possivelmente, seria a altura de mandar a troika bugiar, porque quando as pessoas são autistas, devemos cortar em definitivo com essas pessoas, porque não se consegue fazer mudar essas ditas pessoas.
No entanto, sabemos que tanto a posição do FMI, como a posição da CE, não é igual à do Vítor Gaspar e de Passos Coelho, já disseram mais que uma vez que não pode ser só austeridade, é necessário outras medidas, nomeadamente crescimento, que este Governo não tem a coragem de tomar. Como tal o seu tempo chegou ao fim!
Continua haver dança de cadeiras para os “boys e Girls”, pelo que o corte nas ditas gorduras estão todas por fazer. Também só prometeram e nada fizeram, quanto ao corte das gorduras do Estado. Sabem perfeitamente onde estão as ditas gorduras, sabem como cortá-las, mas não têm coragem, ou não conseguem cortar por causa dos interesses partidários.
Para este Governo, arranjar dinheiro não é difícil, aumentam-se os impostos de uma forma brutal, retiram-se os rendimentos às pessoas, sem querer saber dos encargos que os cidadãos têm, não querem saber dos compromissos assumidos pelas pessoas com a Banca e ou outros, pelo que o dinheiro do Estado é o primeiro a sair da conta bancária do cidadão, ou seja, na retenção da fonte, aquando do processamento do seu salário. Desta feita, o Governo, só está interessado no “saque” que faz aos cidadãos e não nos problemas que vai criar a esses cidadãos.
Já existem economistas a prever uma pequena tragédia na vida das pessoas a partir do final de Janeiro, quando o dinheiro vai deixar de chegar para pagar, todas as despesas familiares assumidas.
O Estado não tem o direito de “sacar” em impostos desmesuradamente altos, como o que vai acontecer a partir do dia 1 de Janeiro de 2013, pondo em cheque milhares de famílias que se endividaram de uma forma normal, porque tinham rendimentos suficientes para esse endividamento, e que de um momento para o outro, deixam de ter esse rendimento, porque o Estado lhe “confisca” parte do salário.
É por isso que concordo com António José Seguro, quando ele diz que se recusa a fazer um “assalto ao Estado social”, porque além de quem está no activo, os reformados ainda são mais “roubados”, porque têm de pagar muito mais que as pessoas que estão no activo.
Só espero que ele não se fique só pelas promessas, que faça realmente oposição a estas medidas que afectarão centenas de milhares de pessoas, senão alguns milhões de pessoas, com a qual o Estado tem um contracto que não quer cumprir. Portanto, o próprio Estado não é uma pessoa de bem, porque não assume os compromissos assumidos. Não se pode dizer que mudou o Governo e que este, nada tem a ver com os compromissos assumidos anteriormente, porque isso também não se passa com as PPP’s, que as reduções que houve, apenas se limita a não haver manutenção nas auto-estradas, que passou para o IEP. Também não se passam com a dívida pública, que foi assumida pelos vários governos anteriores e no tempo de António Guterres, foi paga a última tranche de uma dívida assumida pelo Salazar.
Portanto, fico aguardar para ver se António José Seguro, mantem a sua palavra…
Seguro recusa fazer "assalto ao Estado social"
Por Lusa
Fonte DN de 01 de Dezembro de 2012
O líder do Partido Socialista (PS) disse hoje, em Gondomar que os socialistas não estão disponíveis para "fazer aquilo que o primeiro-ministro quer, que é um assalto ao Estado social".
"Acha admissível que o primeiro-ministro, no dia seguinte a ter aprovado o orçamento com o maior aumento de impostos que há na nossa história, venha dizer às famílias que têm de pagar mais pelos estudos dos seus filhos no ensino secundário"", perguntou António José Seguro, em Gondomar.
"Este primeiro-ministro não vive neste país, não conhece o país que governa", completou, responsabilizando ainda Passos Coelho e a sua "política de austeridade custe o que custar" pelo défice de 800 milhões de euros nas contas da segurança social.
Seguro falava num intervalo da reunião que o PS manteve com "várias forças vivas" de Gondomar, que se inserem numa "audição que o partido está a fazer por todo o país, ouvindo as pessoas, aprofundando melhor o conhecimento" dos seus problemas.
"A maioria dos problemas resulta do aumento do desemprego. Ouvi aqui relatos confrangedores, de crianças que chegam à escola com fome, de pessoas que se alimentam de forma débil, de gente que tem dificuldades em recorrer a consultas de saúde porque não tem dinheiro para pagar taxas moderadoras", salientou.
O dirigente frisou que o desemprego neste concelho vizinho do Porto atinge "cerca de 20 por cento".
"A nível nacional, o desemprego ultrapassa já os 16 por cento. Temos de pôr um travão a esta situação, porque o país não pode continuar com este nível de desemprego", acrescentou.
A solução passa por "apoiar as empresas", sendo "necessário para isso que o dinheiro que o Banco Central Europeu (BCE) empresta aos bancos chegue à economia e às empresas".
"É inaceitável que esse dinheiro não chegue à economia e quando chega é a um preço muito alto", referiu depois de notar que o BCE empresta aos bancos cobrando-lhes um juro de "um por cento.
"É necessário uma linha de crédito a contratar com o BCE no valor de cinco mil milhões de euros, para apoiar as pequenas e médias empresas. É necessário um fundo de recapitalização m recurso que estão hoje parados, de fundos que a troika pôs à disposição de Portugal, para apoiar a recapitalização das empresas", defendeu.

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