"Os donos de Portugal"


Para a camada mais jovem da nossa população, vale a pena ver o vídeo que segue, a fim de ficar mais esclarecida sobre um pouco da história dos “senhores de Portugal”.
As diversas famílias que ao longo de décadas, se organizaram de forma a ter a economia na mão, de ganharem dinheiro à custa da exploração de um povo e que depois da “Revolução de Abril”, continuaram a ganhar dinheiro, apesar de terem sido alvo de nacionalizações, algumas de uma forma selvagem, outras, talvez não.
No fundo, o que interessa, é mesmo a questão de lembrar que senhores com Fernando Ulrich, que ao perguntarem-lhe se o povo aguenta mais aumentos de impostos, a sua resposta foi: “ai aguenta, aguenta!”
Pois aguenta, para que ele e a família, continuem a ganhar milhões à custa de quem trabalha.
Para as pessoas da minha idade e mais velhas, que passaram por uma guerra colonial, sabem perfeitamente que andaram a combater, para defender os interesses desses grupos de famílias, que detinham nas antigas colónias. Daí, que o poder político, que estava feito com eles, mandaram para lá os soldados, durante década e meia, para proteger os bens dos “senhores de Portugal”.
Algumas destas famílias, nomeadamente a Mello e a Ulrich, são famílias ligadas à banca, pelo que são responsáveis pelo endividamento de muitas famílias… e que agora está na moda de os nossos governantes dizerem que todos nós gastamos mais do que podíamos. Pois é, para que os banqueiros se enchessem de dinheiro, iam pedir emprestado ao BCE dinheiro para depois emprestarem aos portugueses, a fim de comprarem casa, carro, ir de férias para paraísos balneares e por aí fora.
Agora, todos nós somos gastadores, e como tal, temos de ser penalizados ou castigados com a austeridade que nos é imposta, com aumentos “brutais de impostos”.
Quando se diz que “todos nós”, generalizando para todos os portugueses que gastamos mais do que podíamos, gostava de saber o que pretendem dizem com esse “todos nós”, porque na verdade as coisas não podem ser vistas de uma forma simplista e generalista.
Houve um período em que a banca nos infligia constantemente com anúncios, com cheques de 20.000 euros para trocar de carro, casa e mobílias. Portanto, quem não tinha problemas de trabalho, podiam perfeitamente contrair algumas dessas ofertas, que mais tarde se tornou em pesadelo, para algumas pessoas. Mas nem todas as pessoas embarcaram nessas ofertas da banca, pois eu não tive de entregar casa por ficar desempregado. No entanto, pago uma renda bastante elevada há mais de 15 anos e que possivelmente teria pago uma casa com o valor das rendas pagas aos senhorios, durante esse período de tempo.
Esta reflexão, serve para demonstrar que esses “donos de Portugal”, que já vêm de longe, pois existem há décadas e que cada vez estão mais fortes, talvez com o intuito de vingança das expropriações feitas durante o período revolucionário.
Hoje estão em causa privatizações e muito dinheiro em jogo, onde também os interesses de algumas destas famílias existem e que podem apanhar algumas migalhas destas privatizações, que são feitas sem transparência, por parte do Governo. Basta ver quem está à frente destas privatizações, seu nome Miguel Relvas, que não dá confiança a nenhum português.
Vale a pena perder 48 minutos a ver e ouvir este documentário que a RTP 2 passou de madrugada, para a audiência não ser muito grande e passar despercebido aos portugueses.

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