O secretário de Estado da Saúde e o SNS


O secretário de Estado da Saúde tem razão, quando diz que os portugueses devem contribuir para a sustentabilidade do SNS… apenas peca pelo mau exemplo deste Governo com custos salariais dos seus assessores bastante elevados, em relação à média dos salários dos restantes portugueses.
 Também em custos de ideias estúpidas de alguns ministros, como por exemplo o gasto de cerca de 6 milhões de euros, com o envio de militares em Abril de 2012, para a Guiné-Bissau, com o intuito de retirar portugueses dessa antiga colónia portuguesa, após o golpe de Estado. (Ninguém pediu ajuda para sair da Guiné-Bissau)
Outro exemplo, pode ser o gasto do ministro Miguel Relvas com a feitoria de 100 livros com o programa do Governo, tendo gasto 12.000 euros.
O livro foi pago pelo gabinete do ministro Miguel Relvas
Governo mandou fazer 100 livros e pagou 12 mil euros por ajuste directo a uma gráfica.
O gabinete do ministro-adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, encomendou em Dezembro, à Gráfica Maia Douro, SA, a produção, por ajuste directo, de uma centena de exemplares do programa do Governo, denominado Compromisso para uma Nação Forte.
Estes são alguns exemplos que me lembrei e que estão no meu baú das memórias, num cantinho do meu sótão, mas que existem mais com toda a certeza.
Agora o incrível disto tudo é dizer que os portugueses podem prevenir algumas doenças, para não terem de ir ao SNS, como por exemplo deixar de fumar.
Conheço alguns casos e um deles muito de perto, de pessoas que deixaram de fumar e que alguns anos depois apareceu o cancro no pulmão. A prevenção aqui não funcionou! Uns casos foram mortais e um felizmente não, apesar de ter retirado um pulmão, já lá vão dezassete anos.
Na questão dos diabetes tipo 2, existe um alimento que hoje mais que nunca deve ser o único que infelizmente muitos portugueses conseguem ainda pagar, que é o pão, que é responsável, também, deste tipo de doença.
Julgo que ninguém gosta de estar doente, muito menos ter doenças cancerígenas que provocam sofrimento e morte, na maioria das vezes.
Seria mais fácil fazer prevenção com uma carga fiscal menos penosas para os contribuintes, porque muitos dos cidadãos que tinham seguros de saúde, deixaram de o ter devido aos custos do mesmo e da carga fiscal que é “brutal”, assim como o custo de vida, que não para de subir. Todos estes factores juntos, provocam que haja mais gente a procurar os serviços de saúde públicos. Portanto, mais dinheiro gasto pelo SNS. Mas os impostos têm de servir para alguma coisa, além de custear as despesas do poder central do Estado.
Quando se fazem cortes, ou se pede contenção nos gastos públicos, o exemplo deve vir de cima, o que nunca acontece. O esforço é sempre solicitado à classe média, quer seja em aumentos de impostos, quer seja nos cortes de reformas, quer seja nos cortes dos benefícios fiscais no IRS.
Talvez um dia a justiça seja feita… depois dirão que foram incompreendidos, que os portugueses não perceberam a mensagem, ou que a mesma não foi clara, etc.

Ministério da Saúde pede aos utentes para prevenirem doenças e recorrerem menos ao SNS
Publicado às 10.22
O secretário de Estado da Saúde considera que os portugueses têm a obrigação de contribuir para a sustentabilidade do Serviço Nacional de Saúde, prevenindo doenças e recorrendo menos aos serviços.
"Se nós, cada um dos cidadãos, não fizermos qualquer coisa para reduzir o potencial de um dia sermos doentes, por mais impostos que possamos cobrar aos cidadãos, o Serviço Nacional de Saúde (SNS) será, mais tarde ou mais cedo, insustentável", afirmou Fernando Leal da Costa, em entrevista à agência Lusa.
Frisando que a manutenção do SNS é indiscutível para o Governo, o secretário de Estado Adjunto do Ministro da Saúde diz que "não basta" cobrar impostos e que é necessário que os cidadãos comecem a ter uma atitude de prevenção de doenças para que não precisem tanto dos serviços de saúde.
"Numa altura em que temos uma elevadíssima carga fiscal que nos é imposta pela necessidade de manter os serviços públicos, é importante que a sustentabilidade do SNS comece a ser encarada como obrigação de cada um de nós", adverte.
Os problemas ligados ao tabaco, ao álcool e à diabetes tipo 2 (que é prevenível) representam anualmente e em conjunto um encargo para o Estado de cerca de 800 milhões de euros. Individualmente, o tabaco representa um custo de 500 milhões, o álcool de 200 milhões e a diabetes tipo 2 de 100 milhões, só em medicamentos.
"Temos uma enorme margem potencial de poupança que está muito nas mãos dos cidadãos", sublinha Leal da Costa.
Na prevenção dirigida ao público mais jovem, o Ministério da Saúde, em conjunto com o da Educação e com associações de pais, vai promover uma campanha nacional nas escolas para alertar para os malefícios do tabaco, do álcool e também das novas drogas, realidades que têm preocupado tanto autoridades como educadores.
Em relação ao álcool, o Governo prepara-se para apresentar legislação que limita a venda de bebidas alcoólicas a maiores de 18 anos e que restringe a sua comercialização em bombas de gasolina ou lojas de conveniência durante o período noturno.
Operação militar portuguesa na Guiné custou quase  seis milhões de euros
A operação militar "Manatim" para o eventual  resgate de cidadãos portugueses da Guiné-Bissau teve um custo de 5,7 milhões  de euros, segundo dados oficiais a que a agência Lusa teve acesso.
No total, o envio da Força de Reação Imediata (FRI) portuguesa para  a costa ocidental africana envolveu 1028 militares (684 no exterior e 344  em Portugal), quatro meios navais (duas fragatas, uma corveta e um reabastecedor)  e dois meios aéreos.
O relatório apresentado aos deputados pelo ministro da Defesa, que está  a ser ouvido à porta fechada na comissão parlamentar, aponta a Marinha como  o ramo com mais gastos nesta operação (4,3 milhões de euros), seguida da  Força Aérea (957 mil euros).
O Estado-Maior General das Forças Armadas (EMGFA) teve uma despesa de  quase 400 mil euros e o Exército de 67 mil euros.
Os mais de 5 milhões de euros gastos na "Operação Manatim" serão essencialmente  acomodados pelos ramos com o cancelamento de exercícios de treino previstos  para 2012.
"O montante que não for possível acomodar pelos ramos será acomodado  pelo Ministério da Defesa com reforço das verbas para as Forças Nacionais  Destacadas (FND)", refere o documento.
A FRI partiu a 15 de abril para a costa ocidental de África e esteve  em operação cerca de três semanas, tendo iniciado o regresso a Portugal  (fase de retração) a 4 de maio, sem que tivesse havido resgate de cidadãos  portugueses na Guiné-Bissau.
 Na altura, o Ministério da Defesa disse ter tido em conta "as condições  de segurança da comunidade portuguesa na Guiné-Bissau" e a situação de "abertura  das fronteiras terrestres, marítimas e aéreas que tem permitido um fluxo  normal de entradas e saídas do território".
O ministro da Defesa, José Pedro Aguiar-Branco, estará hoje na Base  Naval do Alfeite ao fim da tarde para receber alguns dos meios navais envolvidos  nesta operação militar.
Lusa

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