O porquê da Banca ter crescimento em 2012
Porque será que o sector
financeiro é o único com crescimento em relação a 2011? Não está por um acaso,
de a Banca obter financiamentos no BCE a 0,75% e comprar dívida pública
portuguesa, cobrando a 4 e 5% de juros? Ao contrário de tudo o que o ministro das
Finanças andou durante muito tempo a dizer que era um êxito a troca de
maturidade da dívida portuguesa por outra de prazo mais longo, isso, só foi
possível à custa da Banca portuguesa e da Segurança Social.
Portanto, quando toda a
economia está em queda, em relação ao período homólogo de 2011 e a Banca está
com um crescimento de 0,7%, é exactamente, porque tem comprado dívida pública
portuguesa e com isso, beneficiado da diferença do preço do dinheiro.
O sector bancário não cresce
por estar a fazer empréstimos às empresas portuguesas, para que estas possam
desenvolver a sua actividade normalmente. Aí, falta dinheiro da Banca, porque esta
não empresta, alegando que se houver empresas com um bom Rating que emprestam. Numa altura destas, em que o Rating do país está em “lixo”, o dos
banco a mesma coisa e tirando a EDP, que foi comprada a parte estatal pelos
chineses Three Gorges. Se não fosse
isso, também estava em maus lençóis, no que diz respeito a Rating.
Todos nós andamos a
trabalhar para a Banca, a troika,
está cá, para assegurar que os credores internacionais recebam “o deles”, e,
fazer tudo o que lhes é possível para passar a dívida de Portugal para as mãos
de nacionais, com o medo do incumprimento, como o caso da Grécia. No entanto,
pelo andar da nossa economia, se não forem credores internacionais a perder,
terão de ser os credores nacionais, porque se não houver prolongamento do prazo
de pagamento da dívida, esta é impagável.
Para que possamos cumprir os
nossos compromissos, em relação à dívida, temos de ter crescimento económico,
para que possamos gerar riqueza, a fim de ser possível angariar dinheiro em
impostos, para que Portugal pague o que deve.
A crise que existe na
Europa, não vai permitir que com austeridade se saia dessa crise. Possivelmente
terá de passar por alguma austeridade, mas promover o crescimento económico nos
países mais débeis, para que estes consigam consolidar as suas conatas, com
mais tempo, ou seja, dar um prazo mais alargado para atingir as metas do
défice. Se assim for, talvez se consiga dar a volta à crise, mas o problema são
as eleições na Alemanha, que só se realizam em Setembro do próximo ano. E os
restantes países da zona euro, terão de ir atrás do prejuízo da senhora Merkel. Razão tem a Inglaterra, ao
querer pôr-se fora da CE!
Setor
financeiro é único a crescer na economia nacional
No terceiro trimestre deste
ano o setor financeiro foi o único que registou uma taxa de crescimento
positiva em Portugal.
Num cenário em que a
indústria, a agricultura e, principalmente, a construção, registam quebras
muito significativas, os serviços financeiros são os únicos que resistem, diz o
Público.
O Instituto Nacional de
Estatística (INE) divulgou ontem os dados na apresentação das contas nacionais
relativas ao período de julho a setembro deste ano. O PIB nacional registou uma
quebra de 0,9% face ao trimestre imediatamente anterior e de 3,5% em relação a
2011.
Embora também em crise, o
setor dominado pelas instituições bancárias e de seguros, a que o INE dá o nome
de "atividades financeiras, de seguros e imobiliárias", foi o único
que cresceu, a uma taxa de 0,7% face ao mesmo período de 2011. A construção é
um setor em colapso, com o cenário mais devastador. Apresenta uma descida
homóloga de 18,4%, o pior valor desde 1996.
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