Resgate ao Deutsch Bank?
Afinal a senhora Merkel e o senhor Wolfgang Schäuble, só têm olhos para o que se passa nos países da
periferia da CE, mas esqueceram-se que dentro do seu próprio país, também
existe quem tenha telhados de vidro. Depois de lançada a primeira pedra, os estragos
começam a aumentar e está a chegar à poderosa Alemanha e ao seu Deutseche Bank. Gostaria de saber se a
partir de agora, a política a seguir pela senhora Merkel para a sua própria Alemanha será de austeridade sobre austeridade.
Com a Grécia, Irlanda, Portugal, Espanha e Itália, não houve contemplações, e
agora senhora Merkel?
Eu sei que a Alemanha não
tem dificuldade em financiar-se para obter dinheiro a juros negativos, mas as
empresas de rating Standard & Poor’s, a Fitch e a Moody’s, deviam seguir o mesmo critério que tiveram com os Bancos
portugueses, Gregos, Espanhóis e Irlandeses e baixar o rating par lixo ao Deutsche
Bank.
Claro está, que não se pode
fazer isso à poderosa Alemanha!
Mas fica claro, que estas
empresas têm “dois pesos, e duas medidas”, depende dos países que estão em
causa ou dos Bancos a que país pertence.
A única coisa que poderá
acontecer diferente de Portugal, é que possivelmente na Alemanha vai haver
julgamento para os gestores do Deutsche
Bank, enquanto em Portugal, é o que se sabe com o BPN.
José de Oliveira e Costa,
Manuel Dias Loureiro, Duarte Lima e muitos outros, estão impunes e os Tribunais,
nada fazem contra estes senhores. Sacaram o que quiseram e quanto quiseram, uns
mais que outros e não me esqueço das palavras de Dias Loureiro, em entrevista à
RTP pela jornalista Judite de Sousa, ter dito que entrou para a política com 40
contos e hoje é detentor de uma fortuna superior a 400 milhões de euros.
É este caso e outros como
este, que faz com que os portugueses deixem de ter confiança nos políticos de
hoje, que saem das “jotas” chipados e formatados, para na Assembleia da
República agirem de uma forma em que pretendem fazer dos portugueses que os
elegeram parvos.
Deutsche Bank acusado de
ocultar 9 mil milhões de euros em dívida para fugir a resgate
Fonte:
Jornal Público
FÉLIX
RIBEIRO 06/12/2012 - 11:00
O
Deutsche Bank é acusado de ter escondido dívidas para evitar o resgate do
Governo alemão.
Banco
alemão é ainda acusado de ter despedido dois funcionários por retaliação às
denúncias MARTIN OESER/AFP
O
Deutsche Bank é acusado de ter escondido 9230 milhões de euros em dívidas
durante o pico da crise financeira para mascarar as contas e evitar um resgate
pelo Governo alemão.
A notícia é avançada nesta quinta-feira pelo
Financial Times, que afirma que três antigos funcionários do banco alemão
apresentaram queixas nos EUA, alegando que o banco alemão, com o conhecimento
dos dirigentes executivos, não registou muitas das perdas nas operações de
mercado entre 2007 e 2009.
Num
comunicado emitido também nesta quinta-feira, o banco germânico afirma que as
acusações já datam de 2011, altura em que o banco terá desenvolvido “uma
cuidadosa e rigorosa investigação” que chegou à conclusão de que as acusações
são “totalmente infundadas”. No mesmo comunicado, o Deutsche Bank afirma que as
acusações partem de funcionários que não têm conhecimento, nem são responsáveis
pelas principais operações do banco alemão.
Segundo
o Financial Times, as queixas dos três funcionários terão sido apresentadas
separadamente entre 2010 e 2011 à entidade norte-americana que regula dos
mercados financeiros, a Securities and Exchange Commission, e que terão ainda
apresentado documentos do Deutsche Bank.
Dois
dos três antigos funcionários do banco alemão que apresentaram as queixas
afirmam ter sido afastados depois terem mencionado, internamente, o processo de
ocultação de dívidas. Um deles, Matthew Simpson, um dos principais responsáveis
pelo comércio de derivados, queixa-se de ter sido afastado pelo Deutsche Bank
dias depois de ter apresentado a queixa à entidade reguladora norte-americana.
Matthew
Simpson já havia alegado a existência de irregularidades no registo da
avaliação do caderno de derivados. No seguimento da sua saída, Simpson recebeu
680 mil euros de indeminização do Deutsche Bank, depois de o antigo funcionário
ter acusado o banco alemão de ter agido por “retaliação”. Eric Ben-Artzi, o
outro funcionário que se queixa de ter sido afastado por retaliação a
comentários sobre irregularidades do Deutsche Bank, apresentou também uma
queixa à Securities and Exchange Commission.
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