Impunidade dos políticos
È impressionante, como os
políticos tentam contornar a lei, para continuarem a beneficiar das regalias
que não deviam ter, ou seja, se fosse o povo a votar as regalias que a classe
política beneficia, com toda a certeza que todos eles mudavam de profissão.
Este senhor, quando viu que
ia perder esta causa, teve a coragem de pedir a sua reforma apesar de não ter
idade para o acto de ser reformado. Essa é mais uma das regalias que esta
escória, que prolifera no nosso país, beneficia, porque no Parlamento
legislaram a favor de terem acesso a reforma, subvenções vitalícias e outras
regalias, que os demais cidadãos não têm direito.
Onde estão os senhores
deputados, que defendem os interesses dos cidadãos?
Há dias li na primeira
página do Diário de Notícias, que 161 dos presidentes de Câmara, já pediram a
reforma, porque não se podem recandidatar.
Onde está a justiça?
O Governo, proíbe a todos os
cidadãos do sector privado de se reformarem até Janeiro de 2014, mas no caso da
Função Pública e dos políticos, isso não se põe, porquê?
Existe cidadãos de 1ª e
cidadãos de segunda. Os trabalhadores do sector privado, pertencem à classe de
segunda.
A justiça também não é igual
para todos, a classe política tem benefícios que mais ninguém consegue obter,
pois são condenados, mas nunca cumprem as sentenças.
Existem diversos políticos
com casos na justiça, uns já foram condenados, mas nenhum cumpriu a pena que
lhe foi imposta pelo Tribunal. Outros, conseguem através de processos
dilatórios, obter a segurança da prescrição, ou pelo menos adiar o cumprimento
da sentença.
A impunidade que existe nos
meios políticos, cometam os crimes que cometam, desde que não seja homicídio,
os políticos estão sempre fora do cumprimento das penas que lhe sejam
imputadas, porque quanto mais não seja, agarram-se à imunidade parlamentar, para
que não tenham de ser punidos. (Temos o exemplo da deputada do Partido
Socialista, da Comissão de Ética, que foi apanhada, numa operação stop com um
taxa de alcoolemia muito acima da lei, como o caso dá prisão, invocou a
imunidade parlamentar)
Macário
Correia desafia a Justiça e promete manter-se no cargo
IDÁLIO REVEZ 25/01/2013 -
14:01
O autarca do PSD ainda não
diz se se recandidata, mas acrescenta que recebeu apoios de “conforto, nesta
hora difícil”.
O presidente da Câmara de
Faro desafia a Justiça e promete não abandonar o cargo, apesar ter sido
condenado pelo Supremo Tribunal Administrativo (STA) a perda de mandato: “Estou
condenado por razão nenhuma”. O autarca diz-se injustiçado, considerando mesmo
um “absurdo” o acórdão proferido pelo tribunal superior.
Os factos de que foi
considerado culpado, relacionados com a violação das leis de ordenamento e
urbanismo enquanto presidente da Câmara de Tavira, são irrelevantes, alegou:
“Quem pode admitir que exista uma condenação sem que qualquer caso seja
ilegal?”, perguntou, acrescentando que foi condenado “por actos que o próprio
Ministério Publico arquivou, por nem sequer oferecerem dúvidas”.
A direcção nacional do PSD
já tinha afirmado que só aguardava pela decisão do Tribunal Constitucional,
conhecida na semana passada, para decidir se apoiaria, ou não, a sua
recandidatura. O autarca, entretanto, diz ter recebido, “nesta hora difícil,
vários apoios”, para que continue no cargo, recusando-se a admitir, para já, se
volta a apresentar-se a sufrágio.
Macário Correia pediu
aclaração da sentença proferida pelo TC, que não admitiu a alegada
“inconstitucionalidade”, confirmando a sanção proferida pelo STA. Agora o
autarca promete socorrer-se de todos os mecanismos legais para fazer vingar o
princípio de que “em consciência” não cometeu qualquer crime.
O que os juízes dos
tribunais superiores apreciaram, disse, “foram questões formais e não questões
materiais”. Do conjunto dos 13 crimes julgados pelo Supremo Tribunal
Administrativo, Macário Correia reconhece apenas ter havido “irregularidade” na
aprovação da recuperação de um estábulo, transformado em casa de habitação do
proprietário, mais a construção de duas piscinas e duas moradias, em zona de
Reserva Ecológica Nacional (REN). Ainda sobre o facto de ter usado de poder
discricionário para contrariar o parecer dos técnicos, afirmou: “Eu também sou
arquitecto e engenheiro e conheço o território”.
Além disso, sublinhou que a
lei da Reserva Ecológica Nacional tem 30 anos, sofreu seis alterações, para se
ajustar à realidade: “Algumas das quais feitas por mim [quando era secretário
de Estado do Ambiente]”.
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