"O bom aluno"


Uma coisa é o senhor Juncker defender um reajustamento das condições do programa português, outra é haver efectivamente esse reajuste.
O “bom aluno” até há presente data não serviu de nada, apenas melhoraram os juros nos mercados, já é uma coisa boa, mas isso só por si não chega!
É preciso que o Eurogrupo, o BCE, a UE e o FMI, alterem as condições de forma a dar-nos mais tempo e menos juros, para que possamos reajustar a nossa economia num prazo mais alargado, sem que tenhamos de estar num sufoco, assim como deixar de destruir a nossa economia. É preciso que Portugal entre rapidamente numa fase de crescimento da economia, que se volte a fazer crescer o mercado interno, para que possa haver emprego e consequentemente mais receitas fiscais.
Enquanto Portugal não sair desta espiral recessiva em que nos encontramos, não deixamos a cauda dos mais pobres da Europa, nem conseguimos sair da situação actual. Sem emprego, não existe crescimento, o que é preciso para chegar aí, terá de ser com financiamento aos empresários, para que possam fazer crescer as suas empresas e com isso, criam mais postos de trabalho.
Ser o bom aluno do programa de ajustamento, não serve de nada, se com isso não vier um abrandamento das medidas impostas pela troika. Sempre que o FMI, faz meia culpa, porque não previu isto ou aquilo, a EU, diz que o programa é para cumprir. Portanto, de pouco vale ser bom aluno, dá vontade de fazer como a Grécia e começar a fazer tudo mal, para por em causa a estabilidade do euro e da CE, a fim de tirar benefícios disso, tal como aconteceu com a Grécia.  
Já ouvi um secretário de Estado a elogiar as palavras de Jean-Claude Juncker, pela credibilidade de Portugal no exterior. Aos portugueses pouco interessa a credibilidade de Portugal, se com isso estamos a destruir o país e a nossa economia e o bem-estar dos portugueses.
Este ano de 2013, vai ser um sufoco para todos os portugueses, mas na Europa ninguém quer saber disso para nada e como temos cá uns senhores que dizem que os portugueses viveram acima das suas possibilidades, é tudo uma questão de ideologia de quem nos governa. Destruir, para renascer das cinzas.

Juncker defende reajustamento das condições do programa português
O presidente do Eurogrupo defendeu que países, como Portugal, que estão a cumprir os objetivos com que se comprometeram, devem ser recompensados.
12:08 Quinta feira, 10 de janeiro de 2013
O presidente do Eurogrupo, Jean-Claude Juncker, afirmou hoje, em Bruxelas, que gostaria que fosse feito um reajustamento nas condições orçamentais e financeiras que acompanham o programa de ajustamento português.
"Propus, no caso de Portugal, um reajustamento no que toca às condições financeiras e orçamentais que acompanham o ajustamento", afirmou Jean-Claude Juncker, na comissão de Assuntos Económicos do Parlamento Europeu, em resposta a uma questão colocada pela eurodeputada socialista Elisa Ferreira.
Na resposta à deputada, o presidente do Eurogrupo afirmou ter "muitas interrogações sobre o ritmo de ajustamento que tem sido aplicado a alguns países da zona euro" e defendeu a existência de um sistema de recompensa para os países europeus que estão a cumprir os objetivos com que se comprometeram, dando como exemplo Portugal.
"Um país que cumpre, atualmente, não é recompensado", disse Juncker.

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