Mais um político que vai para a reforma com 47 anos de idade


Fala-se tanto na “refundação do Estado”, mas não vejo ninguém, incluído o FMI, que fez um relatório por encomenda à medida do Governo, a falar nos cortes que deviam ser feitos, nomeadamente nas reformas dos políticos.
Como é que se pode aceitar que uma senhora com 47 anos de idade, que começou a trabalhar ao 20, que no máximo tem 27 anos de descontos, vai aposentar-se com uma reforma de 1859,67 euros. Andam uns a trabalhar uma vida, com mais de 40 anos de descontos para a Segurança Social, e recebem cortes de todos os lados e outros, portugueses de 1ª classe, que são todos os parasitas desta sociedade, que enveredaram pela carreira política, da corrupção, das cunhas, dos apadrinhamentos, dos roubos, etc., têm como compensação a possibilidade de reforma aos 42 anos, (Assunção Esteves, aos 51 anos Miguel Relvas e agora Ana Teresa Vicente) haverá muitos mais nestas condições, mas de momento tenho estes presentes na minha memória.
Este caso, é mais uma acha para a fogueira, que demonstra que o relatório do FMI, foi encomendado para dizer o que o Governo pretendia que o mesmo dissesse e a seguir teremos outro da OCDE, que também não irá fugir da mesma linha, pois também lá estarão Carlos Moedas e Vítor Gaspar, para orientar os senhores da OCDE.
A dita “refundação” nunca mexe com os políticos, só estão virados para um lado, parece que este Governo é como os burros com palas nos olhos, e que devido a essas palas, só conseguem ver para um lado, ou seja, em frente. Pensaram, e decidiram que tinha de haver um corte de 4.000 milhões de euros e que tem de ser no Estado social, mas existe muitos mais sítios onde cortar gorduras, começando pelas regalias injustas da classe política.
Continuo a pensar que estamos mesmo a precisar de outra «Maria da Fonte» e quanto mais depressa melhor.
É preciso virar Portugal de pernas para o ar, limpar o país das baratas e carraças que nos incomodam, porque é inadmissível, que pessoas com idade relativamente baixa, se reforme, só porque a lei lhes facilita as coisas. Aqui sim, existe uma grande diferença de equidade e igualdade com os cidadãos normais deste país.
Presidente da Câmara de Palmela vai reformar-se aos 47 anos
RICARDO VILHENA e COM LUSA 11/01/2013 - 15:32 (actualizado às 18:48)
Ana Teresa Vicente integra a lista da Caixa Geral de Aposentações a partir de Fevereiro.

A autarca celebra 47 anos no dia 28 CARLOS LOPES
A presidente da Câmara de Palmela, Ana Teresa Vicente Custódio Sá, eleita pelo PCP, vai reformar-se aos 47 anos, idade que terá em Fevereiro quando entrar em vigor a mais recente lista de beneficiários da pensão da Caixa Geral de Aposentações.
A autarca vai, no entanto, manter-se no cargo até ao final do mandato, disse à Lusa fonte da câmara.
De acordo com o Diário da República publicado no dia 8 de Janeiro último, Ana Teresa Vicente, nascida a 28 de Janeiro de 1966, passa a receber uma pensão da Caixa Geral de Aposentações no valor de 1859,67 euros.
Ana Teresa Vicente é uma das presidentes de câmara do distrito de Setúbal a cumprir o último mandato, a par de Maria Emília de Sousa (Almada), Maria Amélia Antunes (Montijo), Carlos Beato (Grândola), Alfredo Monteiro (Seixal), Vítor Proença (Santiago do Cacém) e Manuel Coelho (Sines).
Um comunicado emitido pelo gabinete da presidência da Câmara de Palmela esclarece que o valor da reforma é de “1800 euros, sujeitos ainda aos descontos legais e, portanto, não acumuláveis com o seu actual vencimento” e assegura que o valor está dentro do que a lei estipula.
O documento ressalva que a autarca está impedida de se recandidatar-se ao cargo nas próximas eleições autárquicas. “Nesse sentido, e reunindo os requisitos legais exigidos, após 26 anos de trabalho, entendeu requerer a aposentação, que usufruirá apenas quando cessar funções, no final do presente mandato”, justifica a mesma fonte.
Contas feitas, a presidente remete o cálculo do valor da sua reforma para o início da sua carreira, em 1986, ano em que começou a trabalhar na Associação de Municípios do Distrito de Setúbal, como secretária do então coordenador Carlos de Sousa. Ana Teresa Vicente tinha então 20 anos de idade.
Em 1987 passa a trabalhar na Confederação Cooperativa Portuguesa, onde exerce funções de apoio à coordenação e, mais tarde, de secretária-geral.
Em Setembro de 1992, integra os quadros da empresa Marpe Abengoa com funções ligadas à direcção comercial e à comunicação institucional – a  Abengoa, empresa que opera no ramo das instalações técnicas especiais em Espanha, tinha entrado na estrutura do capital social da Marpe, com uma participação maioritária, em 1986.
Do currículo de Ana Teresa Vicente constam, a título individual, como socióloga, projectos na área de estudos de opinião e sondagens.
O ingresso no mundo autárquico começa a 7 de Fevereiro de 1994, quando toma posse como adjunta do então presidente da Câmara Municipal de Palmela, Carlos de Sousa, a mesma pessoa que tinha assessorado em 1986. Três anos depois, em 1997, é eleita vereadora em Palmela, chegando a assumir o cargo da vice-presidência.
O mandato que termina neste ano é o último que pode exercer. O primeiro começou depois das autárquicas de 2001. A autarca é mestre em Ciências Actuariais e licenciada em Sociologia pelo Instituto de Ciências do Trabalho e da Empresa.
Ana Teresa Vicente acumulou ainda outros cargos públicos ao longo da sua carreira: membro da Comissão Coordenadora do Fórum Mundial de Autoridades Locais desde 2003, vice-presidente da Junta Metropolitana de Lisboa entre 2001 e 2004 e presidente da Associação de Municípios da Região de Setúbal em 2006.

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