A notícia que eu esperava, chegou.
Como sempre disse, a classe
política, tudo o que faz hoje, tem como objectivo o seu futuro, não o dos
cidadãos, mas os seus bolsos.
Isto vem a prepósito de o
ex-primeiro-ministro José Sócrates, ter arranjado em “tacho” dos muito bons, na
Suíça. Não é que uma farmacêutica lhe deu um emprego milionário? Pois é
verdade, sim senhor!
O que realmente me enoja na
classe política e nomeadamente os portugueses, porque na Alemanha uma simples
alusão que uma ministra da Educação tinha cometido um plágio no seu
doutoramento, leva a pedido imediato de demissão. Em Portugal, temos um Relvas,
que arranjou um canudo de uma forma legal, mas menos clara, ou seja, (ponhamos
o nome aos bois, comprou o canudo, porque nem sequer foi às aulas) não se
demite e ainda tem ajuda do primeiro-ministro que é tão bom quanto ele. Temos o
caso da Tecnoforma, que está neste momento em investigação pela Procuradoria-Geral
da República.
O Escândalo do Isaltino
Morais, o caso Macário Correia, o de Valentim Loureiro, e assim sucessivamente,
todos os partidos têm cenas deste tipo nos seus quadros. Os presidentes de
Câmaras, que são obrigados por lei a não concorreram às novas eleições, mas
mudam de Concelho, a fim de perpetuarem o “tacho”.
Esta impunidade que existe
para com os detentores de cargos públicos, que roubam escandalosamente o erário
público, que são corruptos, que ganham fortunas enquanto estão no exercício do
poder, e, no fim não existe nenhum organismo que fiscalize o aumento de
património e se esse aumento, corresponde minimamente aos rendimentos
declarados. Repito o que já afirmei diversas vezes, digam-me um nome de um
político, que tenha entrado pobre na política e saído da mesma forma. Um exemplo:
Manuel Dias Loureiro, conhecem?
Este senhor entrou com 40
contos para a política, hoje tem um património de mais de 4 milhões de euros,
além disso, leva consigo o Miguel Relvas para passar o fim de ano no Brasil em
hotel de luxo. O BPN, serviu para muita gente enriquecer, no entanto, são os
portugueses que têm de pagar esse enriquecimento de alguns.
O Caso Freeport, o caso
Portucale, o caso Moderna, o caso dos submarinos, o caso BPN, são apenas alguns
dos quais nunca saberemos se houve ou não fraudes, se “alguém” foi subornado
por entidades ligadas a esses casos, mas na verdade é que houve troca de
favores, mas ir alguém para cadeia por causa disso, que eu saiba não há.
Podemos sempre considerar, “estar preso”, Duarte Lima e José de Oliveira e
Costa. Uma pulseira electrónica e em casa, podendo fazer o que muito bem lhes
apetece, se isso é estar preso, então sim, temos pessoas que foram entregues à
justiça por fraude ou burla qualificada. Depende do ponto de vista, com que
estejamos a ver esta situação. Os homens até não podem sair de casa, mas como por
exemplo o Isaltino Morais, que também não se pode ausentar do país sem
autorização do Tribunal de Oeiras, mas neste momento está em Moçambique, sem
ter avisado o Tribunal. Portanto, para o Zé-povinho existe uma Lei, para os
políticos existe outra Lei, diferente da primeira e com muitas benesses.
Quem há pouco tempo atrás se
perguntava como é que o José Sócrates, ex-primeiro-ministro, estava em Paris a
fazer o seu doutoramento, e a viver faustosamente, fica agora a saber que
apenas esteve a investir, no seu futuro. Alguém se lembra das vacinas para a
gripe das aves, que Portugal comprou milhões delas, que no passado ano foram
deitadas ao lixo?
Cada um que interprete como
quiser este emprego numa multinacional farmacêutica, mas não existe fumo sem
fogo. Para mim, na matemática, 1+1=2, pode ser que para outros a matemática
seja diferente e que 1 e 1 seja 11…
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