Mais uma previsão que falhou
Mais
uma estimativa falhada por estes brilhantes economistas que nos
governa.
Se este Governo se
mantivesse durante seis ou sete anos no poder, o país passava a ter como meta,
não crescimento, mas deixar cair o PIB.
Quando este Governo critica
o pouco crescimento do Governo anterior, devia pensar antes de falar, porque a
diferença que existe entre um e outro Governo, são 4% do PIB. Com estes
resultados, ficamos a saber que a dita luz ao fundo do túnel, nunca mais
aparece, apesar de o primeiro-ministro estar constantemente a dizer que agora é
que é.
Já é tempo dos cidadãos
exigirem a estes senhores que governam o país, mais seriedade, tanto nas
declarações, como nos actos. É tempo de exigir que sejam os governantes a dar o
exemplo, que os cortes passem a ser de cima para baixo e não de baixo para
cima. Já está esgotado o tempo de experiência, também já não passa a informação
que a “culpa é do Sócrates”, está na hora de se pensar em correr com esta escumalha
que não sabe governar, que destrói a economia e o país.
Quando os nossos governantes
dizem que não somos a Grécia, aparecem estes resultados que provam exactamente
o contrário, cada vez somos mais a Grécia.
Convém não esquecer que este
Governo é o responsável pela vinda da troika
para Portugal, pois se o PEC 4 fosse aprovado, teríamos o financiamento sem troika, tal como aconteceu com a
Espanha.
Economia portuguesa acentuou
queda no final do ano passado
SÉRGIO
ANÍBAL 14/02/2013
Queda
de 1,8% conduziu, no total do ano, a recessão mais forte do que a prevista pelo
Governo.
A
economia portuguesa registou uma queda de 1,8% no último trimestre do ano
passado, o que colocou a taxa de crescimento do total de 2012 em -3,2%, um
valor mais negativo do que os 3% previstos pelo Governo.
Os
últimos três meses de 2012, com a confiança dos consumidores abalada por novas
medidas de austeridade e com a economia da zona euro em recessão, foram dos
mais negativos a verificar-se em Portugal durante as últimas décadas.
De
acordo com a estimativa rápida publicada nesta quinta-feira pelo Instituto
Nacional de Estatística, o PIB caiu 1,8% face ao trimestre imediatamente
anterior. No terceiro trimestre de 2012, a queda tinha sido de 0,9%. É
necessário recuar até ao primeiro trimestre de 2009 para encontrar um resultado
pior.
Em
termos homólogos, a variação negativa do PIB foi de 3,8%, o que representa um
acentuar da tendência muito negativa na economia. No terceiro trimestre, a
variação em relação ao mesmo período do ano anterior tinha sido de 3,5%. O
resultado agora registado é o pior da actual crise económica e representa um
ponto de partida muito negativo para o ano de 2013, para o qual o Governo prevê
uma queda de apenas 1%.
A
estimativa do Governo e da troika para o ano passado, apesar de ter sido feita
com 2012 quase no fim, também acabou por falhar. Estava prevista uma queda de
3%, mas a variação do PIB no total do ano acabou por ser de 3,2%.
Na
sua estimativa rápida, o INE não apresenta ainda valores para a evolução das
componentes do PIB. No entanto, adianta já que o principal problema neste final
de ano esteve na quebra das exportações, numa conjuntura global mais difícil.
"O
contributo positivo da procura externa líquida diminuiu significativamente no
4.º trimestre, verificando-se uma diminuição menos acentuada das importações de
bens e serviços e uma redução das exportações de bens e serviços", afirma
o relatório do INE.
Em
compensação, "a procura interna apresentou um contributo menos negativo
para a variação homóloga do PIB, traduzindo sobretudo a redução menos
expressiva do investimento".
Os
últimos dados do INE já levaram a oposição a acusar o Governo de estar a criar
uma "espiral recessiva". Carlos Zorrinho, do PS, diz que o executivo
está a conduzir Portugal para "uma
catástrofe económica e social", enquanto o Bloco de Esquerda adverte que
"este Governo tem de ser parado porque se não está a matar o país". O
PSD, por sua vez, contrapõe que houve apenas um "ligeiríssimo desvio"
face às previsões do Governo.
Grandes
da Europa em recessão
Também
nesta quinta-feira, o Eurostat deu a conhecer a evolução da economia europeia
no quarto trimestre de 2012. O PIB da zona euro caiu, face ao trimestre
anterior, 0,6%, o que significa que os países da moeda única permanecem, pelo
terceiro trimestre, em recessão técnica. Em termos homólogos, a queda do PIB
foi de 0,9%.
Portugal
foi o segundo país da zona euro com pior resultado na variação homóloga do PIB,
apenas atrás da Grécia, que regista uma queda de 6%. Na variação em cadeia,
Portugal, com a variação negativa de 1,8%, é o país que apresenta um valor mais
negativo. No entanto, não são publicados valores para a Grécia nesse indicador.
Os
números do Eurostat mostram que todas as grandes potências da zona euro estão
agora com as suas economias a contrair. A Alemanha, que até agora tinha
conseguido manter variações positivas do PIB, apresentou uma queda no quarto
trimestre de 0,6%, um valor mais negativo do que as estimativas iniciais. Em
comparação com o mesmo período do ano anterior, a Alemanha ainda regista um
crescimento de 0,4% (no terceiro trimestre era de 0,9%).
A
França, que tinha voltado a crescer no terceiro trimestre, registou agora uma
queda do PIB de 0,3%, o mesmo valor da variação em termos homólogos. Itália e
Espanha registaram diminuições do PIB de 0,9% e 0,7% em cadeia e de 2,7% e 1,8%
em termos homólogos.
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