As previsões de Gaspar, que falham sempre.
Não entendo porque é que
este senhor continua a fazer previsões, elas saem-lhe todas furadas e depois
diz que em economia não existem previsões assertivas. Até pode ser que seja
assim, mas ele tem o condão de errar sempre todas as previsões. Quando diz que
o desemprego fica na taxa “X”, ela sobe mais umas quantas décimas. Em relação
ao défice público, diz que vai ficar nos 5%, ainda há dias na Assembleia da
República, na discussão do OE para 2013, disse que ficaria nos 5,9 ou 6%. Quer
dizer que vai haver mais Fundos de Pensões da Banca?
Será a privatização da ANA?
Ou é mais uma vez as contas
à Vítor Gaspar, que erra constantemente nas suas previsões.
Quem o ouve falar, até
parece que Portugal está no bom caminho, que vai diminuir a dívida pública, que
vai ter crescimento económico, que os portugueses vão viver melhor, enfim um
sonho do ministro Gaspar, que deve andar a ler “Alice no país das maravilhas”.
Só que a realidade portuguesa é bem diferente e se os ministros andam com quase
um pelotão de “gorilas” para os defender na rua, é porque as coisas não estão
nada bem para o lado dos portugueses.
Com esta economia, nunca
conseguiremos pagar os juros da dívida e muito menos a própria dívida. Vai ser
necessário sentarem-se com quem de direito e renegociar a dívida, pedir mais
tempo para pagar a dita e provocar crescimento da economia, para que se consiga
gerar riqueza a fim de haver dinheiro disponível para pagar aos credores.
Vítor Gaspar garante que
limite de 5% do défice será cumprido
Publicado
ontem, 19 de Novembro de 2012
Fonte:
JN
O
ministro das Finanças, Vítor Gaspar, apresentou, esta segunda-feira, as
conclusões da 6.ª avaliação da troika, que concluiu que "o programa de
ajustamento português continua a progredir", apesar da crise europeia.
Assim, Portugal irá receber a próxima tranche de ajuda financeira no valor de
2500 milhões de euros.
Vítor
Gaspar diz que o programa de ajustamento financeiro tem em curso 95% das
medidas previstas
"A
situação é difícil e muito adversa, mas o programa continua", frisou. O
ministro referiu que o programa de ajustamento financeiro tem em curso 95% das
medidas previstas e garantiu que o limite de 5% do défice será cumprido, não
estando previsto o recurso a medidas adicionais.
Vítor
Gaspar anunciou que, "no final do próximo ano, teremos concluído 80% do
programa de ajustamento estrutural requerido pelo programa".
As
projeções do Governo sugerem que "o fundamental do ajustamento terá sido
completado no final de 2014", mantendo as metas do défice neste e no
próximo ano sem necessidade de mais medidas, referiu.
A
dívida pública deverá atingir os 120% do Produto Interno Bruto mas o seu pico
máximo será atingido apenas em 2014, e num nível mais baixo que o estimado nas
anteriores previsões.
O
ministro das Finanças considerou ainda que a redução de 4% para 3,5% da
sobretaxa em sede de IRS prevista no orçamento é um "resultado favorável
que é muito bem-vindo".
O
ministro explicou que esta mudança faz parte de um processo que começou no
quinto exame regular, quando "ficou acordado e foi publicitado que havia
margem para substituir medidas do lado da receita por medidas do lado da
despesa".
"Foi
negociado desde o primeiro momento uma cláusula que permite a substituição de
medidas do lado da receita por medidas do lado equivalente ao lado da despesa.
Este esforço foi um esforço constante desde o quinto exame regular. O Governo
neste contexto conseguiu identificar poupanças adicionais de despesas no
montantes de 300 milhões de euros que permitiram manter a cláusula de salvaguarda
do IMI", explicou o governante.
O
Governo mantém quase todas as projeções para a taxa de desemprego com exceção
da de 2014, que é revista ligeiramente em alta, mantendo-se acima da barreira
psicológica dos 16% (era de 15,9% na última avaliação, em setembro).
De
resto, o Governo continua a espera que a taxa de desemprego este ano deverá
ficar-se pelos 15,5%, atingindo o seu máximo nos 16,4% em 2013, baixando para
16% em 2014, para 15,3% em 2015 e 14,8% em 2016.
Vincando
a importância do Estado Social, o ministro afirmou que é objetivo do Governo
assegurar a distribuição de rendimentos de acordo com o mercado; os mecanismos
de seguros para situações de desemprego, velhice e doença; e a igualdade de
oportunidades, nomeadamente, nas áreas da educação e da saúde.
"O
que está em causa no exame das Funções do Estado e no desenho do Estado Social
em Portugal é muito mais que uma poupança, é garantir um sistema que seja
equitativo, justo, eficiente e eficaz, e que seja, portanto, o Estado Social
que os portugueses querem ter e o Estado Social que os portugueses querem
pagar", afirmou Vítor Gaspar.
No
âmbito da Administração Pública, será revista a lei da mobilidade especial,
alargando-a a todos os setores, reduzidos os incentivos à permanência de
trabalhadores excedentários e haverá uma maior aposta no aumento da
produtividade e da qualificação no setor.
Vítor
Gaspar anunciou ainda que a reforma profunda do IRC pretende internacionalizar
as empresas portuguesas. "O financiamento das empresas é prioritário para
o sucesso deste programa", destacou.
"Iniciámos
o processo que conduzirá a uma reforma profunda e abrangente do IRC",
afirmou, explicando ainda que esta "tem vindo a ser discutida desde o
quarto exame regular" e que se pretende "avaliar a competitividade do
IRC face aos impostos sobre os rendimentos das empresas" em vigor na União
Europeia e na OCDE.
A
garantia de acesso ao crédito público é outro dos objetivos do programa, disse
Gaspar, pelo que é "fundamental a contenção". De resto a fase final
do programa "continuará a exigir espírito de sacrifício e muita
disciplina".
Quanto
à questão do IVA na restauração, o ministro informou que o assunto não foi
discutido nesta 6.ª avaliação, mas está ao corrente das iniciativas
parlamentares.
Para
2013, estão previstas as privatizações dos CTT, CP Carga e da Gestão de Resíduos
das Águas de Portugal.
No
próximo ano, o Governo espera poupar cerca de 250 milhões de euros nas
parcerias público-privadas, economizando mais ou menos um terço do valor
acordado com o parceiro privado.
Recorde-se
que a troika é formada por representantes do Fundo Monetário Internacional, da
Comissão Europeia e do Banco Central Europeu. As três instituições concederam a
Portugal um empréstimo de 78 mil milhões de euros, que está a ser pago pelo
país em várias tranches.
O
ministro das Finanças, Vítor Gaspar, prevê apresentar em fevereiro o plano para
"cortes estruturais na despesa na ordem de 4 mil milhões de euros".
Fevereiro
é a data do sétimo exame regular da troika.
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