Ex-político em carro celular
Esta é a ética dos nossos
políticos, claro que há excepções, mas contam-se os que não têm ou tiveram
problemas com a Justiça, ou seja, que alguma vez não tivesse havido alguma
suspeição de ter cometido alguma ilegalidade.
Depois são senhores como
este que são conselheiros do primeiro-ministro, mas que têm culpas no cartório
no escândalo BPN. Todos vamos ter de pagar cerca de 10.000 milhões de euros que
foram roubados ao BPN. Já era tempo da justiça ir buscar todos os bens que cada
um dos intervenientes no caso possuem, para minimizar os prejuízos causados.
No caso BPN, “há muitos
implicados”, mas só alguns é que vão responder, isto é, será que vão?
Desde compra de acções por
parte de Aníbal Cavaco Silva e da sua filha, tendo ganho o dobro do
investimento em muito pouco tempo, pelo que o processo é demasiado escuro, até
ao empréstimo de dinheiro pelo próprio Banco ao Manuel Dias Loureiro,
1.000.000,00 euros para adquirir acções do próprio Banco, que possivelmente
nunca pagou, mas vendeu as acções e guardou o respectivo dinheiro.
Estas acções de cidadania
que estamos habituados a ver nos nossos políticos ou ex-políticos, é que deixa
o cidadão comum apensar se vale a pena continuar a votar nos actos eleitorais.
Todos prometem mundos e fundos, mas depois de lá estarem, são todos iguais, o
dinheiro fala mais alto.
Duarte Lima terá usado o
arguido Francisco Canas para colocar dinheiro na Suíça
Publicado
ontem 22 de Novembro de 2012 pelo JN
foto ÁLVARO ISIDORO/GLOBAL IMAGENs
Duarte
Lima, acusado de burla qualificada ao BPN e branqueamento de capitais, utilizou
Francisco Canas, também arguido neste processo e no caso "Monte
Branco", para colocar 3,5 milhões de euros na Suíça, segundo o Ministério
Público.
O
Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) de Lisboa refere no
despacho de 17 de novembro que os montantes provenientes do negócio Homeland,
fundo imobiliário criado para financiar a compra de terrenos em Oeiras,
entraram na esfera de Francisco Canas para colocação na Suíça.
A
acusação refere que Duarte Lima e o filho, Pedro Lima, "deitaram a
mão" para "finalidades próprias" a "pelo menos 3.573.700
euros" da Homeland, constituída com 1,5 ME do BPN e 4,2 ME de Vítor
Raposo, sócio do ex-deputado, e igual montante de Pedro Lima.
A
investigação revela que Duarte Lima "conhecia já os serviços
oferecidos" pelo arguido Francisco Canas, tendo este aceitado receber
verbas para depois disponibilizar igual quantia para contas no estrangeiro.
Tendo
conhecimento da provável origem ilícita dos fundos recebidos de Duarte Lima,
Francisco Canas, que cobrava pelo serviço um por cento, criou a personagem de
"Carlos Lima" nas operações com ex-deputado.
Duarte
Lima é também acusado de lesar Vítor Raposo em 987.500 euros, depois de o ter
induzido a comprar parte da carteira de ações da SLN (Sociedade Lusa de
Negócios), não cotadas em bolsa, que o ex-deputado, depois de ter contraído
junto do BPN um empréstimo de 3,5 ME, detinha em nome de EMKA International.
No
despacho de acusação descreve-se que Vítor Raposo foi convencido a comprar 250
mil ações da SLN, sem se aperceber o detentor da carteira era o próprio Duarte
Lima.
Duarte
Lima, que se encontra em prisão domiciliária, Vítor Raposo e Pedro Lima são
suspeitos de burlar o BPN em 44 milhões de euros.
O
ex-deputado e os outros arguidos são suspeitos do usufruto de vários créditos
no valor de mais 40 milhões de euros, obtidos com garantias bancárias de baixo
valor, que permitiriam adquirir terrenos no concelho de Oeiras, localizados nas
imediações da projetada sede do Instituto Português de Oncologia (IPO).
O
projeto da sede do IPO não avançou e o crédito pedido ao BPN ficou por
liquidar.
Sob
Duarte Lima pendem ainda as acusações de dois crimes de burla qualificada ao
sócio [Vítor Raposo] e um crime de abuso de confiança, além de branqueamento de
capitais relativo aos factos da utilização dos serviços de Francisco Canas.
Francisco
Canas é acusado de branqueamento de capitais, enquanto os advogados João
Almeida e Paiva e Miguel Almeida e Paiva são indiciados de burla qualificada ao
BPN, infidelidade como gerentes da sociedade Neta Franco e como procuradores da
herdeira e um crime de falsificação.

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