O ministro das Finanças e a sua matemática
Não consigo perceber e a
minha matemática não é nem de perto, nem de longe, a mesma dos economistas que
estão acompanhar este Governo, na árdua tarefa de gerir um país, mesmo que
pequeno como o nosso. Mas sei que se não tiver rendimentos, não consigo pagar
as despesas da minha casa. Podem dizer é a verdade de La Palisse, claro que é,
mas quando se retira a fonte de rendimentos do país, que são os impostos
gerados pelo mercado interno, de onde corresponde a maioria dos impostos,
através do IVA, IRS, IRC, IMI, enfim todas as grandes receitas do Estado,
dependem quase exclusivamente do mercado interno.
Com a falência das empresas,
que provoca aumento de desemprego, logo, aumento de despesas através dos
subsídios de desemprego, isso provoca também um aumento brutal da nossa dívida
externa, porque não produzimos, por causa das ditas falências, nem temos
receitas para fazer face às despesas. Onde é que esses economistas que estão
assessorar o Governo aprenderam a sua matemática?
Será que também tiraram o
curso como o ministro Miguel Relvas?
De madrugada e numa hora?
Possivelmente sim, porque
senão já tinham feito uma assessoria como deve ser e já tinham dito a estes
senhores que nos governam, que têm de renegociar a dívida com a troika, com o BCE, com EU, com a senhora
Merkel, com o FMI e não com os lacaios
que vem cá de quando em quando. Estes senhores, acabaram de dizer na Concertação
Social, que os 4.000.000.000,00 €, eram da responsabilidade do Governo e não de
imposições deles. Portanto, das duas uma, ou este Governo que teve um grande puxão
de orelhas da senhora Merkel, aquando
da reprovação do PEC 4, quer agora fazer um trabalho para superar os interesses
alemães em Portugal, logo, quer dizer que estão vendidos à Alemanha. Também não
é novidade para ninguém que este Governo, nomeadamente Vítor Gaspar e Passos
Coelho estão a defender os interesses da Alemanha e não os interesses de
Portugal.
Com esta visita a Portugal
da senhora Merkel, vamos ver que negócios
é que se vão fazer a nível de transportes, nomeadamente de mercadorias
ferroviárias, não me devo enganar muito se afirmar que a BD Alemã, vai comprar
a CP mercadorias, estarei enganado? A ver vamos…
Quanto à queda do PIB de
3,4% e que agrava todos os dados sobre a nossa dívida, não é nada que não se
esteja à espera, só o Vítor Gaspar é que nunca prevê maus resultados da sua
política, apesar de todos os economistas que vão à televisão comentar
determinadas notícias, dizerem que tudo o que nos está acontecer era previsível.
Das duas uma, ou o ministro não presta e devia ser substituído, ou está a lesar
Portugal para defender interesses de terceiros.
Quanto ao desemprego, também
está de acordo com as previsões de todos os analistas políticos, menos do
Governo.
Co a falta de consumo
interno, aumentam as falências, logo aumenta o desemprego. Mas o pior está para
vir em 2013, quando começarem os despedimentos na função pública, que vai ser
de cerca de 40.000 pessoas, mais as do sector privado, em que as entidades
patronais não consigam aguentar a falta de negócio e tenham de abrir falência.
Portanto, quando o Governo
diz que o desemprego vai crescer para 16,4%, vai superar de longe esses
números, infelizmente para todos nós.
Continuamos a ter um Governo
cego, autista e obcecado nas suas ideias liberais nazis, que está a aumentar a
dívida pública portuguesa a um ritmo completamente alucinante e não tarda
estamos como a Grécia, o que não era o caso há ano e meio atrás.
Uma coisa é aumentar a
dívida pública com criação de emprego e construções de infra-estruturas, outra
é criar aumento de dívida pública, só com a diminuição de receitas e aumento de
juros da dívida.
Hoje ainda se julgam os
nazis que são encontrados e que cometeram crimes de guerra, espero que um dia
se crie um tribunal para julgar todos os políticos portugueses, que fizeram da
governação do país ou da autarquia uma fonte de receita pessoal, através de
fraudes, luvas, corrupção, roubo, etc. (…) e que tenhamos no banco dos réus,
todos os políticos que se governaram e que governaram muito mal o país. Julgo
que seriam muitos os que teriam de passar por esse tribunal e muitos seriam
condenados com penas muito pesadas, devido aos actos ilícitos por si cometidos.
PIB português cai 3,4% e
agrava queda desde início da crise
14.11.2012
- 10:38 Por Félix Ribeiro
Fonte: Jornal Público
INE
divulga maior queda anual do PIB desde o início da recessão
O
Produto Interno Bruto (PIB) português caiu 3,4% no terceiro trimestre de 2012
em relação ao mesmo período do ano passado. É a maior quebra homóloga desde o
início da recessão na economia portuguesa.
Nos
meses de Julho, Agosto e Setembro a recessão agravou-se ainda mais, superando a
quebra homóloga de 3,2% que se tinha registado no segundo trimestre deste ano e
que já era a maior desde o início da crise.
A
economia portuguesa entra assim no oitavo trimestre consecutivo de recessão, de
acordo com os resultados divulgados esta quarta-feira pelo Instituto Nacional
de Estatística (INE), que não apresentam ainda os dados sectoriais.
Em
relação ao trimestre anterior, a quebra do PIB foi menos acentuada, situando-se
nos 0,8%. Um agravamento menor do que o registado no segundo trimestre de 2012,
durante o qual se registou um recuo de 1,1% face aos primeiros três meses do
ano.
A
quebra do PIB em relação aos meses de Abril, Maio e Junho foi de 0,8%,menos
acentuada, ainda assim, do que a registada no trimestre anterior em relação aos
primeiros três meses do ano – 1,1%.
Taxa de desemprego bate novo
recorde e chega a 15,8%
14.11.2012
- 11:11 Por PÚBLICO
Desemprego continua a subir
em Portugal
Mais
44 mil desempregados em Portugal durante o terceiro trimestre deste ano
colocaram a taxa de desemprego a um novo nível recorde: 15,8% da população
activa.
De
acordo com os dados publicados esta quarta-feira pelo Instituto Nacional de
Estatística (INE), o número de desempregados em Portugal (seguindo os critérios
adoptados pelo INE) ascendeu, durante o período de Julho a Setembro deste ano,
a 871 mil pessoas. Houve uma subida de 181 mil face a igual período do ano
passado e de 44 mil face ao segundo trimestre do ano.
A
taxa de desemprego passou de 15% no segundo trimestre para 15,8% agora. No
terceiro trimestre de 2011 este indicador estava em 12,4%.
A
escalada do desemprego em Portugal tem-se verificado, com pequenos período de
interrupção, durante a última década. Durante o último ano, em que se sentiram
os efeitos das políticas de austeridade acordadas com a troika, a subida tem
sido particularmente acentuada, colocando a taxa de desemprego a níveis nunca
vistos em Portugal desde que há dados estatísticos disponíveis. No terceiro
trimestre do ano, a economia, segundo dados também publicados esta quarta-feira
pelo INE, registou uma quebra de 0,8% face ao período imediatamente anterior e
de 3,4% face ao período homólogo do ano passado.
Se
ao número de desempregados "oficiais" juntarmos as pessoas que o INE
regista como sendo "inactivos à procura de emprego mas não
disponíveis" e "inactivos disponíveis mas que não procuram
emprego", o total de pessoas em Portugal que pretende ter em emprego mas
não consegue ascende é de 1144 mil pessoas.
Desemprego jovem continua a
subir
Nos
números hoje divulgados, nota-se ainda o acentuar de duas tendências recentes
do mercado de trabalho em Portugal: a subida muito rápida do desemprego jovem e
de longa duração.
Entre
os jovens com idades entre os 15 e os 24 anos e que fazem parte da população
activa, a taxa de desemprego subiu para uns nunca vistos 39%. São cerca de 175
mil jovens sem emprego, mais 25 mil do que há três meses atrás. No segundo
trimestre, a taxa de desemprego entre os jovens estava em 35,5% e, no mesmo período
do ano passado, em 30%.
A
taxa de desemprego de longa duração também subiu, de 8% para 8,8%. São já 483
mil, as pessoas em Portugal que estão desempregadas há mais de um ano. A subida
deste indicador face ao segundo trimestre do ano foi de 40 mil pessoas.
Comentários
Enviar um comentário