"Austeridade leva o país para a insolvência"
Porque será que Vítor Gaspar
pensa que só ele é que é inteligente, que só ele é que é detentor da verdade,
que só ele é que sabe fazer contas…
Este homem depois de deixar
o país completamente ingovernável, devia ser preso, confiscarem-lhe todos os
bens no país e no estrangeiro, para não dizer condená-lo ou a prisão perpétua
ou à morte.
O que está a fazer ao país,
com a conivência do Presidente da República é crime de lesa Pátria e como tal,
as instituições não-governamentais, mas com responsabilidade no país,
nomeadamente o Ministério Público ou o Procurador-Geral da República, devia
instaurar um Processo-crime, contra este senhor, pois a destruição da economia
do país não é um caso de menos importância. Depois de destruída, não vai ser
fácil voltar a recuperar o país e a sua economia, para que haja autonomia e
independência.
Paul De Grauwe, professor da London
School of Economics e investigador no Center for European Policy Studies,
afirmou nesta segunda-feira, em Lisboa, que "tem dúvidas" que
Portugal volte aos mercados em 2013 e alertou para a possibilidade de o Governo
português estar a fazer o país caminhar para uma insolvência imposta pela
austeridade.
Este parágrafo diz tudo
sobre a economia portuguesa!
Não é preciso vir um
economista belga dar uma conferência a Portugal e dizer que Vítor Gaspar está a
levar o país para a insolvência. Penso que todos nós já chegamos a essa conclusão,
que não é necessário a vinda de um belga dizer que esse é o caminho seguido
pelo ministro das Finanças.
Mas também é muito
engraçado, saber que amanhã vai haver 18 deputados do PSD, que vão apresentar
uma declaração de voto, na votação do OE de 2013. Só gostaria de saber é o que
é que esses deputados vão dizer aos seus eleitores, ou seja, eu gostaria de
saber, quem são os eleitores que elegeram esses deputados e se nas próximas
eleições Legislativas, esses eleitores vão votar novamente nesses deputados.
Há qualquer coisa na nossa
democracia que não bate muito certo, pelo menos, comparando o sistema com
outros países, por exemplo com a Inglaterra, lá cada eleitor sabe que deputado
elege, assim como o deputado sabe exactamente quem o elegeu. Nós por cá, não
sabemos exactamente quem é o nosso deputado, se ele está a fazer o que disse
que ia fazer no Parlamento, ou se está, simplesmente a fazer o que o Partido
lhe manda. Numa altura destas em que está em causa um OE que é uma aberração,
todos nós gostaríamos de saber se voltávamos a votar em determinado deputado
nas próximas eleições. São deputados que são eleitos pelo povo, mas não lhes
foi dada carta-branca para fazerem o que quiserem no Parlamento, para isso não
precisamos de deputados, basta o Partido em que cada um de nós votou, ter lá
uns robots, porque fazem exactamente a mesma coisa. Portanto, possivelmente
estará na hora de mudar o sistema.
É preciso mudar muita coisa
na política portuguesa, desde acabar com as maiorias absolutas e obrigar os
Partidos a entenderem-se para que a democracia funcione muito melhor, que com
uma maioria absoluta. Possivelmente, deveríamos de ter nas próximas autárquicas
pessoas individuais a concorrer à Presidência de Câmara Municipal, acabar com
este monopólio dos Partidos, que apenas vêm os seus interesses e não o
colectivo.
Nas autarquias, até é fácil
um grupo de pessoas conhecidas da população, juntarem-se para concorrer à
autarquia e depois via-se o que acontecia, com os Partidos. Acho que é
necessário dar uma varredura muito grande neste sistema, em que os Partidos
fazem as asneiras que quiserem, mas não são responsabilizados por essas mesmas
asneiras, mesmo que o prejuízo para o país seja enorme.
"Vítor Gaspar, não
exagere" na austeridade, pede Paul De Grauwe
O
economista belga alertou o Governo português para a possibilidade de estar a
dirigir o país para a insolvência com o esgotamento da política de austeridade.
Paul
De Grauwe, professor da London School of Economics e investigador no Center for
European Policy Studies, afirmou nesta segunda-feira, em Lisboa, que "tem
dúvidas" que Portugal volte aos mercados em 2013 e alertou para a
possibilidade de o Governo português estar a fazer o país caminhar para uma
insolvência imposta pela austeridade.
O
economista belga, que falava na conferência "Portugal em Mudança",
que celebra os 50 anos do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de
Lisboa, centrou grande parte da sua argumentação na perspectiva de que os
países do Norte da Europa estão a fugir às suas responsabilidades, crítica que
lhe custou uma disputa com o embaixador alemão em Portugal, Helmut Elfenkämper.
Apesar
de Vítor Gaspar ser "um bom amigo" de Paul De Grauwe, como este
último fez questão de referir, o economista belga fez também questão de fazer
referência à linha de acção do Governo: "Vítor Gaspar, não exagere".
"O
Governo português pode estar a levar o rumo da austeridade demasiado longe e a
puxar a economia portuguesa para uma espiral recessiva. Não vai conseguir curar
o défice orçamental e reestruturar a dívida pública assim", disse Paul De
Grauwe, afirmando ainda que o esgotamento desta via já mostrou várias vezes que
pode levar os países em reestruturação para a insolvência.
O
economista reconhece que não existe uma grande liberdade na contestação às
metas para a reestruturação orçamental dos países do Sul, mas, alertou, isto
não deve significar que os países deixem de pedir uma redução da austeridade.
Para Paul De Grauwe, "há uma opção de reduzir a austeridade".
Paul
de Grauwe defendeu que os países do Norte da Europa devem apoiar a
reestruturação económica dos países recessivos do Sul, a braços com um
crescimento da dívida soberana que, disse, é também fruto das políticas de
austeridade que são impostas pelos parceiros europeus: "Os países do Norte
não querem estimular a economia", afirmou o economista belga, em
referência ao receio de fraco crescimento que a Alemanha, por exemplo, tem
vindo a mostrar.
O
professor da London School of Economics apelou a uma partilha das responsabilidades
na retoma económica da zona euro, afirmando que à medida que os países do Sul
assumem políticas de austeridade que impedem o seu crescimento económico, os
países do Norte deveriam acompanhar este esforço "com investimento
económico". "Mas não, estes países querem manter os seus excedentes
económicos", acusou Paul De Grauwe.
A
este argumento, Paul De Grauwe juntou outra crítica: o Banco Central Europeu
(BCE) está a agir "tanto como polícia como bombeiro da Europa", o
que, defendeu, lhe retira independência na sua linha de acção. Como exemplo, o
economista utilizou a ambiguidade da posição do BCE enquanto rede de segurança
do sistema financeiro – que agora quer assumir com o anunciado programa de
compra ilimitada de dívida – e enquanto "moralizador" da situação dos
países que encabeçam a crise da dívida externa europeia, ao apelar à adopção de
medidas de austeridade para a retoma do crescimento. "É horrível que o BCE
faça parte da troika", disse, reforçando esta postura com a metáfora de um
bombeiro que deixa as casas arder – leia-se, países com uma austeridade
consumidora – para que "o dono da casa receba um castigo".
Na
fase reservada às questões do público, ergueu-se das cadeiras do segundo
auditório da Fundação Calouste Gulbenkian Helmut Elfenkämper. "Tenho a
dizer-lhe que não gosto da sua metáfora do bombeiro", afirmou o embaixador
alemão em Portugal. "A Alemanha não pode investir mais dinheiro sem o
risco de criar bolhas económicas", atirou o diplomata em resposta à acusação
de Paul De Grauwe, que colocou várias vezes em causa o facto de os países do
Norte, particularmente a Alemanha, estarem a aplicar medidas de austeridade
desnecessárias, arrastando a economia da zona euro para uma dupla recessão. A
isto, Paul De Grauwe ripostou: "Está a dizer-me que não existem
investimentos na Alemanha [que não apresentem riscos de bolhas económicas]?
Olhe à sua volta. Parece-me que há um problema de imaginação na Alemanha",
disse.
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