TDT e a corrupção


A Meo anunciou um crescimento de clientes de 27,7%, ou seja de 224 mil clientes novos em relação ao mesmo período do ano passado.
Na minha óptica, esse crescimento vem ao encontro da tese sobre a TDT de Sérgio Denicoli, porque como foi a PT que ficou com o interesse da implementação da TDT, logo, iria haver a possibilidade de falhar o sinal em alguns locais, que para superar a situação, indica-se uma operadora de televisão por cabo e que é?
Ora, ora, ora, só pode ser “o comando é meo”!
São estas situações de promiscuidade que é habitual, tanto nos negócios, como na política, que tira toda a credibilidade das coisas.
Pensemos que realmente não houve corrupção, (caso raro em Portugal) porque é que a Anacom não fez um concurso público, como seria do interesse de todos os portugueses, assim possivelmente, ficava-se com mais canais em sinal aberto. Assim, nem os trabalhadores da RTP, enviavam para a Procuradoria-Geral da República, documentos de corrupção, nem o investigador da Universidade do Minho, teria optado pelo tema da TDT, para a sua tese de doutoramento.
Neste país os interesses de alguns em desfavor dos interesses colectivos são recorrentes, daí que não é de estranhar coisa nenhuma.
Por exemplo:
Hoje saiu mais uma notícia sobre Isaltino Morais, em que o Supremo Tribunal de Justiça, confirma que tem de ser preso, porque o recurso foi rejeitado.
Também sabemos que a directora adjunta da Procuradoria-Geral da República, disse na Universidade de Verão da JSD, que não havia corrupção em Portugal. Pois bem, como se sabe, há pelo menos três autarcas, que perderam o mandato de Presidentes de Câmara, mas que com as habilidades habituais dos recursos para obtenção de dilatação de prazos judiciais, ainda continuam à frente da respectiva Câmara Municipal.
Os reguladores em Portugal, são sempre a favor das empresas, tal como acontece com os combustíveis, com a electricidade, com a comunicação social, etc.
Portanto, se já existem duas entidades a dizer que o processo foi passível de corrupção, então, é porque existe alguma coisa no ar. “Onde há fumo, há fogo”!

Trabalhadores da RTP entregam tese sobre TDT na Procuradoria-Geral da República
08 Novembro 2012 | 19:13
Diogo Cavaleiro  - diogocavaleiro@negocios.pt
A comissão de trabalhadores da RTP juntou mais material à participação que tinha feito sobre a TDT em Janeiro. Entre ele está a tese de Sergio Denicoli que, segundo o autor, aponta para indícios de corrupção por parte da Anacom e da PT no processo de implementação da TDT.
A comissão de trabalhadores da RTP entregou, na Procuradoria-Geral da República, a tese de doutoramento de Sergio Denicoli, que indica que houve “indícios de corrupção” no processo de implementação da TDT em Portugal. A tese junta-se ao material da participação que aquela comissão fez em Janeiro.
A Procuradoria-Geral já tomou, assim, conhecimento da tese da autoria de Sergio Denicoli que visa uma análise ao processo da TDT no país, salientou Camilo Azevedo, da comissão de trabalhadores do grupo de comunicação estatal, em declarações ao Negócios. A entidade ainda não sabe se será aberto um inquérito, seja da parte cível, seja parte criminal, mas tem esperança de que isso venha a acontecer.
A par da tese, foi entregue mais material que tem vindo a ser acumulado pela comissão de trabalhadores da RTP desde a participação feita em Janeiro, ainda antes do apagão analógico que levou à transição para o digital, acrescentou Azevedo.
Nessa participação, conforme anunciado na altura, a atribuição do desenvolvimento da TDT à PT era considerada “uma aberração”, devido a possíveis “conflitos de interesse”.
Tese é sobre “captura regulatória
Sergio Denicoli apresentou, na semana passada, a tese de doutoramento sobre a TDT, na Universidade do Minho, em que mencionava que a Anacom, Autoridade Nacional de Comunicações, tinha sido alvo de uma “captura regulatória” por parte da Portugal Telecom durante a implementação da TDT. A tese de Denicoli, aprovada por unanimidade, é de que a operadora presidida por Zeinal Bava terá levado a Anacom a actuar segundo os seus interesses.
Posteriormente, as declarações do investigador a alguns órgãos de comunicação social, nomeadamente a Lusa, em que falava em “indícios de corrupção” entre a reguladora liderada por Fátima Barros (na foto) e a operadora, levaram as duas entidades a admitirem a possibilidade de avançar com processos judiciais sobre Sergio Denicoli. A PT já terá mesmo iniciado o processo.
O Negócios questionou o investigador, na semana passada, sobre o motivo pelo qual não apresentava uma queixa sobre corrupção na TDT com base na tese, ao que o investigador disse que o trabalho enquanto investigador acabava com a publicação do documento (hoje tornado público pela universidade).
Nessa altura, Denicoli referiu, num comentário no seu blogue, que esperava que as autoridades competentes utilizassem a tese “para tomar as providências cabíveis, de forma a analisar se os indícios que encontrei realmente se concretizaram em actos corruptos ou não”. Aquilo que foi feito agora pela comissão de trabalhadores da RTP.
PT e Anacom acusam declarações de Denicoli
“Não há processo de corrupção nenhum, há uma tese de alguém que faz acusações e agora vamos deixar que o tribunal apure o que levou essa pessoa a dizer coisas muito graves e que atentam contra a honra da PT”, referiu, ontem, Zeinal Bava, segundo cita a agência Lusa. A PT já tinha emitido uma declaração em que defendia ter cumprido “escrupulosamente todas as condições impostas pelo caderno de encargos”.
A Anacom também já disse, em comunicado, que “seguiu todos os procedimentos a que estava obrigada nos termos da legislação em vigor, tendo sempre actuado de acordo com o princípio da imparcialidade e da transparência”.
Meo cresce, TMN perde receita por cliente
Fonte: Económico de 08-11-2012
O Meo fechou o trimestre com 1,198 milhões de clientes, mais 224 mil clientes relativamente ao mesmo período do ano anterior.
Os clientes triple play (voz, banda larga e televisão por subscrição) são já 802 mil, registando um aumento de 27,7% face ao terceiro trimestre de 2011. O Meo levou a que o ARPU residencial crescesse 2,8% no terceiro trimestre em comparação com o mesmo período de 2011, para 31,8 euros.

A TMN chegou ao final de Setembro com 7,386 milhões de clientes, com um aumento muito ligeiro, de 0,4%, face ao período homólogo. No que toca à receita média por cliente no móvel, esta caiu 12,1% para 8,9 euros, quando no terceiro trimestre de 2011 era de 10,2 euros.
O ARPU das operadoras móveis tem vindo a cair, por um lado devido à descida das tarifas de terminação (menos 32,8%) e por outro devido aos tarifários tribais com preços bastante baixos e comunicações praticamente sem custo. Além disso, a crise leva a uma contracção do consumo, que se verifica também na redução da venda de equipamentos.
As receitas não voz foram já 33% das receitas de serviços, devido ao aumento do tráfego de dados com a massificação dos ‘smartphones'.
Feitas as contas, as receitas deste segmento desceram 11,2% para 144 milhões de euros.

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