Descontos para a Segurança Social


Afinal já vai havendo mais pessoas a reclamar com os cortes nas reformas dos cidadãos que passaram uma vida a descontar para a Segurança Social, e quando chega à idade da reforma, o Governo faz o que muito bem entende, ou seja, corta no valor da reforma, retira subsídios de férias e de Natal, que estavam contemplados na Lei e que os trabalhadores descontaram também sobre esses subsídios enquanto pessoas activas, para que na velhice recebesse de acordo com os descontos efectuados.
Como também já referi num blog anterior, o Governo, é apenas um gestor do dinheiro da Segurança Social, mas bem ou mal resolveu incluir esse valor no OE, porque lhe dá muito jeito, nomeadamente as receitas mensais. O problema surge, no momento em que tem de desembolsar dinheiro para pagar as reformas dos cidadãos que chegaram à idade da reforma. Aí, quebram-se os contractos, até porque os cidadãos são pacíficos e acatam com relativa facilidade essa quebra de contracto.
Só é lamentável que os nossos governantes não tenham a mesma atitude para com as pessoas que nomeiam para os assessorar. A essas pessoas, são contratualizados os salários mensais, acrescido de “abono suplementar em Junho e em Novembro, conforme provo com o Diário da República onde está a publicação da respectiva nomeação e dos subsídios de férias e de Natal contratualizados. Estes são os portugueses de primeira!


Mira Amaral diz que "novas gerações deviam deixar de pagar para a Segurança Social"
Publicado às 19.46:JN de 15-11-2012

Mira Amaral apelidou o sistema de contribuições de "esquema Ponzhi"
O antigo governante Mira Amaral considerou esta quinta-feira que o sistema de contribuição para a Segurança Social é uma "aldrabice" e que as novas gerações de trabalhadores não deviam contribuir para um sistema que lhes vai falhar no futuro.
"As novas gerações deviam deixar de pagar para a Segurança Social. Isto é uma aldrabice", afirmou o responsável, numa conferência hoje promovida pela SRS Advogados, em Lisboa.
Segundo Mira Amaral, "o sistema de pensões é do Estado segurador e não do Estado Social. O Estado é que obrigou os trabalhadores a pagar para a proteção na velhice, mas depois baixa-lhes as pensões".
Por isso, apelidou o sistema de contribuição para a Segurança Social de "esquema Ponzhi", dizendo que é idêntico às manobras usadas pela Dona Branca e pelo investidor norte-americano Madoff, que prometiam um determinado retorno e depois falhavam aos investidores.

"A Dona Branca e o Madoff foram dentro. Na Europa, ninguém foi dentro", ilustrou, acrescentando que não percebe "como é que o Governo faz isto aos pensionistas, mas é incapaz de mexer nas rendas excessivas da EDP".
Por isso, o presidente do Banco BIC defendeu que "o Estado não tem capacidade moral de cortar nos pensionistas", acrescentando que "este nível de impostos sobre os portugueses é incomportável".
Para ilustrar, deu um exemplo da instituição bancária de capitais angolanos que dirige em Portugal: "Já tenho funcionários no Banco BIC Português a pedirem se podem ir para o BIC Angola. Isto era impensável há apenas um ano".

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