Medo da própria sombra...
No tempo do Salazar, três
pessoas a conversar no passeio à noite, era considerado um ajuntamento, como
tal punível com prisão. Hoje no tempo destes “Salazarentos”, 15 pessoas a dar
uma conferência de imprensa na rua, em frente ao Parlamento, é uma manifestação
não participada. Portanto, passível de um processo-crime. Que mais iremos ver
da parte deste Governo, que começa a ter medo da própria sombra!
Salazar para sair à rua não
precisava de ter tanta polícia, isto é, “gorilas”, como aquele que interpelou o
estudante dentro da Faculdade e que deu duas bofetadas ao repórter de imagem da
TVI, até pela atitude se vê que é um “gorila, ou um capanga, um jagunço”,
existem muitos adjectivos para esse tipo de seguranças, que os governantes têm
como escudos protectores quando saem à rua. Salazar trazia uns batedores da
PSP, na frente do seu carro e circulava à vontade por onde queria. “Morreu de
velhinho”, o que não sei se será o caso de todos estes governantes. (Já tivemos
carneiro no churrasco, pode ser que também venha haver coelho à caçador)
Salazar governou 48 anos,
porque o povo estava tapadinho de todo, hoje estes “Salazarentos” que nem
pensem sequer que conseguem amordaçar o povo. Hoje já estamos politizados, hoje
uma grande parte da população sairá à rua para defender a democracia, contra
estes nazistas Hitlerianos, que chegaram ao poder através de promessas e
mentiras!
Por este andar, não será só
dizer “que se lixe a troika”, mas
também que se lixe este Governo, que se lixem estes políticos e se calhar
qualquer dia teremos de dizer que se lixe este país, aliás os nossos jovens que
estão a emigrar para conseguirem trabalhar, já o dizem, mas por este andar, até
os que cá ficam poderão ter de o dizer.
Organizadora da manifestação
de 15/9 constituída arguida
FABÍOLA
MACIEL 23/11/2012 - 15:47 PÚBLICO
Mariana
Avelãs foi constituída arguida por pelo “crime” de organização de manifestação
não comunicada.
Movimento
alega que polícia garantiu que "não haveria consequências" PAULO
PIMENTA
Três
dias antes da manifestação de 15 de Setembro, em que milhares de portugueses
saíram às ruas, o movimento "Que se lixe a troika" realizou uma
conferência de imprensa, em frente à Assembleia da República.
Segundo
Mariana Avelãs, nesse dia, a PSP dirigiu-se aos 15 membros, que ergueram uma
faixa do movimento, para pedir a identificação de uma pessoa, mas garantiram
que “não haveria consequências”.
Em
comunicado, o movimento salienta que “os agentes da PSP que se deslocaram ao
local traziam consigo um mandado de notificação já preenchido, ao qual faltavam
apenas os dados da pessoa a notificar”.
Contudo,
Mariana Avelãs disse ao PÚBLICO que “duas ou três semanas depois” foi informada
de que “estava a ser alvo de denúncia de um crime”. A activista social
confirmou ter sido constituída arguida a 8 de Novembro pelo crime de
organização de manifestação não comunicada.
Mariana
contrapõe que “a iniciativa foi apenas uma conferência de imprensa”, que
garante ter sido “pacífica”, já que “15 pessoas a falarem com jornalistas não
são uma manifestação”. Por isso, reitera “não ter participado em qualquer manifestação”
no dia em questão.
Mariana
Avelãs descreve a acção da polícia como uma tentativa de “criminalizar os
movimentos” para dar a ideia de que são “terroristas e revolucionários”. Neste
momento, a activista e tradutora encontra-se com termo de identidade e
residência e está à espera de saber “se o processo avança ou é arquivado”.
No
comunicado, o movimento Que se lixe a troika considera a acção uma “estratégia,
clara e previsível, de coacção por parte das forças policiais” e recusa “cair
na armadilha de quem quer tornar as nossas ideias reféns de pedras e bastões”.
O
movimento assegura que vai continuar a sair à rua: “Temos muito mais do que
pedras como argumento e é por isso que não nos calam, nem com bastões nem com
processos por crimes que não cometemos.”
Comentários
Enviar um comentário