Mais uma falha nas previsões de Vítor Gaspar
O mais grave desta situação,
é que o ministro Gaspar, continua “cego, surdo e mudo”, só se ouve a si próprio
e à troika, pelo que continuamos com
mais do mesmo. Para o próximo ano, as receitas vão continuar a cair, e Gaspar
continuará a levar o país para o caus económico, de onde depois será muito
difícil a quer que seja tirar o país desse buraco, que este Governo resolveu de
livre vontade coloca-lo.
A receita do próximo OE para
2013, é mais do mesmo, ou seja, vamos continuar a perder economia, tanto no
mercado interno, por força da falta de poder de compra, por parte dos
portugueses, como também, devido às falências e consequentemente, mais
desemprego, Portanto, se haverá mais desemprego, logo haverá menos receitas
para o Estado e mais despesas. Isto é a “pescadinha de rabo na boca”, só este
Governo é que não quer ver isso, apesar de avisado pelo FMI e pelo próprio
Durão Barroso, Presidente da CE.
Os fundos de pensões dos
bancários atenuam este calvário de quebra de receita, mas ao mesmo tempo,
retiram verbas à Segurança Social, porque as reformas dos bancários passaram a
ser pagas pela Segurança Social, sem que tivessem recebido as respectivas
comparticipações.
Se eu fizesse algo
semelhante numa empresa privada, seria despedido por incompetência, mas Vítor
Gaspar, é considerado uma das cabeças inteligentes deste país, pelo menos, por
todos aqueles a quem ele está a fazer favores com as medidas que toma. Eu não
sou economista, mas fazia muito melhor que ele na resolução do problema, porque
como não devo nada a ninguém, nem estou à espera de “tachos” no futuro, cortava
onde realmente se tem de cortar, que é nas PPP’s, rendas da energia, Orçamento
da Presidência da República, na Assembleia da República, nos salários dos
assessores, nas Forças Armadas (acabava de imediato com a saída de tropas para
países estrangeiros), com os PALOP’s, com as Fundações, com Institutos que não servem
para coisa nenhuma e aumentava os escalões de IRS, para quem ganha mais de
150.000 euros anuais e cortava nas autarquias, que são os maiores despesistas
do Estado.
Desta forma, iria buscar na
despesa alguns mil milhões de euros, sem que tivesse necessidade de cortar no
estado social, que não tem culpa nenhuma de ter governantes que passam a vida a
trabalhar para as campanhas eleitorais, e entram numa situação despesista, com
construções de rotundas e a sua obra de arte, quando o dinheiro tem de ser
muito bem gerido.
Todos os políticos deste
país, pensavam que o dinheiro era inesgotável, que faziam estalar os dedos, e
caiam mais uns milhões de euros do céu, mas agora estamos todos a sofrer as
consequências desse despesismo, que em grande parte foram as autarquias que o
criaram. Claro, que aqui também se junta as PPP’s, mais as rendas excessivas,
que são da responsabilidade do Governo central.
Quando se faz obra à medida
dos amigos, resulta normalmente em situações destas, de despesa sem controlo e
quase que iriamos ter o aumento dessa despesa com a construção de um novo
aeroporto nos arredores de Lisboa e um TGV, que implicaria outra travessia do
Tejo, onde a Lusoponte sem fazer nada, iria ficar com as receitas das
portagens. O que está errado nas PPP’s, foi a forma de negociar estas
parcerias, mas que segundo alguns juristas, estes contractos efectuados nas PPP’s,
são ilegais, pelo que seria de os rescindir por carecerem de legalidade.
Queda
da receita fiscal abranda para 4,6%
ANA RITA FARIA 23/11/2012 -
19:10
Fonte: Jornal Público
Dados da execução orçamental
mostram défice de 8144,8 milhões de euros, já perto do limite fixado para o
final do ano. Cortes salariais dos funcionários públicos dão contributo
positivo para a despesa.
Vítor Gaspar assumiu
derrapagem das contas neste ano MIGUEL MANSO
Finanças
públicas
De acordo com os dados da
execução orçamental, divulgados nesta sexta-feira, o défice da Administração
Central e da Segurança Social revelante para os critérios da troika situou-se
em 8144,8 milhões de euros no final de Outubro. Este valor fica muito próximo
do limite fixado para o final do ano – cerca de 9000 milhões de euros - ou
seja, nos últimos dois meses do ano, o défice não pode engordar mais do que 855
milhões. A receita fiscal mantém-se em queda e o saldo da Segurança Social
continua a deteriorar-se. A despesa continua a apresentar um contributo
positivo, decorrente dos cortes salariais aos funcionários públicos.
Os dados da Direcção-Geral
do Orçamento (DGO) mostram que, até Outubro, a receita proveniente de impostos
caiu 4,6%, para os 26,1 mil milhões de euros. Até Setembro, a receita fiscal
estava a cair mais (4,9%). De acordo com a DGO, esta evolução fica a dever-se à
recuperação da receita de impostos sobre os rendimentos (IRS e IRC). Aqui, a queda
é de 3,7%, uma recuperação de 0,6 pontos percentuais face a Setembro.
Também do lado dos impostos
indirectos houve alguma recuperação, com a receita a apresentar uma queda de
5,2%. Isto deve-se sobretudo à recuperação do IVA, resultante de um aumento da
cobrança voluntária relativa a operações domésticas. Também o imposto sobre
veículos apresenta uma menor redução (9,3%).
No global, a receita
efectiva do Estado cresceu 5,6%, um resultado que reflecte, em grande medida, a
contabilização da parte remanescente dos fundos de pensões dos bancários, visto
que a receita fiscal está a baixar, devido ao impacto da queda do consumo privado
e da actividade económica.
Já a despesa efectiva
cresceu 0,6%, estando influenciada pelos custos associados à regularização de
dívidas do Serviço Nacional de Saúde (SNS) relativas a anos anteriores. A
despesa primária está a recuar 1,6%. Excluindo as transferências para o SNS, a
DGO refere que a redução da despesa total seria de 3,2% e a despesa primária
cairia 6,1%.
A despesa com pessoal está a
recuar 13,9%, enquanto até ao mês anterior estava a cair 14,5%, reflectindo “a
diluição do efeito observado em meses anteriores decorrente da medida de
suspensão do subsídio de férias dos organismos da administração pública”,
refere a DGO. A contribuir para a redução destes gastos está também a
diminuição do número de funcionários públicos.
O saldo da Segurança Social
continua também a revelar o impacto negativo da recessão e do desemprego. Em
consonância com os números que tinham já sido conhecidos esta semana, a DGO
revela que este subsector registou um excedente de 236,7 milhões de euros,
menos 802,2 milhões do que em igual período do ano passado. Este resultado
decorre, sobretudo, da diminuição das receitas com contribuições (-0,5%) e do
aumento das despesas com as pensões (1,4%) e com subsídios de desemprego
(23,4%).
O subsector dos Serviços e
Fundos Autónomos (que inclui o SNS, universidades e institutos públicos)
registou um excedente de 392,4 milhões de euros até Outubro, o que representa
um agravamento de 258,5 milhões de euros.
Já o subsector da
Administração Regional e Local apresentou um excedente de 613,1 milhões de
euros: as autarquias apresentam um saldo positivo de 670,3 milhões, enquanto as
regiões autónomas têm um défice de 57,2 milhões.
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