Reunião do Eurogrupo



A reunião do Eurogrupo resolveu “roubar” nos depósitos que existem nos bancos cipriotas e o mais interessante, foi que o “bom aluno Gasparzinho” também votou favoravelmente esse “roubo”. Será que estamos seguros de não pretenderem a mesma coisa para os portugueses?
Resposta de Vítor Gaspar:
"O esquema de garantia de depósitos está inteiramente operacional e as regras são neste momento invariantes", repetiu, quando questionado sobre o mesmo assunto pela deputada Cecília Meireles, do CDS.
Na resposta dada à deputada do CDS/PP Cecília Meireles sublinhei duas palavras que me parecem pertinentes “neste momento”. Será que amanhã ou depois as regras possam virar e passar a variantes? Pois é, essa questão, não sabemos, Vítor Gaspar, é um homem muito reservado e não informa os deputados de tudo o que lhe vai no pensamento.
Questionado mais que uma vez pelo deputado do BE, Luís Fazenda, porque é que não tomava a mesma decisão que o seu homólogo cipriota, resolver ser enigmático na sua resposta, obviamente que não se demite, pelo menos para já. Quando a situação do país for completamente ingovernável seja para quem for, talvez o faça.
Caricato é, o Gasparzinho, vir agora passado dois anos do memorando da troika, negociado pelo senhor Catroga em nome do PSD, dizer que o mesmo foi mal concebido. Então não foi este Governo que disse que “ia para além do memorando da troika”?
Não estou enganado, pois acabei de ver e ouvir um vídeo de arquivo da SIC Notícias, em que o primeiro-ministro Pedro Passos Coelho o afirmou.
Dois anos depois, de todas as previsões terem falhado, o Gasparzinho, quer arranjar um bode expiatório das suas políticas, contudo, esqueceu-se que muitas medidas que este Governo tomou contra os cidadãos, nada têm a ver com o memorando da troika, pelo que é da sua inteira responsabilidade as consequências de tais medidas.
A democracia cipriota, parece muito mais madura que a portuguesa, pois no parlamento não passou o “roubo” nas contas bancárias. Portanto, quer isto dizer que os cipriotas mandam o Eurogrupo à m(…) e viram-se para outro lado, onde se podem financiar com facilidade, aliás, assim que se soube da imposição do Eurogrupo, a empresa de gás da Rússia, de imediato disse que financiava o Chipre, com o montante necessário, desde que lhe fosse atribuída licença de exploração de gás. Com esta informação, é muito mais fácil impor condições muito mais favoráveis ao Chipre, ou estes saem da moeda única, como é o desejo dos cipriotas.
A senhora Merkel, já veio dizer que o Chipre, deve ter a ajuda da troika, agora parece que começa a ficar preocupada. Por outro lado, as autoridades cipriotas, já agendaram uma visita à Rússia para renegociar um empréstimo que tem com este Estado e pode ser que negoceiem o resgate, quem sabe?
Já é tempo de haver alguém que afronte os alemães e os senhores do Norte, porque ao contrário de tudo o que diziam, primeiro dos gregos e depois dos portugueses, que eram gente que não trabalhavam, que só queriam deitar-se ao sol, o que não é verdade, pelo menos em Portugal, trabalha-se e bem e muita gente desde muito tenra idade, que trabalha bem duro. A senhora Merkel, deve estar a confundir os portugueses, com alguma ex-colónia portuguesa de África, onde as mulheres iam trabalhar para as bolanhas, enquanto os maridos ficavam à sombra na palhota, com um pauzinho a branquear os dentes.
Não sei como é que isto vai acabar, mas que na CE, anda tudo maluco, ou então, só existe asnos, (com ofensa para os animais que são bastante dóceis) que não sabem o que fazer, senão destruírem a união pela qual tanto se lutou.  
Taxa sobre depósitos "está fora de questão" em Portugal
por Sofia Fonseca/LusaHoje208 comentários
O ministro das Finanças, Vítor Gaspar, está a explicar aos deputados os resultados da sétima avaliação do Programa de Assistência Económica e Financeira que apresentou na sexta-feira.
A propósito do acordo conseguido no sábado no Eurogrupo para o Chipre, o ministro garantiu, respondendo ao deputado do PS, que uma solução semelhante para Portugal "está fora de questão".
"O esquema de garantia de depósitos está inteiramente operacional e as regras são neste momento invariantes", repetiu, quando questionado sobre o mesmo assunto pela deputada Cecília Meireles, do CDS.
Vítor Gaspar sublinhou por várias vezes as palavras do presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, para garantir que este é um caso único e defendeu mesmo a medida com as especificidades do sistema financeiro cipriota.
"O presidente do Eurogrupo já disse que o Chipre é um caso único, e que uma contribuição deste tipo não é contemplável para nenhum outro Estado-membro na área do euro. (...) O Chipre teria enfrentado cenários que teriam custos ainda mais elevados para os depositantes. Esta medida deve ser vista no contexto particular do Chipre, um país com um sistema bancário sobredimensionado, com um peso elevado de aplicações financeiras de não residentes e com a necessidade de capitalização muito consideráveis", afirmou.
Vítor Gaspar afirmou ainda que a taxa sobre os depósitos no Chipre foi uma ideia que partiu do Governo cipriota. "As autoridades cipriotas propuseram neste contexto a introdução de uma contribuição dos depósitos bancários com o propósito de limitar o envelope financeiro aos 10 mil milhões de euros. Esta medida juntamente com o apoio financeiro internacional, permite viabilizar o sistema financeiro cipriota, e salvaguardar a estabilidade financeira de Chipre", disse o ministro das Finanças.
Vítor Gaspar não esclareceu diretamente qual a posição tomada por Portugal, mas deu a entender que deu o seu apoio a programa que incluía a medida.
"A nossa posição é e foi sempre da necessidade de preservar a estabilidade na área do euro como um todo, prevenir efeitos de contágio e também ter uma estratégia que seja viável e que funcione para Chipre como país de programa. O desenho das medidas específicas a aplicar em Chipre e o pacote de medidas que será apresentado no Parlamento cipriota é necessariamente da iniciativa e da responsabilidade deste país", disse o governante.
O acordo entre o presidente cipriota e o Eurogrupo previa inicialmente um imposto excecional até 9,9% sobre todos os depósitos bancários e que garantiria uma receita de 5,8 mil milhões de euros, em troca de um plano de resgate de 10 mil milhões de euros.

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