O ministro Miguel Macedo, diz que se o PS pode ser responsável pelo segundo resgate


O ministro da Administração Interna Miguel Macedo, quer acusar o PS de um segundo resgate, caso o PS avance com uma moção de censura ao Governo. Parece que o ministro tem estado fora, que não ouviu o seu colega que tem a pasta das Finanças na passada sexta-feira a dizer o que disse na conferência de imprensa. Segundo o Professor Daniel Bessa, “ninguém tem coragem de dizer que o país está na bancarrota”. Portanto, o ministro da Administração Interna, deve viver noutro planeta, onde não existe Portugal, com o desemprego com números nunca antes atingido, com falências em números nunca vistos, enfim, tudo o que pode acontecer de pior a um país, é que se passa por cá.
"Do que o país precisa não é nem de arrogância, nem de crispação, do que o país precisa é de responsabilidade, humildade e sentido de interesse nacional", afirmou, sustentando que os portugueses esperam é que Governo e oposição tenham a "superioridade moral e política" para partir para um caminho em prol do interesse nacional.
Pois, acrescentou, do que o país precisa é de "um Governo que saiba construir pontes de entendimento e de uma oposição que as saiba potenciar e não bloquear"[1].
O interesse nacional é ver este Governo longe, já se devia ter demitido, mas infelizmente não temos na oposição ninguém que faça o jus ao nome de “oposição”, porque isso é tudo que este Governo nunca teve.
Passou a fase em que todos nós aceitamos a receita que nos foi imposta, em prol da defesa da coesão nacional. Depois, acordamos com uma grande dor de cabeça, quando este Governo, começou a aumentar a carga fiscal de uma forma completamente insensata, que levou a falências em catadupa e ao aumento brutal dos números do desemprego.
Hoje estamos mais próximo de um novo resgate, porque a nossa dívida aumentou brutalmente durante a governação desta maioria, mas não houve investimento em auto-estradas, mas aumento da dita dívida pública e os respectivos juros.
De todos os lados existem opiniões de a nossa dívida ter de ser urgentemente renegociada e com baixa de juros, para que a mesma possa ser paga. Mas este Governo é autista, não ouve ninguém, e utiliza isso sim, a arrogância e o “quero, posso e mando”. Com tantas manifestações contra o Governo, e cada qual a mais exigente na demissão do Governo.
No início do seu discurso, o ministro da Administração Interna dedicou algumas palavras à restante oposição, desvalorizando PCP e BE ao considerar que "não passam afinal de minorias com assento parlamentar".
"PCP e BE passam a vida a invocar o povo, mas o povo não lhes reconhece através dos votos mandato e legitimidade para governar", disse[2].
Ao ministro da Administração Interna, não fica nada bem, o discurso contra o BE e o PCP, pelo menos da forma como foi dito, porque nas últimas sondagens, qualquer um destes partidos tem mais votação que o seu colega de coligação, ou seja, o CDS/PP, é agora o partido com menos votação e por este andar, pode até a desaparecer da Assembleia da República.
Em democracia, devemos aceitar a vontade popular, se o PS apresentar uma moção de censura ao Governo, esta com toda a certeza não vingará, porque a maioria votará contra e só a oposição não chega para derrubar o Governo. Por aí, não existe nenhuma crise política, mas pode, eventualmente, ser um recado para a troika, que quando vem a Portugal, por muito que prolongue a estadia, não quer ouvir o povo, nem quer saber das consequências da sua incompetência, nas medidas de austeridade imposta aos portugueses. Se uma moção de censura fizer a troika mudar de receita, então vale a pena que seja apresentada o mais urgente possível essa “notícia”.
 "Ao que consta [o PS] tem na mira a intenção de apresentar uma moção de censura, ao que se diz é esta a novidade que o seu líder tem para anunciar em primeira mão aos seus pares numa qualquer reunião extraordinária a ocorrer num qualquer de um dos próximos dias", afirmou o ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, no encerramento da interpelação ao Governo agendada pelo PCP sobre "a situação nacional, a urgência da demissão do Governo e da rejeição do Pacto de Agressão; por uma política alternativa para o progresso do País”[3].
Ficamos então aguardar que o que se consta, não passe de um boato, mas sim de uma atitude da oposição, pelo menos para que conste no curriculum deste Governo.


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