Os avisos de Cavaco Silva


Espero que Cavaco Silva, não fale por falar, que tome medidas e que pressione o Governo e a maioria, para que os cortes dos 4.000 milhões de euros no Estado social, seja com justiça, ou seja, que comece exactamente por cima, pelo poder central, pela Assembleia da República, pela Presidência da República, pelas autarquias, pelas Forças Armadas, pelas forças de segurança públicas. (porque é que existem tantas polícias: GNR, PSP, Polícia Municipal)
O problema é, que ao longo de anos foram criando postos de trabalho nas Câmaras Municipais, devido ao caciquismo e o resultado é uma quantidade gigantesca de funcionários públicos que não deviam de existir. Esses actos foram cometidos por todas as forças partidárias, nenhuma ficou de fora, porque todos os partidos com assento na Assembleia da República, têm pelo menos uma autarquia, com presidência de Câmara.
Se quem ganha eleições, não “arranjasse emprego para os amigos”, hoje não teríamos um peso tão elevado no Estado, porque não existiriam tantos funcionários públicos. Basta estar atento, para se verificar que muitos concursos a lugares em autarquias, são feitos à medida de determinada pessoa, mesmo que haja outra que vença o concurso, entra a filha do Presidente ou do vice-Presidente, como recentemente aconteceu na Câmara Municipal de Viseu. Esta situação não é única, infelizmente, a cada passo lê-mos nos jornais notícias deste género. Para que tudo funcionasse como devia ser, talvez se tenha de correr com estes políticos que estão habituados à corrupção e ao tráfico de influências, porque as leis do país, foram feitas à medida, para que nada lhes aconteça, no caso de serem apanhados nas malhas da justiça.
Segundo os nossos governantes, nós não somos a Grécia, mas de lá poderia muito bem chegar o exemplo de como se trata um político ladrão ou corrupto. Até ao momento, já foram dois políticos presos, um apanhou PRISÃO PERPÉTUA, outro uns anos de cadeia. É caso para dizer que mais valia ser parecido à Grécia, pelo menos na justiça.
Esta maioria que está na Assembleia da República, já viu que não tem consistência nas suas convicções, ou melhor, nas convicções de Pedro Passos Coelho e de Vítor Gaspar, porque de uma vez por todas, caiu por terra a competência do Governo, porque todas as metas previstas, não foram atingidas. As previsões do Governo foram todas erradas e para pior.
A última sondagem, demonstra que este Governo perdeu toda a legitimidade de governar, porque os dois partidos da maioria, juntos, apenas tem mais um por cento das intenções de voto, que o PS e toda a esquerda junta ultrapassam os cinquenta por cento das intenções de voto. Ora, com estes indicadores, demonstra que a maioria, não tem legitimidade para cortar 4.000 milhões de euros no Estado social, a sua legitimidade, foi-se esfumando ao longo dos últimos dois anos.

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