Muito dinheiro gasto em tão mau uso
Como se gasta os dinheiros
públicos em Portugal.
Anda o Governo às voltas com
o corte de 4.000 milhões de euros, que mais uma vez se vai dedicar a cortes no
Estado social, mas continua-se a gastar os dinheiros dos contribuintes de uma
forma completamente irresponsável. Isto devido à primeira página do JN do dia
de hoje, onde está escrito que os dois submarinos, comprados pelo então
ministro da Defesa Nacional Paulo Portas. Esses navios não me parecem que façam
muita falta num momento em que estamos em paz, que não se vislumbra nenhum
conflito com quem quer que seja, mas optou-se pela compra desse tipo de barcos,
quando se devia ter adquirido navios patrulha para controlar as pescas e a
passagem de todo o tipo de barcos pela nossa zona económica exclusiva. Não me
parece que fazer uma vigilância a 300 metros de profundidade, possamos
controlar toda a nossa ZEE.
Convém não esquecer que nos
Estaleiros de Viana do Castelo, houve em tempos uma encomenda de dez navios
oceânicos para fazer esse patrulhamento. Compraram-se os submarinos, que já
foram pagos com dinheiros de Fundos de Pensões, obrigando a Segurança Social a
um esforço para a qual não estava preparada. É preciso ver que quando o Estado
vai buscar Fundos de Pensões deste ou daquele organismo, vai ter de incorporar
na Segurança Social os pensionistas existentes, mas que os dinheiros das
quotizações passaram ao lado da Segurança Social, ou seja, tem de pagar pensões
de reforma a quem não descontou para o sistema. Isso, faz com que não haja
dinheiro, para os futuros reformados, que descontaram durante a sua vida de
trabalho activo.
No caso dos submarinos, se
fosse pago por um leasing a 30 ou 40
anos, seria exactamente a mesma coisa que uma PPP. No entanto, não ouço
absolutamente nada da parte do primeiro-ministro ou do ministro das Finanças
sobre este assunto.
Fala-se muito sobre os
portugueses terem vivido muito acima das suas possibilidades, mas não se
referem a esta compra de Paulo Portas e que foi vendido pelos alemães da
Ferrostaal. Com um tiro matou-se dois coelhos, ou seja, endividamo-nos mais e
favorecemos a indústria naval alemã. Os gregos foram mais longe que nós,
compraram em dobro.
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