A "taxa de solidariedade, é para os mais ricos (?)
Afinal o Eurogrupo, ou
melhor o seu presidente Jeroen
Dijsselbloem, diz que devia ter perdido mais tempo a explicar a decisão do
passado sábado, porque é uma taxação sobre os mais ricos. Por essa ordem de ideias,
fico agora a saber que os senhores “burros” do Norte, incluindo claro Vítor
Gaspar nesta burricada, acham que os reformados e pensionistas portugueses com
uma reforma de 1.350 euros são milionários, pois a dita “TAXA DE SOLIDARIEDADE”
começa exactamente nesse montante e depois é progressiva.
Quanto mais falam mais se
enterram!
Depois vem as ameaças sobre
o Chipre de que só fazem o financiamento até à próxima segunda-feira. O que me
parece e se porventura eu estivesse no lugar do ministro das Finanças cipriota,
tudo faria para conseguir o financiamento na Rússia e começava a pensar
seriamente no corte de ligação com a Europa, onde uns, são mais parceiros que
outros. Isto a prepósito da senhora Merkel ter dito que tem de ser no âmbito da
EU que o Chipre deve ter a sua ajuda financeira. No caso de parceiros “honestos
uns com os outros”, assi seria, mas como neste caso estão os interesses da EU no
gás natural do Chipre, que se lixe a parceria.
Afinal a vassourada devia
estender-se à EU, para limpar de uma vez esta corja de abutres que proliferam
como mosquitos, para viverem à custa dos mais fracos. Se eventualmente, não
fossem estes mesmos políticos que levaram os países do Sul a ter um aumento
brutal com as suas dívidas externas, promovendo o consumo, a fim de a Alemanha
principalmente crescer, devido às suas exportações. Nós portugueses, ainda
temos a questão de os nossos principais clientes serem da EU, mas o Chipre, só
vende sol e praia. Portanto, o turismo, tanto se faz com europeus, como se faz
com russos ou asiáticos. Daí, que bater com a porta à Europa, não será
prejudicial ao Chipre, até porque a Europa dos 25 se está a portar demasiado
mal para com os cipriotas.
Esta vontade estúpida do
Eurogrupo de taxar depósitos, ainda vai acabar por correr mal, com a própria
Rússia, que ameaça deixar de ter parte das suas reservas em euros.
Eurogrupo mantém taxa e BCE
faz ultimato ao Chipre
Presidente
do Eurogrupo disse hoje que todos os depósitos nos bancos cipriotas deverão ser
taxados. Banco Central Europeu só garante financiamento até segunda-feira.
9:22
Quinta feira, 21 de março de 2013 Última atualização há 26 minutos
O
plano final de resgate do Chipre continuará a prever uma taxa sobre todos os
depósitos bancários, anunciou há momentos o presidente do Eurogrupo na comissão
dos assuntos Económicos e Monetários do Parlamento Europeu, onde está a ser
ouvido esta manhã.
"No
pacote final para Chipre haverá uma taxa sobre depósitos, incluindo os
pequenos, mas mais justa", afirmou Jeroen Dijsselbloem. O também ministro
das Finanças holandês reconheceu que "devia ter perdido mais tempo a
explicar a decisão do passado sábado, que se trata de uma taxa, comparável a
uma taxa sobre a riqueza, a qual não coloca em causa o sistema europeu de
garantia de depósitos, que assegura depósitos até 100 mil euros em caso de
falência de um banco".
Por
outro lado, o Banco Central Europeu acaba de anunciar que só financiará em
regime de emergência a banca cipriota até segunda-feira, dia 25. A partir daí
só o irá fazer no quadro de um programa de ajustamento da troika.
Ontem
à noite, à saída de reunião inconclusiva com o Governo cipriota, o Presidente
Nicos Anastasiades disse que o plano B que possa viabilizar o resgate do país e
evitar o colapso do sistema financeiro deveria ser hoje apresentado no
parlamento.
A
esta hora, Anastasiades já está reunido com os líderes dos principais partidos
políticos.
Segundo
o "The New York Times", o novo plano incluirá a polémica taxa, já
rejeitada pelo Parlamento, mas agora de apenas 2% para todos os depósitos
bancários até 100 mil euros e de 5% para os restantes. Estará ainda a ser
ponderada a nacionalização dos fundos de pensões de empresas com capitais
públicos e a emissão de obrigações que teriam como garantia as futuras receitas
de exploração de gás natural, refere a agência Reuters.
Os
bancos continuarão encerrados até à próxima terça-feira (segunda-feira é
feriado no Chipre), disse também à Reuters fonte governamental.
Ameaças russas
O
ministro das Finanças cipriota, Michael Sarris, continua em Moscovo onde,
segundo o Governo russo, pediu um novo empréstimo de cinco mil milhões de euros
para amortizar em cinco anos e uma taxa de juro mais baixa num outro
anteriormente concedido, no valor de 2,5 mil milhões de euros.
A
aplicação de uma taxa sobre os depósitos nos bancos cipriotas, onde empresas e
cidadãos russos têm, segundo o governador do Banco Central do Chipre, entre 4,9
e 10,2 mil milhões de euros (incluindo os ativos de todas as empresas presentes
na ilha), aumentou consideravelmente a tensão entre Moscovo e Bruxelas.
Num
entrevista concedida aos meios de comunicação social europeus, o
primeiro-ministro russo ameaçou reduzir a participação do euro nas reservas
russas se a gestão da crise financeira em Chipre lesar os interesses do seu
país.
"Entre
41 % e 42 % das reservas [russas] são em euros e a proposta [europeia relativa
a Chipre, que fez depender o resgate da criação de uma taxa sobre os depósitos
bancários] não é somente imprevisível, mas inadequada", afirmou Dmitri
Medvedev.
A
União Europeia comportou-se "como um elefante numa loja de
porcelanas", ao obrigar cidadãos russos a contribuir para o resgate do
Chipre, acrescentou Medvedev.
"Vou
dizer tudo isto ao meu velho amigo José Manuel Barroso", concluiu o chefe
do Executivo russo, que irá reunir-se hoje com o presidente da Comissão
Europeia em Moscovo.
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