Incompetência e muitas promessas


Continuamos a ter um Governo que todas as previsões que faz, são um fracasso total, exactamente como a política aplicada pelos mesmos governantes.
Sempre que o ministro das Finanças faz uma conferência de imprensa, para explicar os resultados da troika, vem com mais “más notícias”. O impressionante no meio desta incompetência toda, é o Presidente da República nada fazer para por cobro à situação.
O Presidente foi eleito em sufrágio universal, é a única pessoa que tem um mandato directo do povo, pois todos os outros eleitos, não são por votação directa, mas sim em partidos políticos, sendo escolhido pelo Presidente da República, o líder do partido mais votado. Daí que este senhor, tem toda a legitimidade para destituir um Governo que tudo o que faz, faz mal. Ainda não li nenhum resultado, excepto a balança de transacções correntes, que devido à austeridade e à diminuição do consumo interno, acabou por ter algum resultado positivo, tudo o resto é com valores que assusta um “morto”, pelo seu carácter negativo na economia e nos bolsos dos contribuintes.
Isto se não fosse grave até seria hilariante, pois todas as previsões falham e o ministro Gaspar, com a sua “cara de pau, e com a sua irritante voz, muito pausada”, vai anunciando que ano após ano é que é o arranque do crescimento económico e a diminuição do desemprego. Afinal, ainda vai crescer bastante mais o desemprego, ao contrário das previsões anunciadas pelo Governo há pouco tempo atrás. Afinal a montanha pariu um rato, está tudo como dantes, ou seja vai de mal a pior!
O primeiro-ministro que anda a reboque do Relvas e companhia, já devia ter pedido a demissão, mas não quer provocar uma crise económica e política, a fim de evitar um segundo pedido de resgate, pois bem, da forma como segue as contas do país, o segundo resgate está aí não, tarda nada. Depois, acontece que este Governo que anda sempre a dizer que a culpa é do Sócrates, continua a aumentar o défice público, apesar de já ser Governo vai fazer dois anos. Já é tempo de assumir as culpas da sua ingovernabilidade e da incompetência de todos os ministros em geral. Não quero dizer que não haja factores externos, que ajudem a economia a descer, mas isso já vem de longe e este mesmo Governo, dizia que não, que a culpa era do Governo anterior, daí, que agora não pode nem deve mudar o discurso, a culpa é, de quem governa.
O desemprego vai continuar a aumentar, porque vão continuar as falências, devido à política governamental, porque enquanto não houver crescimento económico e não se baixar o IVA para valores racionais e enquanto se retirar poder de compra aos cidadãos, a nossa economia não cresce e o desemprego aumenta. Falta saber o que é que estes “nazis” que nos governam pretendem fazer, porque o empobrecimento da população é mais que evidente, pelo que tudo isto tem a ver com a ideologia de quem está no comando desta equipa governamental. O Estado social devia estar em primeiro lugar, mas é preterido e em primeiro lugar, está o financiamento da banca à custa dos cidadãos, que têm de contribuir com os seus impostos, para salvaguardar e recapitalização da banca e dos seus accionistas. Não podemos esquecer o caso do BPN, que continua a ser um sorvedouro de dinheiro de erário público, para cobrir os roubos que lá foram feitos e que não vejo o Governo a tomar medidas contra quem deve o dinheiro que lá foi buscar. De vez em quando, aparece uma notícia que (A ou B) foi constituído arguido, mas isso não faz com que o dinheiro apareça nos cofres do Estado e que alivie os contribuintes. Além do mais, este caso já devia estar mais que resolvido nos tribunais e não está, porque as figuras do PSD envolvidas, são mais que muitas. Este banco foi constituído, para que alguns pudessem enriquecer à custa de todos os outros.
Senhor Vítor Gaspar, está na hora de zarpar!
Regresse ao seu antigo emprego, onde pelos vistos era bem conceituado, mas aqui não deixa saudades a ninguém, até pelo contrário. No seu lugar, tirava um bilhete de ida e não queria saber mais deste país que o senhor tanto fez para o arruinar.

Gaspar: Economia começa a crescer no quarto trimestre e desemprego pode chegar aos 19%
Ministro das Finanças admitiu que a economia só voltará a crescer em termos trimestrais no final do ano, altura em que o desemprego deve atingir um pico de perto de 19%.
Na conferência de imprensa para apresentar as conclusões da sétima avaliação, Vítor Gaspar afirmou que as novas previsões apontam para que a economia portuguesa só apresente um crescimento positivo no quarto trimestre de 2013.
O cenário macro-económico hoje divulgado pelo ministro das Finanças Vítor Gaspar, em conferência de imprensa, aponta para uma contracção do PIB de 2,3% este ano. Na sexta avaliação as previsões apontavam para uma queda do PIB de 1%, estimativa que também está inscrita no Orçamento do Estado para 2013. E apontava para que no segundo trimestre deste ano o crescimento do PIB já fosse positivo, o que agora só é antecipado para o último trimestre deste ano.
As novas estimativas apontam assim para uma recessão que mais que duplica as previsões iniciais do Governo. E são também mais negativas dos que as avançadas por instituições como o Banco de Portugal (-1,9%) e Comissão Europeia (-1,9%).
No ano passado o PIB português caiu 3,2%, uma quebra mais acentuada do que o previsto, com a recessão a acentuar-se no último trimestre do ano, com o PIB a recuar 3,8% em termos homólogos. Em 2011 o PIB encolheu 1,6%, pelo que 2013 será o terceiro consecutivo de recessão na economia portuguesa.
O ministro revelou que esta revisão deve-se sobretudo ao forte abrandamento da economia mundial, numa altura em que a economia europeia está em recessão. O que justifica a forte travagem das exportações portugueses, que em 2013 deverão crescer menos de 1%, depois de em 2012 já terem abrandado para pouco mais de 3%.
Desemprego é o maior “desapontamento”
Quanto ao desemprego, o ministro admitiu que pode chegar a atingir um pico de perto de 19% também no final de 2013, “começando a diminuir apenas em 2014”.
A taxa de desemprego atingirá este ano 18,2% da população activa, em termos médios anuais, mais 2,5 pontos percentuais que os 15,7% registados em 2012 pelo Inquérito ao Emprego do INE, de acordo com as novas previsões da troika que resultaram da sétima avaliação ao Programa de Ajustamento Económico e Financeiro cujas conclusões foram anunciadas pelo ministro das Finanças nesta sexta-feira.
O desemprego vai continuar a agravar-se em 2014, quando afectará 18,5% da população activa. Começa a diminuir em 2015, para 18,1% e em 2016 será de 17,5%.
O ministro admitiu que o valor do desemprego “é muito elevado” e representa um “flagelo pessoal e familiar”. O “desemprego jovem tem aumentado muito” e representa um “desperdício do elevado capital humano dos jovens”, o que traduz “um choque para a sociedade portuguesa”.
Face a esta situação, “é necessário lançar as bases para o crescimento”, apostando no investimento privado, referiu. Gaspar afirmou que a evolução do desemprego é o “mais desapontante” da execução do programa de ajustamento de Portugal.

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Viva a petinga e os jaquinzinhos

Cavaco e agricultura, após o X Governo Constitucional

A dança das cadeiras