A ingerência de Merkel nos OE dos países da UE


Merkel que ter o direito de veto aos orçamentos dos países comunitários que não cumpram o défice. O nazismo está a vir ao de cima de alguns governantes alemães, porque o direito de ingerência em países soberanos da EU, não dá o direito à Alemanha de vetar os orçamentos desses países. Não estamos numa confederação de Estados, onde exista um Presidente eleito por sufrágio universal e como tal, a EU não deve ter esse direito de ingerência nos OE dos outros países, só porque estes não atingem as metas de estabilidade e crescimento.
Esta senhora, acha que por ser alemã, tem o direito sobre toda a Europa, não tem!
Pode ter alguma influência nos países intervencionados como Irlanda, Grécia, Portugal e Chipre, mas nos restantes que ainda têm a sua soberania intacta, não tem o direito sequer de ingerir na sua governação. Se quer fazer esta proposta de ingerência nos OE dos países da EU, pode fazê-lo, mas sabe que vai ficar isolada e que não vai ter seguidores da sua ideia absurda.
Na ideia de Merkel, os irlandeses, gregos, portugueses, ciprianos, os espanhóis e os italianos, deviam andar com grilhetas a trabalhar para os alemães, como no tempo da escravatura, que felizmente já acabou. Digo isto, porque os alemães acham que os países periféricos é só divertimento e praias, porque estão habituados a vir passar férias para o Sul da Europa, onde existe sol, calor e divertimentos, mas que enquanto uns se divertem, outros trabalham, não estamos todos de férias em simultâneo.
Gostava de conhecer as contas da Alemanha sem engenharias financeiras a ver se realmente cumprem as metas dos défices. Não vai demorar muito tempo, para que toda a Europa entre em recessão, devido a esta austeridade cega imposta pela Alemanha, mas que vai provar do seu próprio veneno.
É evidente que eles têm outra visão das coisas, porque ainda ontem veio noticiado nos jornais, que a senhora Merkel, ia baixar os impostos. Ora isso, quer dizer duas coisas, primeiro, quer crescimento económico, segundo vai haver eleições no próximo ano, pelo que é necessário adoçar a boca aos alemães.

Merkel defende direito de ingerência nos orçamentos
por Patrícia Viegas
Fonte: DN de 18-10-2012
Horas antes do início de mais um Conselho Europeu em Bruxelas, a chanceler alemã, Angela Merkel, marcou já o tom da discussão ao defender que a União Europeia possa intervir na aprovação ou rejeição dos orçamentos nacionais dos Estados membros.
"Nós pensamos, e digo-o em nome de todo o Governo alemão, que podemos dar um passo no sentido de dar á Europa um verdadeiro direito de ingerência nos orçamentos nacionais, quando eles não respeitarem os limites fixados para a estabilidade e o crescimento", declarou a chefe do Executivo alemão, apoiando assim a ideia de dar direito de veto neste domínio ao comissário europeu dos Assuntos Económicos.
"Quando tivermos um mecanismo capaz de declarar inválido um orçamento (...) estaremos então num nível em que precisaremos de alguém na Comissão [Europeia] que tenha autoridade nesta matéria e não vejo melhor pessoa do que o comissário dos Assuntos Económicos para fazê-lo", acrescentou Merkel. reconhecendo, porém, que muitos países não concordam com esta ideia.
"Eu sei que vários Estados membros não estão de acordo, infelizmente (...) mas isso não muda nada no facto de nós nos irmos bater pela ideia", declarou na câmara baixa do Parlamento alemão, sob fortes aplausos.
Merkel, que visitou a Grécia na semana passada e vai visitar Portugal no dia 12 de novembro, deixou um recado a todos quantos criticaram a ideia de um comissário com direito de veto sobre os orçamentos nacionais, assim que ela foi defendida pelo ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schauble.
"Estou surpreendida com o facto de que, assim que alguém faz uma proposta para melhorar a credibilidade [da Europa] gritem logo: 'Isso não pode ser, a Alemanha vai ficar isolada, não faremos isso'. Não será assim que construiremos uma Europa credível", sublinhou a chanceler democrata-cristã.
Ontem, numa entrevista a seis jornais europeus, entre os quais o 'El País', o Presidente francês, François Hollande, voltou a insistir que "a união orçamental deve ser concluída através de uma mutualização parcial das dívidas, através dos 'eurobonds'".
"Todos participamos na solidariedade, não apenas os alemães! Paremos de pensar que haveria apenas um país a pagar por todos os outros. Isso é falso", acrescentou o Presidente francês.

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