Atitudes provocatórias
Ouvem-se constantemente vozes afectas
ao PSD e ao CDS/PP, que o PS deve manter a base de apoio alargada, para com o
memorando de entendimento com a troika.
Mas na verdade, é que o Governo está constantemente a infringir a ética mais
elementar de entendimento entre duas partes. Se por um lado quer o apoio do PS
para ter esse entendimento alargado, por outro lado, está constantemente
apunhalar o seu partido rival. Daí que na minha opinião, o Governo sujeita-se a
ter três moções de censura ao Governo, em vez de duas e depois, não pode vir
tipo calimero, lamentar-se que o PS, assinou o memorando da troika, e que agora está a fugir às suas
responsabilidades. Parece-me que o que o Governo está a fazer, é tentar romper
com toda a sociedade, por ser incapaz de governar.
Para combater este Governo, não é
preciso estar atento aos erros que são feitos pelos ministros, basta criar
oportunidades dos seus conselheiros falarem em público, assim como os seus
ministros, para que apareça uma tempestade. Eles são exímios em proferir palavras
contundentes, para com os parceiros sociais e contra a população em geral, pelo
que são eles que se envenenam a si próprios.
Faz tempo que o primeiro-ministro
devia ter resolvido a questão da governabilidade e não o fez. Quando surgiu o
caso Relvas, devia ter tido outra atitude, devia ter demitido o ministro e não
deixava que houvesse casos atrás de casos com um só ministro. Como não o fez,
perdeu a mão no próprio Governo, porque a questão da licenciatura deixou marcas
no poder central. Apesar de a Procuradoria-Geral da República vir dizer que não
houve ilícitos na licenciatura de Relvas, assim como no caso da jornalista do
Público, todos sabemos como isso funciona. Aliás, veio escarrapachado na
imprensa toda a pressão que foi feita à jornalista, assim como está divulgada a
forma como a licenciatura foi obtida. Ninguém consegue tirar uma licenciatura
de três anos em dias, por muito inteligente que seja, o que não me parece no
caso presente. Ele é um “chico esperto”, mas pouco inteligente.
Voltando ao assunto das alternativas à
TSU, que pelas notícias que já ouvi hoje em noticiários da TSF, baseando-se na
leitura do diário “Negócios”, trata-se de baixar a TSU às empresas,
possivelmente com o aumento do IRS a toda a gente.
A ser assim, continuamos a ser as
cobaias da CE, do FMI e do BCE, pena é que não sejamos tão fortes quanto os
espanhóis, para que possamos de alguma forma bater o pé aos nossos parceiros
europeus. Também temos um Governo de “lerdos”, que não defendem os interesses
do país, mas sim os próprios interesses, nomeadamente, obter emprego com
ordenados chorudos, porque senão podiam engrossar a lista do CEFP.
Também tenha uma pequena esperança que
o movimento do 15 de Setembro, aproveite e volte a fazer outra mobilização nas
redes sociais, para mais uma gigantesca manifestação, mas desta vez com mais de
dois milhões de pessoas e de preferência que ponha esta canalhada toda na rua,
que o tempo deles já acabou!
Estas pessoas que nos governam, não
merecem o mínimo de respeito por parte dos portugueses, porque eles são os
primeiros a não respeitar os cidadãos. Usam a força e a intimidação para se
deslocarem no país, agora, mais que nunca cercados de seguranças, porque será?
Faz lembrar os mafiosos, que para onde
quer que se desloquem, têm de levar com eles uma quantidade de guarda-costas,
para se defenderem dos grupos rivais. Este Governo, é uma coisa parecida, todos
os dias toma uma atitude prejudicial para com o povo, daí que tem de se
proteger com uma quantidade enorme de seguranças.
Medidas alternativas
à TSU foram acordadas no final da semana passada
Fonte
JN de 02-10-2012
O
porta-voz dos Assuntos Económicos da Comissão Europeia indicou esta
segunda-feira que as medidas alternativas introduzidas no programa de
ajustamento português para compensar o recuo na Taxa Social Única foram
acordadas com a 'troika' no final da semana passada.
Depois
de o presidente da Comissão, Durão Barroso, ter anunciado esta segunda-feira,
em Lisboa, que o executivo comunitário já aprovou as medidas alternativas que o
Governo apresentou, Simon O'Connor precisou à Lusa que "o memorando de
entendimento que incorpora as novas medidas foi acordado no final da semana
passada com a Comissão e as outras instituições da 'troika' (ad
referendum)", necessitando ainda de aprovação formal.
O
porta-voz do comissário Olli Rehn lembrou que a decisão sobre a aprovação
formal da quinta revisão do memorando está prevista para a reunião que os
ministros das Finanças da zona euro (Eurogrupo) e da UE (Ecofin) vão celebrar a
8 e 9 de outubro no Luxemburgo.
Quanto
ao teor concreto das novas medidas apresentadas pelo Governo para substituir as
alterações à TSU, a Comissão Europeia remete a sua divulgação para as
autoridades portuguesas.
Já
antes, ao ser questionado sobre se podia concretizar as medidas alternativas
apresentadas por Lisboa, José Manuel Durão Barroso também afirmara que compete
ao Governo a divulgação concreta das mesmas.
"O
Governo estará talvez à espera da aprovação pelos seus parceiros das medidas
que podem garantir os objetivos da consolidação orçamental. Nós, Comissão,
estamos a fazer tudo o que está ao nosso alcance para garantir que estas
reformas se façam da forma mais harmoniosa possível", disse.
Ao
ser confrontado com o anúncio da "luz verde" de Bruxelas às novas
medidas, o secretário-geral do PS, António José Seguro, disse não conhecer
nenhuma, pelo que, a ser verdade que o Governo as apresentara à 'troika', tal
significava desrespeito pela concertação.
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