Os laranjas continuam a falar em refundação para tudo
Para mim o que isto
significa, é mais dinheiro do Estado, ou seja, de todos nós, para as escolas
particulares, onde depois são inscritos os filhos dos senhores doutores, sendo
o zé pagode a pagar parte da educação da elite.
Não ponho em causa que haja
pessoas que não querem os seus filhos no ensino público, mas têm de ser essas
pessoas a pagar o colégio dos filhos, não temos de ser nós através dos nossos
impostos a subsidiar esses colégios.
O que se passa actualmente,
é que existem montes de escolas privadas a funcionar com dinheiros públicos e
isso devia acabar. Só que este Governo, criador de elites, continua a ser benevolente
com estas situações. Mas, por exemplo, as Fundações, que pessoalmente sou
contra o seu financiamento com dinheiros públicos, têm um corte acentuado pelo
Governo.
Aceito que seja necessário,
haver contenção nos gastos públicos. Deve haver muito cuidado com os desperdícios
de dinheiros públicos, não só na Educação, mas em todos os sectores da
sociedade, como Saúde e Segurança Social. O que não pode acontecer, e acontece,
é que a tudo o que interessa ao Governo, como Fundações, nomeadamente a do PSD
Madeira e outras, continuam a usufruir das benesses de isenção de impostos, e
também de subsídios. A isenção de impostos já seria uma grande ajuda o resto,
as Fundações que se governassem com programas culturais a pagar pelo espectador
e mecenato.
Voltamos à história da “refundação
do memorando da troika”. Agora os laranjinhas,
mesmo os que já estão na prateleira, como é o caso de Roberto Carneiro,
possivelmente muita gente nem sabe quem é este senhor, (terão de ir ao Google,
para saberem que foi ministro da Educação. No tempo de quem? De quem havia de
ser, do Professor Aníbal Cavaco Silva, no XI Governo Constitucional) vêm falar
de refundação, e o sentido que estão a querer dar à palavra, soa a fascismo e a
ditadura e isso, estou farto. Vivi muito tempo sob um regime fascista, não
quero voltar outra vez a esse tempo e essa defesa, compete-me a mim e a todos
os portugueses que defendem a democracia, usando tudo ao nosso alcance para
prevalecer a democracia em Portugal!
Vamos refundar este Governo
e mandá-lo daqui para fora!
Roberto
Carneiro: reavaliar funções do Estado na educação pode ser benéfico
29.10.2012 - 11:32 Por Lusa
Fonte: Jornal Público
Roberto Carneiro diz a
"reavaliação da função do Estado não significa uma falta de intervenção do
mesmo"
A competitividade de Portugal “pode estar em
causa com cortes muito grandes na educação”, mas reavaliar as funções do Estado
nesta área pode ser benéfico, defendeu esta segunda-feira Roberto Carneiro,
ministro da Educação entre 1987 e 1991.
“A competitividade de
Portugal, a sua garantia de capital humano necessário para que se possa manter
na dianteira dos países do Mundo, pode estar em causa com cortes muito grandes
na área da educação”, assinalou Roberto Carneiro em declarações à agência Lusa.
Sublinhando que os cortes na
educação têm inviabilizado o investimento necessário para um sector vital, o
antigo ministro considera positivo que pela refundação do memorando de
entendimento com a troika - Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo
Monetário Internacional - possa passar a reavaliação das funções do Estado em
várias áreas.
O primeiro-ministro, Pedro
Passos Coelho, afirmou na sexta-feira que até 2014 vai realizar-se uma reforma
do Estado que constituirá “uma refundação do memorando de entendimento” e
defendeu que o PS deve estar comprometido com esse processo.
“Em áreas onde há uma
actividade de mercado, onde há outros agentes de natureza privada, ou de
natureza intermédia, é evidente que o Estado tem de repensar a sua função, como
é o caso da educação”, defendeu Roberto Carneiro.
O antigo ministro da
Educação chamou ainda a atenção para um relatório recente do Tribunal de Contas
que mostrou que oo custo por aluno é muito maior no ensino público do que no
privado. “O que é importante é pensar como é que o Estado pode cumprir melhor
as suas obrigações na educação. Se é tentando gerir ou ter as suas actividades
todas na educação de natureza pública, ou se pode contar com outros parceiros,
financiando-as de uma maneira mais barata e eficiente”, disse.
Lembrando que o Estado é
altamente monopolista na área da educação em Portugal, gerindo 80 a 90 por
cento do sector, Roberto Carneiro diz que a reavaliação da função do Estado não
significa uma falta de intervenção do mesmo.
“Não quer dizer que a
educação não tenha de ter sempre uma grande presença do Estado na área da
regulação e financiamento na área da solidariedade”, concluiu.
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