Limite da tolerância da troika

Vítor Gaspar anda com o papão das ameaças, como se os portugueses fossem uns meninos pequeninos que ficassem aterrorizados com as ameaças deste senhor.

Temos o exemplo da Grécia que bateu o pé à EU e conseguiu mais tempo para o seu défice, Portugal, continua o seu caminho de bom aluno, para não afrontar os seus parceiros da EU.

O ser bom aluno, de pouco ou nada nos tem servido, apenas dizem que somos um exemplo, que tudo está a correr bem em Portugal, apesar de os números dizerem exactamente o contrário, tudo corre mal. Os portugueses cada vez vivem pior, pagando muito mais pelos serviços prestados pelo Estado.

Depois das ameaças de Gaspar ao CDS e ao Presidente da República, que não deve ter medo de abrir uma crise política, deve enviar o OE para o Tribunal Constitucional para fiscalização preventiva. Apesar do senhor Fernando Ulrich, ter dito ontem que a atitude do TC, no que diz respeito aos cortes dos subsídios de férias e de Natal dos pensionistas e reformados, terem sido considerados inconstitucionais, e que não podemos estar à mercê da ditadura do TC. Eu apenas digo que se o senhor Fernando Ulrich, não gosta da nossa Constituição, que emigre, pois aqui, existe a Lei fundamental do país, que se chama Constituição e que se o Governo não quer ver as suas propostas chumbadas pelo TC, que as faça dentro dos parâmetros constitucionais. O que não tem sido o caso, pois viola constantemente a Constituição da República Portuguesa e não da república das bananas.

Quanto ao senhor Gaspar, penso que está na hora de pedir a sua demissão, não tem feito nada de jeito, pois os seus números não batem certo com nada, nunca acerta uma, todas as suas previsões falham e, isso custa muito dinheiro aos portugueses.

"Estamos no limite da tolerância da troika", diz Vítor Gaspar

Ministro das Finanças diz que "é enganador tentar dizer aos portugueses que existe uma margem de manobra negocial que não existe". Um recado para a oposição... e para o CDS.

Filipe Santos Costa (www.expresso.pt)

13:57 Quarta feira, 24 de outubro de 2012                                           

Vítor Gaspar disse na Comissão de Orçamento e Finanças que, na 5ª avaliação ao programa de ajustamento, Portugal ficou no "limite de tolerância" da troika, pelo que "não existe" qualquer margem negocial.

Confrontado, várias vezes, com as palavras de Christine Lagarde, que indiciaram a abertura do FMI para abrandar a austeridade, que estará a ter efeitos mais profundos do que o previsto - questão que foi levantada tanto pela oposição à esquerda, como pelos deputados do CDS - Vítor Gaspar reiterou que não existe aí qualquer oportunidade negocial.

"É enganador tentar dizer aos portugueses que existe uma margem de manobra negocial que não existe", disse o ministro de forma perentória - num recado que tanto serve à oposição, como ao CDS e, mesmo, ao Presidente da República.

O 5.º exame da troika já levou em conta as conclusões mais recentes do FMI sobre os efeitos da austeridade, disse Gaspar, tendo o Governo, por essa razão, tomado a iniciativa de negociar mais um ano para o programa de ajustamento. E mais margem não há, garantiu.

 "Como ficará absolutamente claro na recomendação que acompanha o 5.º exame regular, o limite do défice e da dívida em 2012 e 2013 encostaram ao limite de tolerância das organizações internacionais responsáveis pelo acompanhamento do nosso programa", avisou o titular das Finanças.

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