A transparência de Passos Coelho


Costuma-se dizer "que no melhor pano, cai a nódoa" e é bem verdade, pois não é que o primeiro-ministro foi apanhado numa escuta do caso" Monte Branco", que o pode comprometer por fraude fiscal?
Tanta seriedade, tanta transparência, só os outros é que são desonestos, mas afinal, também está indiciado no branqueamento de capitais.
Na mesma semana é conhecido este caso, mais a ajuda do Miguel Relvas na sua empresa Tecnoforma, em que foram utilizados dinheiros do Fundo Social Europeu, para o projecto “Floral”, que tinha a ver com a requalificação das cidades e que Miguel Relvas, tentou que a Ordem dos Arquitectos, assinasse um contracto com a Tecnoforma e outras situações mais, que foram divulgadas no Jornal Público do dia 14 de Outubro de 2012.  
A austeridade, é para os portugueses "plebeus", ele e a sua classe política nada têm a ver com isso, são pessoas diferentes, de carácter, com personalidade forte, não mudam de ideias com facilidade, enfim, são todos muitos sério até serem apanhados nas redes da justiça. Porém, como todos nós sabemos, nada lhe irá acontecer, como todos os outros que são indiciados, ou acusados, ou julgados e condenados, porque ficam sempre em liberdade.
Vejamos alguns casos:
Isaltino Morais, julgado e condenado, já transitou em julgado e o resultado é? "Liberdade"!
Valentim Loureiro, perdeu o mandato da Câmara Municipal de Gondomar e a situação é? Continuar à frente da Câmara como Presidente.
Macário Correia, perdeu o mandato de Presidente de Câmara de Faro, e o resultado é? Continuar como Presidente de Câmara em Faro.
José Oliveira e Costa, Fraude e roubo de dinheiros do BPN (todos estamos a pagar a factura) e o resultado é? Está em casa com pulseira electrónica, a descansar.
Manuel Dias Loureiro, indiciado no caso BPN, está livre como um passarinho.
Duarte Lima, indiciado por burla ao BPN, está em casa com pulseira electrónica, a repousar numas merecidas férias.
Armando Vara, indiciado no caso "Face Oculta", está a ser julgado, mas também não vai acontecer nada de grave.
Carlos Melancia, construção do Aeroporto de Macau, caso do FAX, o que aconteceu? Saiu da política com uma subvenção vitalícia de 9.150,00 €.
E assim vivem os nossos políticos, cheios de casos que em qualquer país daria para passarem um tempo na prisão e em alguns casos serem despojados de todos os bens que adquiriram com dinheiros fraudulentos, caso concreto de José Oliveira e Costa, Manuel Dias Loureiro e outros envolvidos no caso BPN, mas que em Portugal nada disso acontece, paga o povo por eles.

Passos alvo de escutas no caso 'Monte Branco'
O ex-procurador-geral da República enviou escutas com Passos Coelho para o Supremo Tribunal de Justiça, no âmbito do processo 'Monte Branco.'
8:16 Sábado, 20 de Outubro de 2012                                             
O ex-procurador-geral da República, Pinto Monteiro, enviou a 8 de Outubro a validação das escutas de uma conversa com o primeiro-ministro no âmbito do processo 'Monte Branco.' 
O procurador que dirige o caso, Rosário Teixeira, não explicou as razões pelas quais foi pedida a validação das escutas, mas sabe-se que o pedido não foi acompanhado por qualquer participação-crime.
O processo 'Monte Branco' envolve quatro banqueiros portugueses suíços, por suspeita de fraude fiscal e branqueamento de capitais.

Fundo Social Europeu
Relvas e Passos agiram juntos para angariar contractos: os documentos
14.10.2012 - 16:59 Por PÚBLICO
Pelo menos, três documentos de arquivo contam as diligências em simultâneo de Miguel Relvas e de Passos Coelho junto da Ordem dos Arquitectos para conseguirem contractos para a Tecnoforma, no âmbito do programa Foral.



1.         Acta da reunião do Conselho Directivo Nacional da Ordem dos Arquitectos, realizada a 16 de Dezembro de 2003, na qual Helena Roseta dá conta da criação, pela Secretaria de Estado da Administração Local, de um programa de formação para as autarquias (Foral), incluindo os arquitectos das autarquias e especialmente estagiários. É mencionada a possibilidade de a OA ser a entidade formadora.


 


2.         Na edição do PÚBLICO de 19 de Janeiro de 2004 e no âmbito das medidas de reforma da administração local, Miguel Relvas afirma que “está em estudo um acordo entre o Estado e a Ordem dos Arquitectos para aproveitamento de jovens estagiários e arquitectos no levantamento dos edifícios municipais”, na área da segurança.





Comentários

Mensagens populares deste blogue

Viva a petinga e os jaquinzinhos

Cavaco e agricultura, após o X Governo Constitucional

A dança das cadeiras