Afinal sempre existe corrupção em Portugal.


Mais um caso que vai andar na Procuradoria-Geral da República, até poderá chegar aos tribunais, mas não haverá qualquer condenação.
Todos nós já nos habituamos a ver estes casos terminarem em arquivamento, não por não se saber exactamente o que aconteceu ao dinheiro, quem o recebeu, quem foi o corrupto e o corruptor, mas simplesmente porque se trata de políticos, a culpa morre sempre solteira.
Ontem escrevi sobre as declarações da procuradora-geral Adjunta Cândida Almeida, que afirmou que em Portugal não existe corrupção, que os políticos portugueses não são corruptos, enfim uma quantidade de barbaridades que essa senhora disse, até porque basta ler o artigo abaixo, para atirar por terra as declarações de uma pessoa que tem um cargo importante na justiça, mas possivelmente está à procura de melhor lugar ainda, daí que tem de dizer que é politicamente correcto, a fim de poder beneficiar alguma coisa.
O mais grave da questão, é a senhora ter feito as declarações que fez na UV do PSD, e o artigo abaixo, põe em xeque tudo o que ela disse, ou não fosse ele procuradora-geral Adjunta do DCIAP.

Fortuna de submarinos deixa rasto em offshore
Hoje 04.09.2012
Fonte: DN
Conta mistério recebe 19 milhões de euros. A 30 de dezembro de 2004, a Escom transferiu a verba milionária para uma conta nas Ilhas Caimão, um paraíso fiscal nas Caraíbas.
O "Correio da Manhã" escreve que três meses depois de o contrato de aquisição dos submarinos entrar em vigor, em 2004, a Escom UK, sociedade do Grupo Espítiro Santo, transferiu 19 milhões de euros para uma conta desconhecida no BES Cayman, sediado no paraíso fiscal das ilhas Caimão.
A operação, que aparece referida nos autos do processo dos submarinos, em investigação no DCIAP, ocorreu na mesma altura em que foram realizados vários depósitos, num valor superior a um milhão de euros, numa conta do CDS-PP num balcão do BES, o que reforça a suspeita de pagamento de subornos no negócio.
"A 30 de dezembro, a Escom UK transfere, da sua conta da sucursal de Londres do BES, o valor de 19 000 040 euros para conta desconhecida, com a referência BES Cayman", refere um documento incluído nos autos do processo.
O DCIAP suspeita que a Escom UK tenha recebido do consórcio alemão 30 milhões de euros, que terão sido usados para "pagamentos indevidos e como contrapartidas a decisores políticos e a grupos políticos envolvidos nas negociações".

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