Reacções ao anúncio de medidas de Passos Coelho
Até o Professor Marcelo Rebelo de
Sousa, critica as medidas anunciadas pelo primeiro-ministro, assim como a forma
como este o fez, no anúncio ao país.
Se eu já achava que este é o pior
primeiro-ministro que Portugal já teve, após o 25 de Abril, agora fico ainda
com mais certeza, pois chegou a vez do seu próprio quadrante político o
criticar.
Já agora até a “jota” que esteve há
uma semana atrás na UV, em Castelo de Vide, critica a política do seu antigo líder
Passos Coelho. Portanto, isto demonstra que caiu muito mal em todo o país, que
estamos a ser governados por uma corja de incompetentes, que não sabem o que
andam a fazer e que anunciam medidas deste género, querendo convencer o povo,
que são realmente medidas importantes para o país e que têm de ser feitas.
Ontem postei no Facebook, uma série de
medidas que deviam ser tomadas para haver equidade na austeridade, hoje resolvi
colocar esse artigo no meu Blog, mas pelos vistos, o Professor Marcelo Rebelo
de Sousa, também é seguidor que o primeiro-ministro devia baixar salários no
Governo. Eu vou mais longe, pois acho que tem de ser em toda a camada política,
assim como as ajudas de custo e regalias extra, como reformas antes de 40 anos
de serviço e subvenções vitalícias. Tudo isso devia ser cortado a toda classe
política.
Hoje a JSD, também pede o corte nas
acumulações de pensões dos políticos, já é um passo importante, apesar de ser
uma proposta muito curta.
Portanto, espero sinceramente, que
aquando da discussão na Assembleia da República desta proposta, fique bem claro
que só a maioria está de acordo com isto, e, que desta vez o Presidente da
República, faça o seu trabalho, que envie o OE para o Tribunal Constitucional,
a fim da fiscalização sucessiva do OE. Se o Presidente não o fizer, também já
sabemos, que parte dos deputados do Partido Socialista o vão fazer, pelo que
pode acontecer a mesma coisa que aconteceu este ano.
Também espero que as manifestações que
estão agendadas, tenham a resposta ao anúncio destas medidas na devida
proporção, assim como, espero que os professores venham para a rua demonstrar
ao senho Nuno Crato, que afinal não é só com a ministra da Educação de Sócrates
que existe manifestações de rua.
Marcelo acusa Passos de só ser “concreto para o mexilhão”
09.09.2012 - 22:00 Por PÚBLICO
Marcelo considera que comunicação de
Passos fico entre o descuidado e o desastroso.
Marcelo Rebelo de Sousa acusou neste domingo
Passos Coelho de ser um primeiro-ministro “impreparado” e de ter feito um
discurso ao país “no mínimo descuidado e no máximo desastroso”. E diz que há um
aumento de impostos.
No habitual comentário da TVI, o
antigo presidente do PSD e actual conselheiro de Estado não poupou palavras
críticas em relação ao actual líder “laranja” e primeiro-ministro, por causa da
intervenção que este último fez na sexta-feira em que anunciou mais medidas de
austeridade.
Para já, Marcelo diz não ter ainda
todos os dados para considerar se as medidas são ou não constitucionais. Para o
também conselheiro de Estado de Cavaco Silva, o discurso de Passos teve uma
parte concreta e outra vaga.
A concreta foi a parte em que anunciou
os cortes de salários para a função pública, pensionistas e privados. Já a vaga
foi a que não explicou como vai tributar o capital, como vai cortar nas
fundações, nas Parcerias Público Privadas.
“Para o mexilhão foi concreto, para
outras espécies mais sofisticadas foi vago”, concluiu Marcelo. "Fiquei
gélido" por ouvir Passos Coelho só "contar uma parte da
história", acrescentou.
O antigo presidente social-democrata
criticou também a mensagem que Passos Coelho colocou no Facebook, na madrugada
deste domingo, afirmando que Passos devia ter tido aquelas palavras dirigidas
aos portugueses na sua intervenção.
Para Marcelo, o primeiro-ministro
deixou tudo por explicar, nomeadamente por que diz que não vai haver um aumento
de impostos. “Ficou a ideia de que para agradar ao PP diz que não é um aumento
de impostos quando é”, acrescentou.
Para o professor de direito, o aumento
dos descontos para a segurança social de 11% para 18% vai levar à baixa de
consumo, “especialmente das pessoas mais carenciadas”, e ao encerramento de
empresas.
E para Marcelo a intervenção
“desastrada” fica a dever-se “à impreparação” de Passos Coelho.
Marcelo espera agora que o Presidente
da República peça esclarecimentos ao Governo sobre o que não foi explicado e
que, se tudo se mantiver como está, espera que o Presidente diga ao Executivo
que tem de as mudar.
O antigo presidente do PSD tinha ainda
mais dois recados para Passos Coelho: devia ter anunciado uma remodelação logo
após o seu discurso e “não lhe ficou bem falar antes do jogo da selecção para
ver se passava despercebido”.
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