Em Portugal não existe corrupção
Ao ter ouvido ontem à noite na RT1
estas declarações de Cândida Almeida do DCIAP, na UV da JSD, fiquei de imediato
com a indicação que esta senhora quer ficar com o cargo Procurador-Geral da
República, cujo mandato do actual Procurador termina em Outubro próximo.
Dizer que em Portugal não existe
corrupção, é brincar com os portugueses, corrupção é coisa que não falta e
dentro da classe política, então nem se fala. Portanto, esta senhora, ontem
falou como uma atrasada mental, ou que fazer dos portugueses atrasados mentais.
Corrupção é o que não falta neste país, “troca-se alheiras de Vinhais por
robalos de Aveiro”, compram-se acções do BPN, com empréstimos do próprio banco
BPN (Dias Loureiro e Oliveira e Costa), Fax e Aeroporto de Macau (Carlos
Melancia), abate de sobreiros e caso Portucale (Luís Nobre Guedes), caso da
licença do Freeport (José Sócrates), dinheiro em depósitos na Suíça e não
declarado no IRS (Isaltina Morais), empréstimos do BPN não liquidados (Duarte
Lima). Estes são alguns exemplos, mas hoje devido às declarações de Cândida
Almeida, a RTP 1, no noticiário das 13 horas, já foi informado que Paulo Portas
é arguido no caso da compra dos submarinos, que deveriam ter custado 780
milhões de euros, preço dos mesmos na época, e que custaram 1.000 milhões de
euros. Portanto, sabe-se que 1 milhão foi para os cofres do CDS, ficam a faltar
219 milhões de euros. Pergunto, para onde foi esse dinheiro?
Quando se ouve uma “jotinha” a fazer
uma pergunta a Cândida Almeida, como é que José Sócrates vive em Paris
principescamente, e ela respondeu, que é verdade que “o senhor vive muito bem
em Paris”, mas que não se pode colocar um Juiz a verificar as contas bancárias
de cada político, e que não se pode fazer “caça às bruxas”.
Concordo perfeitamente, não podemos
fazer caça às bruxas, mas pode-se por a “Justiça” a fazer justiça, ou seja,
deve o poder judicial, lutar pela verdade doa a quem doer, não podemos deixar
de fora os políticos na justiça do país. Esses senhores não são omnipotentes,
têm de ser julgados pelos seus crimes, sejam de corrupção ou de uma infracção
de trânsito. Não sou a favor de alterações de mudanças da Constituição, essas
petições que circulam na Internet, são muito perigosas, não se sabe exactamente
o que estão a pedir. Há coisas com as quais concordo, mas existe acções perniciosas
por trás, nomeadamente, a pretensão de uma mudança total e radical da
Constituição.
Acho que neste momento, até tem havido
algumas medidas por parte do Governo que são inconstitucionais, mas que por o
país estar debaixo de ajuda externa (só para alguns), vão contra a nossa
Constituição e que o Tribunal Constitucional devia ter reprimido de imediato e
não o fez, assim como o Presidente da República, o tal que é pobre e vive mal
com a pensão que aufere, (esqueceu-se de dizer os bens que tem, assim como da
sua mulher Maria, que vive às custas dele), mas que tem um orçamento maior que
a Rainha de Inglaterra e que o Rei de Espanha.
Portanto, senhora procuradora-geral
Adjunta, existe corrupção em Portugal, só a senhora é que não vê isso, ou será
que lhe interessa não ver, porque o Procurador está em fim de mandato e a
senhora poderá ser a próxima substituta, se, eventualmente fizer o trabalho de
casa bem feito…
Directora do DCIAP
falou na Universidade de Verão do PSD
Cândida Almeida
afirma que os políticos portugueses não são corruptos
01.09.2012
- 22:54 Por Sofia Rodrigues
Fonte:
Jornal Público
"O
nosso país não é corrupto, os nossos políticos não são corruptos", disse
Cândida Almeida (Pedro Cunha)
Foi de uma forma insistente que Cândida
Almeida, directora do DCIAP (Departamento Central de Investigação e Acção
Penal) vincou que Portugal “não é um pais corrupto” e que muitas vezes as
pessoas estão a falar de “crimes afins” como a fraude fiscal ou o tráfico de
influência.
“Digo
olhos nos olhos: O nosso país não é corrupto, os nossos políticos não são
corruptos, os nossos dirigentes não são corruptos”, disse este sábado à noite a
procuradora-geral adjunta, na Universidade de Verão do PSD, em Castelo de Vide.
À
chegada à vila alentejana, Cândida Almeida confirmou já ter recebido o acórdão
do processo Freeport para decidir se vai ser aberto inquérito, mas assegurou
ainda não ter lido, lembrando que os tribunais só abrem na segunda-feira.
Já
na fase de perguntas dos alunos, uma participante da Universidade de Verão
questionou sobre a situação do antigo-primeiro-ministro, José Sócrates, que
está a viver em Paris com gastos de “luxo” que considerou incompatíveis com os
seus rendimentos. Na resposta, Cândida Almeida disse não ter meios para
investigar. “É verdade que ele tem aquela vida, mas o que é que podemos
fazer?”, questionou, acrescentando também não saber que ilícito poderia
configurar. “Vamos instaurar um inquérito com suspeitas de quê”, questionou,
rejeitando qualquer “caça às bruxas”.
Na
sua intervenção inicial, Cândida Almeida reconheceu que há “corrupção”, mas
disse rejeitar “qualquer afirmação simplista”. A Procuradora-geral adjunta
revelou ainda que o bastonário da Ordem dos Advogados, Marinho Pinto, já foi
chamado para detalhar situações de corrupção de que tem falado publicamente,
mas que acabou por dizer que “não sabia de nada”.
Apesar
de recusar generalizações, Cândida Almeida afirmou que tem de se combater a
corrupção e referiu a investigação sobre os submarinos como uma excepção a
nível europeu. “No processo dos submarinos veio cá um especialista em armamento
disse que este caso era único na Europa porque é [matéria] de segredo de
Estado”, disse a procuradora que, momentos depois, justificou: “Não há peias no
Ministério Público, temos feito o nosso trabalho, mesmo com falta de meios,
ninguém nos impediu”.
Quanto
às críticas sobre a longevidade do caso, a magistrada explicou que não consegue
obter documentação considerada relevante que está na Alemanha, apesar de trocar
e-mails com o colega de Essen há quatro anos.
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